A maldição do IGP-M nos fundos imobiliários, Stuhlberger e outros destaques do dia
Dizem que para todo problema complexo existe uma solução simples — e errada. Esse me parece ser o caso da disparada da inflação medida pelo IGP-M.
O índice medido pela Fundação Getulio Vargas (ou Fundação Gil do Vigor, em tempos de Big Brother Brasil) é conhecido como a “inflação do aluguel”, por ser usado como indexador de reajuste em boa parte dos contratos de locação.
O problema é que a variação do IGP-M é influenciada principalmente pelos preços no atacado, que refletem a variação do dólar. Com a disparada da moeda norte-americana, o índice se descolou do resto da economia e acumula uma alta de 31,10% nos últimos 12 meses.
O amplo uso do IGP-M ainda é uma “herança maldita” dos tempos de hiperinflação no país, quando fazia todo sentido atrelar os reajustes ao dólar. Mas hoje o indicador está longe de refletir a realidade de preços do país.
Para efeito de comparação, o IPCA, índice usado pelo Banco Central no sistema de metas de inflação, registra uma variação de 6,10% no mesmo período.
De todo modo, a alta do IGP-M deveria ser uma boa notícia para quem está do outro lado do balcão. Ou seja, os donos de imóveis que têm aluguéis reajustados pelo índice. Isso inclui vários fundos imobiliários (FIIs) listados na B3.
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Mas os ganhos esperados podem simplesmente não se materializar, já que a maioria dos locatários dos imóveis simplesmente não tem como arcar com um reajuste da ordem de 30% dos aluguéis.
Trata-se de um impasse que não é simples de resolver. Mas a situação pode ficar ainda pior, agora que o Congresso resolveu se meter no assunto, com a proposta de mexer nos contratos corrigidos pelo índice na base da canetada.
A Julia Wiltgen ouviu especialistas na área e traz uma excelente reportagem com todos os possíveis impactos da “maldição do IGP-M” para quem investe em fundos imobiliários.
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MERCADOS
A GetNinjas, plataforma digital de contratação de serviços, definiu a faixa de preço de seu IPO, que já conta com o investimento da lendária Verde Asset, de Luis Stuhlberger. Confira os detalhes da oferta.
Depois da noite de gala do Oscar, o investidor verá os holofotes divididos entre reunião de Joe Biden com a Câmara para falar sobre aumento de impostos, divulgação dos dados da inflação (aqui e nos EUA) e da agenda no Congresso. Tudo isso, no meio da temporada de balanços. Saiba o que esperar da semana na coluna Segredos da Bolsa.
EMPRESAS
Pouco após tomar posse como presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna sinalizou que pretende manter a venda de ativos, fator importante para a tese de investimento da empresa.
Com a demanda por aço em alta no Brasil, a Gerdau decidiu retomar a produção em uma fábrica que "hibernava" desde 2014 e com capacidade anual de 420 mil toneladas.
Depois de mudar o nome do Ponto Frio, foi a vez da própria Via Varejo anunciar um reposicionamento da marca. E para marcar o momento, a empresa anunciou a compra de uma nova fintech.
A temporada de balanços começou para valer aqui no Brasil e a semana está carregada, com pesos pesados como Santander, Vale e Weg divulgando os números do primeiro trimestre. Veja o que esperar.
A agenda de balanços também está carregada nos Estados Unidos, com mais de um terço das companhias do S&P 500 divulgando resultados, incluindo Amazon, Microsoft e Tesla.
ECONOMIA
O resultado das negociações entre governo e Congresso para manter emendas parlamentares no Orçamento de 2021 foi um corte de recursos que pode paralisar a máquina pública, de acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.
O corte no Orçamento atingiu em cheio o Ministério do Meio Ambiente, na contramão da promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro a líderes de 40 países de dobrar os repasses públicos para as áreas de fiscalização ambiental.
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