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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores

Panorama

Está na hora de reabrir os shoppings na sua carteira de ações apesar da segunda onda da covid?

Comprar as ações de administradoras pode ser uma forma de se antecipar à reabertura da economia, mas um eventual agravamento da pandemia pode pesar ainda mais sobre o setor

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
24 de março de 2021
6:01 - atualizado às 13:40
Shopping Iguatemi JK, em São Paulo
Shopping Iguatemi JK, em São Paulo - Imagem: Shutterstock

Com ampla circulação de pessoas e atividades que não são consideradas essenciais, os shopping centers entraram na lista de locais que foram fechados para conter o avanço da pandemia do coronavírus.

As medidas necessárias de isolamento cobraram seu preço nos resultados e nas ações do setor no ano passado. E o ensaio de recuperação observado no último trimestre de 2020 foi interrompido pela nova onda de casos da covid-19, que impôs uma nova leva de medidas de restrição à circulação em praticamente todo o país.

Tudo parece conspirar contra, mas na visão dos analistas, ainda que os shoppings estejam fechados, essa pode ser a hora de você reabrir a sua carteira para ações do setor.

Hoje menos de 5% dos shoppings brasileiros operam sem nenhum tipo de restrição. Isso significa que os resultados das administradoras devem seguir ruins no curto prazo, em particular nos números do primeiro trimestre deste ano.

A principal receita das administradoras vem dos aluguéis cobrados dos lojistas. Com o fechamento, as operadoras provavelmente só cobrarão o aluguel proporcional ao tempo de operação dos shoppings, conforme destacaram os analistas da XP Investimentos.

Esse temor com as empresas se reflete nas ações do setor, que apresentam um desempenho 15% abaixo do Ibovespa nos últimos seis meses, de acordo com os cálculos do Credit Suisse.

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Mas se a trajetória dos papéis nas bolsas lá fora for um bom indício do que pode acontecer, talvez essa seja justamente a hora de comprar. Desde novembro, as ações de shoppings nos Estados Unidos e Europa superam os índices de referência em 75%.

Comprar as ações seria, portanto, uma forma de se antecipar à futura reabertura da economia, que deve acontecer à medida que a proporção da população vacinada aumentar.

O Credit Suisse tem recomendação de compra para as ações da Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) e neutra para brMalls (BRML3) e BR Properties (BRPR3).

É claro que existem riscos de que as ações caiam ainda mais em um cenário de agravamento da pandemia que obrigue a um fechamento dos shoppings por um período ainda maior.

Mas na visão do Credit Suisse, o pior “definitivamente ficou para trás” e os lucros devem voltar a crescer assim que o fluxo de consumidores voltar.

Os analistas do BTG Pactual têm visão semelhante. “Apesar de um curto prazo difícil, a normalização pode estar próxima (a vacinação é uma realidade) e as ações parecem muito atraentes”, escreveram, em relatório a clientes.

O BTG tem recomendação de compra para Aliansce Sonae (ALSO3), brMalls (BRML3), Iguatemi (IGTA3), Cyrela Commercial Properties (CCPR3) e JHSF (JHSF3) e neutra para Multiplan (MULT3).

O otimismo dos analistas, contudo, contrasta com um maior ceticismo do mercado. Uma amostra é a alta proporção de ações alugadas — uma forma de ganhar com a aposta na queda dos papéis — que se encontra no mesmo nível do início da pandemia, de acordo com o Credit.

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Os preços descontados podem até justificar a compra das ações de shoppings, mas no fim do dia o que interessa é a qualidade dos ativos, e não a perspectiva da reabertura, me disse Rodrigo Heilberg, sócio-fundador da HIX Capital.

É justamente com essa visão que a gestora tem posição na Iguatemi. Mas em vez de investir diretamente na companhia, a HIX detém os papéis da Jereissati Participações (JPSA3), holding controladora da empresa de shoppings.

Basicamente, trata-se de uma forma de comprar Iguatemi por um valor ainda menor. O desconto da holding em relação aos papéis da empresa está hoje na casa de 32%, nos cálculos do gestor.

Mesmo antes da pandemia, parte do mercado se questionava sobre o futuro dos shoppings, principalmente diante do estrago com o “efeito Amazon” nos Estados Unidos, que derrubou o movimento nas lojas.

Com o avanço forçado do comércio eletrônico durante a quarentena, será que os shoppings brasileiros podem ter o mesmo destino e perder a relevância no consumo? A visão que predomina é que não.

Primeiro, porque os centros de compra aqui também têm uma característica importante de lazer. Quem não sente falta do velho programa de assistir a um bom filme no cinema e depois comer na praça de alimentação?

O bom resultado das vendas no quarto trimestre do ano passado, quando as lojas operaram praticamente sem limitações, é outro fator que justifica a visão de que os shoppings devem seguir como local importante de consumo depois da pandemia.

Quem quiser saber mais sobre o panorama para o setor de shopping centers poderá acompanhar a transmissão ao vivo da entrevista do Seu Dinheiro com o CEO da JHSF, Thiago Alonso. A live está marcada para esta quinta-feira, às 19h.

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