Dólar encosta nos R$ 4,90 e Ibovespa sobe com otimismo renovado com a atividade econômica e reformas
Influenciada pelo bom humor internacional, a bolsa brasileira deve acompanhar o ritmo positivo enquanto digere os dados do Relatório Trimestral de Inflação
Não vai ser dessa vez que o mercado financeiro irá aliviar a atenção dada aos pronunciamentos dos dirigentes dos bancos centrais pelo mundo. Na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, a quinta-feira (24) é de novidades que têm poder para mexer com as expectativas do mercado.
Depois das perdas de ontem, as bolsas internacionais engatam um dia de recuperação, o que também favorece a bolsa brasileira. Por aqui, os investidores também estão otimistas com o andamento das reformas e as expectativas de crescimento. A potencial alta da Selic também é um dos pontos mais observados, ainda que o Banco Central tenha mostrado um discurso mais ameno do que tom duro da última ata do Copom.
Esse fluxo positivo faz com que o câmbio tenha um dia de alívio significativo, levando o dólar a encostar nos R$ 4,90. Por volta das 16h, a moeda americana recuava 0,99%, a R$ 4,9139. Na bolsa, o Ibovespa tem alta de 0,48%, aos 129.043 pontos.
A dança dos BCs
Começando pela Europa, o Banco da Inglaterra manteve o juros em 0,01% ao ano. Nos Estados Unidos, novos dados mistos da economia americana voltam a reforçar que é possível o cumprimento do discurso de apoio aos estímulos monetários do Fed, mas os investidores querem ouvir o que pensam os dirigentes, por isso, a atenção se volta para o discurso dos membros do Fomc, assim como tem sido nos últimos dias.
No Brasil, hoje foi dia de divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central. No documento, o BC brasileiro reforçou uma nova alta de pelo menos 0,75 ponto percentual na reunião de agosto e revisou para cima as projeções de inflação.
A expectativa para o crescimento do PIB também foi elevada de 3,6% para 4,6%. Na coletiva de imprensa finalizada há pouco, o diretor de política monetária do BC, Fabio Kanczuk, e o presidente Roberto Campos Neto, falaram mais sobre a visão do Banco Central para a inflação.
Leia Também
Segundo Kanczuk, a última reunião do Copom teve como horizonte a inflação para 2022 e o próximo encontro deve ficar de olho nas projeções para 2023. Sobre o atual choque de preços, Campos Neto afirmou que as causas são temporárias, mas que o movimento pode ter uma duração mais persistente.
O tom mais ameno do BC diminui as apostas de uma atuação mais forte do que 1 ponto percentual na próxima reunião, o que leva a curva de juros a passar por ajustes. Confira:
- Janeiro/22: de 5,77% para 5,73%
- Janeiro/23: de 7,31% para 7,24%
- Janeiro/25: de 8,25% para 8,19%
- Janeiro/27: de 8,63% para 8,56%
Agora vai?
No cenário doméstico, também fica em foco a possibilidade do andamento das tão aguardadas reformas estruturantes. Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, falou que acredita que a reforma administrativa pode ser aprovada na Casa até o começo de setembro. A partir daí, a pauta deve ser discutida no Senado.
A reforma tributária também deve ter novidades. Segundo Lira, é aguardada para hoje a entrega de um projeto de lei que poderá alterar o imposto de renda para pessoa física e jurídica.
Dados mistos (de novo)
Agora pela manhã, tivemos uma nova bateria de dados da economia americana. O Produto Interno Bruto do 1º trimestre teve alta anualizada e 6,4%, em linha com as expectativas dos analistas. As encomendas de bens duráveis cresceram menos do que os 2,6% que eram esperados - 2,3% na passagem de abril para maio. Para finalizar, os pedidos semanais de auxílio desemprego chegaram a 411 mil. As projeções indicavam uma queda mais acentuada, de 380 mil.
Sobe e desce
A JHSF lidera as altas do dia após receber autorização para operar voos internacionais no aeroporto Catarina.
A perspectiva de uma Selic mais controlada também favorece o setor de varejo, que vinha sendo penalizado nos últimos dias com a perspectiva de um freio no poder de compra.
O setor de commodities também pega carona no anúncio do novo pacote bipartidário de infraestrutura dos Estados Unidos e sobe, puxando o Ibovespa, mesmo com o recuo do minério de ferro na China. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| JHSF3 | JHSF ON | R$ 7,84 | 6,23% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 21,61 | 5,00% |
| LAME4 | Lojas Americanas PN | R$ 22,40 | 4,58% |
| BTOW3 | B2W ON | R$ 71,23 | 4,31% |
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 30,96 | 3,93% |
Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 70,01 | -2,32% |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 27,12 | -2,31% |
| ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 12,25 | -1,69% |
| ELET3 | Eletrobras ON | R$ 45,77 | -1,57% |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 46,92 | -1,22% |
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
