Ibovespa quase zera alta com pressão por auxílio emergencial maior e piora em NY; dólar sobe a R$ 5,59
O mercado observa de perto a corrida do governo federal para conter o avanço da pandemia e o desempenho das bolsas internacionais nesta quarta-feira (24)
Com o país vivendo o pior momento da pandemia, com mais de 3 mil mortos nas últimas 24 horas, o mercado financeiro volta os seus olhos para Brasília, onde o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com lideranças nesta quarta-feira (24) para discutir um plano de ação contra o coronavírus, mas que, no fim, não trouxe nenhuma solução concreta.
Ao longo do dia, a crise sanitária ficou restrita a ser sentida nos mercados de dólar e juros, com a bolsa seguindo o otimismo visto em Nova York e o avanço do petróleo, que impulsiona as ações da Petrobras após um dia de queda expressiva.
Essa disparada da commodity tem uma origem curiosa. Um navio porta-contêiner fez uma manobra errada e acabou bloqueando o Canal de Suez, uma das principais rotas comerciais e de abastecimento do mundo. O temor é que a situação leve a atrasos de produção.
No entanto, na última hora, o Ibovespa quase zerou alta firme observada ao longo do dia, acompanhando Wall Street - onde o Nasdaq passou a cair 1,3% - e a notícia de que 16 estados estariam pressionando o Congresso por um auxílio emergencial maior do que a proposta apresentada e aprovada.
Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,10%, aos 113.402 pontos. O dólar à vista opera em alta de 1,50%, cotado a R$ 5,5988.
Com a pressão vinda de fora e os fatores locais, que geram um aumento da percepção do risco fiscal, os juros futuros operam em alta. Confira as taxas do dia:
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- Janeiro/2022: de 4,65% para 4,72%
- Janeiro/2023: de 6,37% para 6,55%
- Janeiro/2025: de 7,83% para 8,09%
- Janeiro/2027: de 8,34% para 8,63%
3.158 mortos
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional, realizado na noite de ontem, coincidiu com um recorde triste. O país registrou 3.158 mortos nas últimas 24 horas. Em pronunciamento de pouco mais de quatro minutos, Bolsonaro distorceu informações sobre a atuação do seu governo contra o coronavírus e afirmou que fará de 2021 “o ano da vacinação”, em uma mudança de postura do que foi desenvolvido ao longo do último ano.
A situação crítica, que obriga estados e municípios a adotarem medidas cada vez mais rígidas de isolamento social, deve pesar sobre os indicadores de atividades nos próximos meses, piorando ainda mais as projeções de recuperação.
Diante da pressão da sociedade, economistas e órgãos internacionais, que cobram medidas mais concretas, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu hoje com ministros, ex-ministros, governadores, procuradores e líderes do Congresso e Supremo agora pela manhã.
Na saída do encontro, o presidente Bolsonaro e as lideranças do Congresso reafirmaram o compromisso de uma cooperação nacional para lidar com a pandemia e que irão trabalhar no avanço da vacinação, mas não houve nenhuma medida concreta anunciada. Na segunda-feira (22), Bolsonaro afirmou que não precisa alterar sua política de combate à pandemia.
Em São Paulo, o governador João Doria anunciou a antecipação da vacinação para profissionais da segurança pública e professores da rede estadual e municipal.
Buscando sinais
Não é só o Brasil que é pressionado pela nova escalada no número de casos. Na Europa, o temor de uma terceira onda de contágio também leva os países a retomarem medidas mais restritivas de circulação, pesando sobre os ativos e commodities. Diante deste quadro, as bolsas asiáticas fecharam em queda e as principais praças europeias operam no vermelho.
Nos Estados Unidos, as bolsas americanas operam em alta, com as atenções se voltando mais uma vez para o Congresso, onde Jerome Powell e Janet Yellen prestam esclarecimentos sobre a política financeira. Além disso, temos mais um dia de avanço dos Treasuries, o que leva o Nasdaq a ser a exceção e operar em queda.
Ontem, a fala de Yellen sobre o possível aumento da carga tributária das grandes empresas causou ruídos e azedou o humor dos investidores, mas hoje a reação tem sido bem positiva, com Powell e Yellen reafirmando o compromisso de apoiarem a economia americana enquanto a crise persistir.
Sobe e desce
A compra do Grupo Big pelo Carrefour (CRFB3) impulsiona as ações da companhia nesta quarta-feira (24), com os papéis liderando os ganhos do dia. Com a perspectiva positiva pós-reunião em Brasília, ações que vinham sendo penalizadas nos últimos dias aproveitam o momento para uma recuperação. Já a CCR (CCRO3), tem alta significativa após firmar novos acordos com o governo de São Paulo.
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 21,92 | 13,75% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 21,59 | 6,35% |
| CCRO3 | CCR ON | R$ 12,66 | 5,06% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 90,67 | 4,18% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 38,15 | 4,04% |
Após o avanço significativo na sessão de ontem, hoje as ações da resseguradora IRB passam por um movimento de realização de lucros recentes. As empresas do setor de saúde também recuam em bloco após ação do Procon contra reajustes abusivos. Confira:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| IRBR3 | IRB ON | R$ 6,15 | -4,65% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 20,74 | -3,58% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 11,83 | -2,31% |
| RADL3 | Raia Drogasil ON | R$ 25,39 | -2,20% |
| ENEV3 | Eneva ON | R$ 16,10 | -2,07% |
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