Ibovespa se firma em alta após manhã de instabilidade; dólar desacelera com novo leilão do BC
Em uma semana decisiva para a política monetária nacional e internacional, os investidores também precisam lidar com mais instabilidades em Brasília

No aguardo de decisões importantes de política monetária, que acontecerão na próxima quarta-feira, e movimentações em Brasília, a semana começa instável para os investidores brasileiros nesta segunda-feira (15).
Na última hora, uma melhora do quadro em Nova York beneficiou o Ibovespa, que parece finalmente ter se firmado em alta após a volatilidade vista pela manhã. Por volta das 16h10, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,32%, aos 114.521 pontos. O dólar à vista tem alta de 0,78%, cotado a R$ 5,6022. Mais cedo, a moeda chegou a encostar em R$ 5,66, o que levou o Banco Central a fazer uma atuação extra no câmbio.
Além da expectativa pela decisão dos BCs nos próximos dias, hoje o mercado também monitora a possível saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e o vencimento de opções, que acaba pesando sobre as empresas de maior peso do índice.
No aguardo do Copom, o mercado de juros futuros segue precificando uma alta da Selic e opera mais um dia em alta. Confira as principais taxas de hoje:
- Janeiro/2022: de 4,22% para 4,29%
- Janeiro/2023: de 5,96% para 6,05%
- Janeiro/2025: de 7,40% para 7,44%
- Janeiro/2027: de 7,96% para 7,98%
Notícias do Planalto
Rumores repercutidos por diversos jornais afirmam que o atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estaria pronto para deixar a pasta e deve ser substituído pela médica Ludhmilla Abrahão Haijar e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Essa seria a terceira troca no Ministério da Saúde no meio da pior crise sanitária mundial, que já teve a sua frente Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos, antes de ser encabeçada por Pazuello, general da reserva.
Leia Também
Para os especialistas, a saída de Pazuello seria uma forma de minar as investigações de uma CPI que investiga a atuação do governo diante da crise do coronavírus e aliviaria também as investigações que rolam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos, acredita que embora o mercado observe de perto essa possível troca, esse não é o fato que mais mexe com o mercado nesta segunda-feira (15). O vencimento de opções e a instabilidade do mercado internacional falam mais alto.
No entanto, Madruga aponta que é preciso ficar atento à uma maior articulação política para a compra de vacinas e melhorias na logística de distribuição.
A semana dos BCs
Esta semana temos reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá sobre os rumos da taxa básica de juros no Brasil. A expectativa do mercado aponta para uma retomada do ciclo de alta da Selic. Nos Estados Unidos, os investidores esperam uma manutenção do cenário atual, mas estão de olho nas sinalizações dadas pelo Federal Reserve, já que há temores de uma disparada inflacionária.
No mercado americano, ainda existe uma repercussão do pacote fiscal sancionado na semana passada, já que os cheques de US$ 1,4 mil aos americanos mais vulneráveis devem começar a ser enviados nesta semana.
Os títulos do Tesouro americano têm tirado o sono dos investidores mundiais, mas iniciaram a semana caindo e atingindo as mínimas do dia. Esse cenário beneficia as bolsas americanas, mas bolsas em Wall Street operaram com grande instabilidade ao longo da manhã. No entanto, após um discurso do presidente Joe Biden, onde ele voltou a falar sobre a importância do pacote fiscal, influenciou positivamente os ativos.
Além do modo de espera pela decisão do Fed, os mercados internacionais estão atentos ao andamento da vacinação no exterior. Além de muitas doses prometidas ainda não terem sido entregues, a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca por alguns países causa preocupação.
Influência negativa
Outro ponto que ajuda no clima de instabilidade do mercado nesta segunda-feira (15) é a queda do petróleo no mercado global. Tanto o Brent quanto o barril WTI recuam cerca de 1,5%.
Sobe e desce
Os papéis da Copel despontam como a maior alta do dia, após anunciar um desdobramento de ações na proporção de 1 para 10, o que, na visão dos analistas da Ativa Research, deve dar maior liquidez aos papéis.
As ações das companhias aéreas brasileiras pegam carona com o movimento visto no exterior, de olho na recuperação econômica e perspectivas de vacinação em massa. Lá fora, a American Airlines sobe mais de 8%. Confira as principais altas do dia:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
CPLE6 | Copel PN | R$ 6,73 | 6,83% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 24,23 | 6,37% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 43,22 | 5,08% |
TOTS3 | Totvs ON | R$ 28,90 | 4,48% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 7,10 | 4,26% |
A queda da CSN acompanha mais um dia de recuo do minério de ferro no mercado internacional. Confira as principais quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
CSNA3 | CSN ON | R$ 36,31 | -3,48% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 23,85 | -2,93% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 72,33 | -2,59% |
B3SA3 | B3 ON | R$ 54,24 | -1,99% |
KLBN11 | Klabin units | R$ 28,54 | -1,86% |
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação