🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO

Mercado olha desconfiado para Orçamento e Ibovespa acompanha queda do exterior; dólar fica estável

Com a agenda de indicadores esvaziada e a véspera de feriado, os investidores acabaram optando pela cautela

Jasmine Olga
Jasmine Olga
20 de abril de 2021
18:44 - atualizado às 20:01

Com o clima de sexta-feira reinando em plena terça-feira (20), a cautela ditou o tom dos negócios hoje. Além da tradicional tirada de pé do acelerador, típica das vésperas de feriado, outros elementos se somaram e levaram o Ibovespa a recuar 0,72%, aos 120.061 pontos. No pior momento da sessão, o índice chegou a perder os 120 mil pontos, patamar sustentado com sucesso nos últimos pregões

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As bolsas americanas - que funcionam normalmente amanhã - fecharam o dia em queda, puxadas pelo desempenho ruim do petróleo e seguindo um movimento de realização de lucros após os recentes recordes. 

Já aqui, o que repercutiu pelo mercado foi o acordo para (enfim) a aprovação do Orçamento. Com cinco meses de atraso, o tema já gerou muito ruído e tensão, então, natural que a simples retirada dessa pedra do sapato trouxesse algum alívio. 

A bolsa brasileira chegou a abrir o dia em alta, mas rapidamente cedeu à pressão externa e foi aprofundando a queda ao longo do dia. O dólar à vista durante a maior parte do dia operou em queda, refletindo essa visão de “antes feito do que perfeito” do mercado, mas desacelerou conforme a divisa se fortaleceu no mercado internacional. 

A busca pelo dólar, clássico ativo de proteção, tem origem na preocupação dos investidores com a pandemia, que ainda segue forte em diversos países e preocupa principalmente a Europa, a Índia e o Brasil. Ao fim do dia, a moeda americana fechou estável, com uma leve alta de 0,01%, a R$ 5,5508.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se por um lado o mercado recebe bem a notícia de que os imbróglios políticos em torno da pauta estão encerrados, por outro a situação fiscal fica ainda mais preocupante. “A gente sabe que além dessa coisa de ‘fica dentro do teto, fica fora do teto’, a conta pode ser muito maior com a flexibilização das despesas obrigatórias no PLN2. Deixar um cheque em branco na mão do governo é muito delicado e causa instabilidade e incertezas”, pontua Ariane Benedito, economista da CM Capital. 

Leia Também

Lorena Laudares, analista política da Órama Investimentos, lembra que o regime fiscal é a âncora que alinha expectativas do governo, da classe política e do mercado para o longo prazo. De olho na deterioração ainda maior das contas públicas, a curva de juros - que vinha em uma toada de alívio -, voltou a subir. Dos contratos curtos aos mais longos, todos fecharam o dia com uma alta expressiva, com destaque para os últimos. Confira:

  • Janeiro/2022: de 4,62% para 4,69%
  • Janeiro/2023: de 6,26% para 6,38%
  • Janeiro/2025: de 7,88% para 7,98%
  • Janeiro/2027: de 8,50% para 8,63%

Passando pano

Com cinco meses de atraso, o Orçamento de 2021 parece finalmente em vias de ser sancionado. O grande pauta do dia foi justamente o acordo que permitiu que a novela tivesse um fim.

Em resumo: a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 foi alterada, agora chamada de PLN2 e excluiu do teto e da meta fiscal as despesas com saúde e com programas de alívio à pandemia. “Essa solução juridicamente e politicamente resolvem, a princípio, os problemas imediatos do governo, que seriam o risco de um crime de responsabilidade e a perda da governabilidade”, explica a analista política Lorena Laudares. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Falando em números, isso significa que R$ 125 bilhões de gastos emergenciais ficaram de fora do teto de gastos. Com isso, o governo conseguiu ceder à pressão dos parlamentares e manter R$ 16,5 bilhões em emendas dentro do Orçamento.

Hoje pela manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o acordo permite que o orçamento seja “exequível”. Durante a tarde, em coletiva para comentar a arrecadação federal recorde no primeiro trimestre - que já era antecipada pelos investidores -, Guedes voltou a falar sobre o acordo. Segundo o ministro, a decisão mostra o compromisso do governo com a saúde e a responsabilidade fiscal.

Mas não é bem assim que os analistas do mercado estão encarando a situação. Com o tema se arrastando por tanto tempo, os investidores não viam a hora de colocar um ponto final na história e evitar o prolongamento da briga político-jurídica, já que um consenso dificilmente seria atingido e as alternativas - como o estado de calamidade pública - seriam ainda piores. O acordo foi uma bela “passada de pano” para aliviar a meleca. 

O apagar de uma estrela?

Os maiores derrotados de toda essa situação parecem ter sido Paulo Guedes e sua equipe econômica, que desde o começo dessa história tentaram brigar pelos vetos e pela manutenção das despesas obrigatórias. Essa não é a primeira derrota do ministro e sua equipe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Guedes está longe de tentar esconder o seu descontentamento. E o mercado concorda, “mas vemos um ministro com cada vez menos força e oculto no governo, sem poder fazer nada”, explica Benedito, da CM Capital. Já Laudares pontua que dessa vez o enfraquecimento da equipe e da agenda liberal se dá pela falta de dimensão sobre a possibilidade de tamanho do rombo. 

No vermelho

No exterior, a agenda esvaziada de indicadores econômicos levou os investidores a entrarem em compasso de espera pelos resultados das grandes empresas americanas. Nos Estados Unidos, a temporada de balanços já está em andamento e tem comandado o rumo dos negócios. 

As bolsas americanas e europeias fecharam no vermelho, também cedendo a um movimento de realização de lucros após os recordes da semana passada e também acompanharam a queda do petróleo - o que também pesou sobre as ações da Petrobras por aqui. Aliás, hoje completa um ano desde que os contratos futuros da commodity foram negociados no negativo. Meu colega Ivan Ryngelblum relembra a história nesta matéria. 

Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam sem uma direção única, mesmo após o Banco Central chinês ter mantido a principal taxa de juros nos níveis atuais. O temor do mercado era de que a rápida recuperação econômica levasse a uma retirada dos estímulos monetários. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Jogando contra

A performance das commodities metálicas, que tanto tem ajudado o Ibovespa nos últimos tempos, pesou contra nesta tarde. 

A Vale divulgou sua produção de minério de ferro do primeiro trimestre deste ano. Foram 68,045 milhões de toneladas, 14,2% acima do mesmo período do ano passado. As vendas do subiram 14,8%, para 59,298 milhões de toneladas. Mas a produção de níquel e cobre recuou.

O desempenho ficou em linha com o piso das projeções para o ano e um pouco abaixo do esperado pelo mercado. As ações da Vale repercutiram os números de forma negativa e mesmo o salto do minério de ferro não foi suficiente para aplacar a queda da mineradora e das siderúrgicas, empresas de grande peso no índice. 

Sobe e desce

Os papéis do Grupo Pão de Açúcar tiveram mais um dia de alta firme neste ano, puxados pelas prévias operacionais robustas do Carrefour Brasil, aumentando a expectativa pelos resultados do GPA. Confira as principais altas do dia:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
PCAR3GPA ONR$ 39,308,92%
MRFG3Marfrig ONR$ 20,714,60%
CMIG4Cemig PNR$ 13,503,85%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 22,933,29%
BRDT3BR Distribuidora ONR$ 22,843,07%

As ações da Yduqs e o segmento de educação como um todo operaram em forte queda nesta terça-feira. Segundo Marcio Lórega, analista técnico da Ativa Investimentos, as empresas de educação recuaram após o bom desempenho no último mês, em um movimento de rotação de setores.

Em seguida, temos as Lojas Renner, que surpreenderam ao anunciar uma oferta bilionária de ações para financiar aquisições e se fortalecer no e-commerce. Segundo o Estadão, o alvo pode ser a empresa de comércio digital Dafiti. Avaliado em R$ 10 bilhões, o movimento é considerado ousado, e a Renner aprofundou a queda. Confira também as maiores baixas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
YDUQ3Yduqs ONR$ 29,55-5,29%
LREN3Lojas Renner ONR$ 43,40-4,05%
GOLL4Gol PNR$ 22,22-3,93%
PRIO3PetroRio ONR$ 92,96-3,17%
BTOW3B2W ONR$ 65,70-2,81%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar