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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
fechamento

Sem NY, clima em Brasília fala mais alto e inspira cautela aos ativos locais; dólar registrou quinta alta consecutiva

As bolsas americanas ficaram fechadas em celebração ao 4 de julho, o que trouxe baixa liquidez ao mercado. Por aqui, restou aos investidores acompanharem os ruídos políticos vindos de Brasília e que envolvem o presidente

Jasmine Olga
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5 de julho de 2021
18:39 - atualizado às 20:37
Congresso Mercados Baixa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Com o combo “feriado + ata do Fed + inflação” previsto para esta semana, a segunda-feira (05) já prometia ser de pé no freio por parte dos investidores. O clima pesado em Brasília só veio para reforçar o sentimento. 

Com a CPI da covid-19 investigando a compra de vacinas superfaturadas pairando sobre o Planalto, a capital federal acordou com mais uma denúncia para digerir.

Em reportagem do portal UOL, a ex-cunhada de Jair Bolsonaro divulgou áudios que indicam a participação do presidente no esquema de “rachadinha”, termo usado para se referir ao desvio de salários de assessores para o parlamentar que garantiu suas nomeações ao cargo, e popularizado pela suspeita da prática no gabinete do filho de Bolsonaro, Flávio, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

João Guilherme Penteado, CEO da Apollo Investimentos, aponta que mesmo com bons dados econômicos divulgados no exterior, a liquidez baixa devido ao feriado nos Estados Unidos e a preocupação político-fiscal falaram mais alto. O Ibovespa encerrou o dia longe das mínimas, mas ainda assim perdeu o patamar dos 127 mil pontos ao recuar 0,55%, aos 126.920 pontos. 

Os setores de commodities e bancário tiveram grande peso negativo no resultado, em partes ainda repercutindo o projeto da segunda fase da reforma tributária que foi entregue pelo governo.

A Petrobras, que terminou o dia com queda de 1%, chegou a recuar mais de 2%, levando o Ibovespa a registrar as mínimas do dia. O bálsamo veio da decisão da companhia em elevar o preço da gasolina. Embora o valor seja considerado ‘desfalcado’ por analistas, mostra mais uma vez o compromisso da companhia com a política de preços competitiva. 

Mais pressão

Se por um lado a reação do mercado foi de certo alívio com o movimento, por outro a alta dos combustíveis deve ter a sua parcela de culpa na alta do IPCA, índice oficial de inflação, nos próximos meses. Com a crise hídrica também pressionando os preços, os investidores estão atentos - e preocupados. 

Com a pressão doméstica, o dólar à vista acabou se descolando do exterior, fechando o dia em alta de 0,68%, aos R$ 5,0878. Essa foi a quinta alta consecutiva da moeda. O mercado de juros também refletiu os riscos no cenário. Confira as taxas de fechamento:

  • Janeiro/22: de 5,68% para 5,74%
  • Janeiro/23: de 7,07% para 7,17%
  • Janeiro/25: de 8,15% para 8,23%
  • Janeiro/27: de 8,60% para 8,60%

Semana tensa

A cautela vista no mercado brasileiro hoje também tem um ‘quê’ de antecipação pela semana cheia que temos pela frente. Além disso, a semana começou com feriado no exterior e terminará com a B3 fechada por aqui na sexta-feira já que o dia 9 de julho é considerado feriado no estado de São Paulo. 

Mas antes da pausa, indicadores e eventos importantes estão na pauta. A  reunião ministerial da Opep+, que definiria o futuro da produção de petróleo (pelo menos pelos próximos meses) era esperada para os próximos dias, mas foi cancelada. 

Ainda seguem na agenda a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, onde os investidores irão buscar sinais sobre o futuro da política monetária da principal economia do mundo e, no Brasil, justamente o temido IPCA e vendas no varejo no Brasil.

Aumentando a lista...

Em reportagem divulgada nesta segunda-feira (05) pelo portal UOL, a ex-cunhada de Jair Bolsonaro trouxe evidências do envolvimento do presidente no esquema de "rachadinhas".

O esquema de "rachadinha", entrega de salários de assessores para o político empregador, ficou popularmente conhecido com as investigações da prática no gabinete do filho do presidente, Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio.

A denúncia de hoje encontra um governo já sobrecarregado com as denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas da Covaxin, feitas na semana passada. A CPI da covid-19 segue investigando o caso e, na semana passada, levou diversas entidades a protocolarem um "superpedido de impeachment".

No caso da Covaxin, um documento do Ministério da Saúde mostra que o valor da dose inicialmente era de US$ 10, mas o contrato foi fechado a US$ 15.

O momento coincide com uma piora da aprovação do governo Bolsonaro. De acordo com a pesquisa da CNT/MDA, a desaprovação cresceu 11 pontos percentuais desde a última medição, feita em fevereiro, indo a 62,5%.

Descendo quadrada

Não é só o Executivo que inspira cautela nos investidores. A reforma tributária proposta pela equipe econômica e que mexe com a tributação de investimentos e a tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas ainda repercute negativamente no mercado. 

Desde que o texto foi anunciado, o mercado financeiro tenta antecipar o seu impacto nas empresas. Até agora, a repercussão tem sido negativa, com os agentes do mercado prevendo um aumento da carga tributária e um grande peso sobre as ações que se destacam por serem boas pagadoras de dividendos.

Para Leonardo Milane, sócio e economista da VLG Investimentos, a discussão e tramitação do tema pode levar a bolsa brasileira a atingir novos patamares. Milane aponta que o grande número de IPOs aguardados para os próximos meses e os ruídos em Brasília acabam "inibindo uma alta de curto prazo", mas com a reabertura econômica e o andamento das reformas, a tendência é outra. 

Sobe e desce

O segundo trimestre nem bem acabou e os investidores já estão ansiosos pelos números da temporada de balanços. Na expectativa por resultados positivos, a Ambev liderou as altas do dia. Confira as maiores altas do dia: 

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
ABEV3Ambev ONR$ 17,993,21%
BRKM5Braskem PNAR$ 61,282,13% 
CPLE6Copel PNR$ 6,071,68%
CCRO3CCR ONR$ 13,631,56%
HGTX3Cia Hering ONR$ 35,361,43%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVARIAÇÃOVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 26,06-2,76%
TOTS3Totvs ONR$ 37,10-2,08%
BBDC4Bradesco PNR$ 25,03-2,00%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 21,03-1,59%
BBDC3Bradesco ONR$ 21,24-1,50%

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