CVM propõe mudanças em ofertas de ações e pede ‘resumo’ de prospectos; confira as novidades
A autarquia propôs a criação de uma “lâmina da oferta”, um documento que traz as principais informações sobre a operação de forma resumida

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou nesta quarta-feira em audiência pública uma proposta que traz grandes mudanças na forma como as empresas realizam ofertas públicas de captação de recursos de investidores no mercado de capitais.
Entre as muitas novidades está uma que vai facilitar muito a vida do pequeno investidor: a criação de uma "lâmina da oferta", um documento que traz as principais informações sobre a operação de forma resumida.
No modelo atual, quem deseja saber mais sobre a oferta em andamento de uma empresa precisa recorrer ao prospecto, um calhamaço que não raro ultrapassa as mil páginas.
A proposta prevê a liberação para que as companhias já listadas na B3 façam ofertas de ações subsequentes — conhecidas como "follow ons" — sem a necessidade de aval prévio na CVM.
Hoje isso é já possível quando as empresas se valem da Instrução nº 476 da autarquia. Mas a norma possui várias restrições, como a participação máxima de 50 investidores, e limitada aos profissionais — que possuem pelo menos R$ 10 milhões em patrimônio.
Pela proposta colocada hoje para sugestões do mercado, a CVM oferece a possibilidade de registro automático dos follow ons, que poderão ser destinados não apenas aos profissionais mas também aos investidores qualificados — com pelo menos R$ 1 milhão — e sem as restrições da Instrução 476, que deve ser revogada.
Leia Também
No caso das ofertas de ações voltadas ao público geral, as empresas ainda precisarão do aval prévio da CVM. Mas a autarquia abriu uma exceção para permitir que companhias com relacionamento habitual com o mercado de capitais — que tenham ações com grande volume em circulação, por exemplo — consigam o registro automático em qualquer situação.
O aval prévio da "xerife" do mercado de capitais também continua necessário no caso das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs).
Em contrapartida à liberação para a realização de um conjunto maior de operações no mercado de capitais com registro automático, a CVM propôs a a necessidade de registro apenas dos bancos e instituições financeiras que atuam como coordenadores de ofertas públicas. Hoje eles estão sujeitos apenas a um simples cadastro na autarquia.
Leia também:
- CVM libera bancos para fazerem empréstimos ‘travestidos’ de debêntures
- Ex-diretor do BC, Tony Volpon faz um apelo ao Copom: chegou a hora de subir os juros
- Com Mosaico, Méliuz e Enjoei, investidor manda recado: tem espaço para as techs na B3
Lâmina da oferta
A CVM também propôs a criação da lâmina da oferta, um documento alternativo ao extenso prospecto que acompanha as ofertas de ações e outros títulos.
“Por diversas razões, desde as exigências regulatórias ao conservadorismo dos agentes envolvidos na realização de ofertas, documentos que deveriam existir precipuamente para informar os investidores fracassam em alcançar esse objetivo, inclusive, pelo formato denso e tamanho excessivo”, justificou a autarquia.
No caso da famosa seção de "fatores de risco", a lâmina da oferta deve conter apenas os cinco principais, em ordem decrescente de materialidade e expresso em escala de “alto”, “médio” ou “baixo”, conforme a proposta da CVM.
A proposta de mudanças nas regras das ofertas públicas ficará aberta a comentários e sugestões até o dia 8 de julho.
Nos dois primeiros meses do ano, as empresas brasileiras captaram um total de R$ 47,5 bilhões em recursos no mercado de capitais, de acordo com dados da Anbima. Trata-se de um volume 25,4% menor que no mesmo período do ano passado, mas que foi inflado na época pela megaoferta de R$ 22 bilhões da Petrobras.
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim