Ação do TC (TRAD3), antigo TradersClub, tomba quase 10% após balanço
Apesar de bons números de receita, lucro bruto e crescimento de usuários, Ebitda, lucro líquido e margens, bem como critérios de ajuste, podem ter deixado a desejar
Recém-chegada à bolsa brasileira, a comunidade de investidores pessoas físicas TC, antigo TradersClub, divulgou seu primeiro balanço como companhia aberta na noite de ontem (12). Em reação aos números, os papéis da empresa (TRAD3), que vinham subindo nos dias que antecederam a divulgação dos resultados, registraram forte queda na B3.
No fechamento, as ações tombavam 8,42%, cotadas a R$ 10,99. Apesar do desempenho desta sexta-feira, a ação segue negociada acima do preço de R$ 9,50 da oferta pública inicial de ações (IPO).
O TC teve uma receita bruta de R$ 26,4 milhões, alta de 160,1% ante o primeiro trimestre e 213,0% em relação ao mesmo período do ano passado; a receita líquida totalizou R$ 23,3 milhões, 60,8% a mais que no trimestre anterior e 196,1% superior ao segundo trimestre de 2020.
Já o lucro bruto totalizou R$ 14,3 milhões, alta de 33,1% na comparação trimestral e 117,2% na comparação anual. Outros números destacados pela companhia foram o de 502 mil usuários cadastrados, alta de 194% ante o segundo trimestre de 2020, e os 88 mil usuários pagantes, crescimento de 516% na comparação anual.
Apesar dessas cifras positivas, os investidores podem não ter gostado muito das margens e da última linha do balanço — ou mesmo dos ajustes feitos pela companhia nessas métricas.
A margem bruta de 61,7% foi inferior à de 74,5% do primeiro trimestre e à de 84,1% do segundo trimestre de 2020; o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), que inclui efeitos não recorrentes, totalizou R$ 1,1 milhão, queda de 55,4% na base trimestral e de 76,6% na base anual, resultando numa margem Ebitda ajustada de 4,9%, ante 17,7% no primeiro trimestre e 62,0% no segundo trimestre de 2020.
Leia Também
O lucro líquido ajustado também recuou, totalizando R$ 1,0 milhão no segundo trimestre, queda de 8,4% ante o trimestre anterior e 72,3% ante o mesmo período do ano passado. Com isso, a margem líquida ajustada caiu para 4,6%, contra 8,1% no primeiro trimestre e 49,1% no segundo trimestre de 2020.
Sem os ajustes, o TC teve prejuízo líquido de R$ 2,2 milhões, revertendo o lucro do trimestre anterior e do segundo trimestre de 2020, o que resultou numa margem líquida negativa de 9,5%. A companhia esclarece, porém, que seu lucro contábil foi fortemente impactado pelo efeito não recorrente das despesas referentes ao cancelamento do plano de stock options (opções de ações) no montante de R$ 1,9 milhão, o que, no entanto, não tem impacto no caixa.
O ajuste no lucro do TC inclui ainda o que a companhia classifica como "ajuste de growth". Por esse critério, a plataforma exclui da conta os efeitos das contratações realizadas "com objetivo de preparar a Companhia para o crescimento esperado para os próximos períodos".
Assim, o lucro líquido ajustado de R$ 1,0 milhão leva em conta os itens não recorrentes e também esse "ajuste de growth".

Os mesmos ajustes foram efetuados no Ebitda da companhia, que sem os ajustes foi negativo em R$ 2,1 milhões, revertendo os desempenhos positivos do primeiros trimestre e do segundo trimestre de 2020. A margem Ebitda não ajustada, portanto, foi negativa em 9,2%.

O TC (TradersClub) concluiu seu IPO no fim de julho, avaliado em R$ 2,7 bilhões, após captar R$ 606,9 milhões em uma oferta exclusivamente primária, destinada a aquisições estratégicas, investimentos em desenvolvimento e aprimoramento da plataforma e investimentos em marketing. No primeiro dia de negociação, a ação, precificada a R$ 9,50 no IPO, avançou 35%, mas desde então já perdeu bastante força.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
