As ações favoritas para o mês de abril, segundo 15 corretoras
Com a demanda por minério de ferro em alta e o preço nas alturas, a Vale permanece como a “preferida entre as preferidas” dos analistas. Confira a lista completa
Como você imagina o mundo pós-coronavírus? Eu já vou ficar feliz em poder reunir os meus amigos em torno da minha mesa de jantar para tomar aquele vinho e comer uma pizza depois de tanto tempo de separação.
Mas nos países desenvolvidos, os dias pós-pandemia devem reservar mais do que só o retorno de uma vida social mais ativa e a volta aos escritórios hoje vazios. Em diversas partes do mundo, a retomada deve vir acompanhada de uma revitalização de toda a parte de infraestrutura — uma das formas de se gerar empregos e garantir o aquecimento da economia.
Nos Estados Unidos mesmo, o novo presidente tem um plano audacioso — e caro — de investir cerca de US$ 2 trilhões em obras que devem envolver 32 mil quilômetros de estradas e rodovias, revitalização de 10 mil pontes e criação de milhões de empregos. Na China, primeiro país a entrar e sair da crise do coronavírus, obras de infraestrutura também estão cotadas a rodo.
Não é só isso que faz a Vale (VALE3) ser uma das favoritas dos analistas — afinal, ela pinta por aqui todos os meses há mais de um ano, o que representa pelo menos 160% de alta.
Mas as perspectivas de crescimento da demanda por minério de ferro, após uma queda da produção ocasionada pelo coronavírus, certamente dão um empurrãozinho extra para a empresa “coringa” em quase todas as carteiras recomendadas do mercado.
Além das projeções otimistas, os papéis ainda são considerados baratos dado o seu potencial de crescimento e pagamento de dividendos. Neste mês, a mineradora foi mais uma vez a campeã disparada de indicações dos analistas, com oito menções.
Leia Também
Em seguida, temos duas empresas que também estão prontas para ganhar com a retomada em outro setor considerado “descontado” pelos analistas, o financeiro.
No segundo lugar, tivemos a B3 (B3SA3), que tem aparecido com mais frequência entre as preferências dos bancos e corretoras, com cinco indicações. Fechando o pódio, temos o Itaú Unibanco (ITUB4), com quatro menções.
Além do nosso pódio, é sempre bom destacar também os outros papéis que tiveram mais de uma indicação: Via Varejo (VVAR3) e Petrobras (PETR4). Confira a lista completa do Top 3 ações favoritas dos analistas para o mês de abril:

Entendendo a Ação do Mês: todos os meses o Seu Dinheiro Premium consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são as principais apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 ações, os analistas indicam as suas três prediletas. Com o ranking nas mãos, selecionamos as que contaram com pelo menos duas indicações.
Mundo em reconstrução
A presença da Vale na lista de ações mais recomendadas não é novidade. Mês sim e mês também a companhia marca presença por aqui e ela não mostra sinais de enfraquecimento, já que o aumento da demanda e a desvalorização do dólar seguem impulsionando os papéis e deixam a mineradora no caminho de resultados ainda mais robustos.
A mineradora foi a indicação de oito instituições: Ágora Investimentos, Nova Futura, CM Capital, Terra Investimentos, Órama, Necton, Guide Investimentos e Santander.
Ainda que o minério de ferro tenha dado as suas derrapadas recentemente, as perspectivas para o crescimento da demanda são altas, o que deve sustentar o preço da commodity.
Além da retomada da economia chinesa, que foi a primeira a sair da crise do coronavírus, a possibilidade de aprovação do pacote de infraestrutura de US$ 2 bilhões nos Estados Unidos também anima o mercado futuro.
Caso aprovado, o pacote americano deve ser diluído nos próximos dez anos, mas no curto prazo a companhia já tem o que comemorar. A Ágora Investimentos estima que exista um déficit de cerca de 80 milhões de toneladas em 2021 e, como uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale deve se beneficiar desse cenário.
Nesta semana, a companhia adicionou mais uma marca importante a sua história. A mineradora bateu a sua máxima e suas ações ultrapassaram a casa dos R$ 103 reais. Com o feito, o valor de mercado da Vale ultrapassou a casa dos R$ 460 bilhões. Para os analistas da Ágora, “a ação continua a ser negociada com um desconto não merecido, considerando o EV/EBITDA”.
Outra notícia recente que animou os investidores — e que levou a companhia a alcançar a marca histórica — foi o anúncio de um novo programa de recompra de ações que pode chegar a 5,3% do total de ações ordinárias em circulação.
“Seu robusto pagamento de dividendos semestrais é um grande atrativo e uma forma de balancear nossa carteira de investimentos com uma empresa bastante sólida” — Órama Investimentos.
Nadando de braçada (e sem concorrentes)
Uma piada constante aqui no grupo do WhatsApp do Seu Dinheiro é que de tédio não se morre no Brasil. A alta volatilidade que podemos observar — muitas vezes em um único dia — é alucinante, e notícias que fazem preço no mercado nunca faltam.
No meio desse sobe e desce, quem mais acaba ganhando é a própria bolsa. Sem concorrentes ou perspectivas de adversários, a B3 (B3SA3) tende a ganhar em todos os cenários. A volatilidade, por exemplo, aumenta os volumes negociados, o que impacta diretamente na receita da empresa.
Por essas e outras razões, B3 está de volta ao nosso pódio de indicações. A dona da bolsa foi citada por cinco instituições — Ativa Investimentos, Terra Investimentos, CM Capital, Órama e Necton.
Em seu último resultado trimestral, a empresa mostrou um desempenho operacional "excelente" na visão dos analistas da CM Capital e deve continuar sendo um dos players que mais se beneficiam do chamado “financial deepening” — termo utilizado para caracterizar o crescimento o leque de serviços financeiros oferecidos no país.
A Ativa Investimentos enxerga que alguns múltiplos da empresa podem estar esticados, mas o espaço para crescimento e a falta de concorrentes mantêm a B3 com recomendação de compra e como uma das empresas mais "antifrágeis da bolsa".
Provisões estão lá, já a inadimplência...
Assim como a Vale, outra empresa vista como "descontada" pelos analistas e que fecha o nosso pódio são as ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado do Brasil.
O bancão foi a indicação de quatro instituições — Ativa Investimentos, Banco Daycoval, modalmais e Toro Investimentos.
Com o coronavírus no radar, o Itaú foi o banco que mais fez provisões. Com o seu nível de inadimplência em patamares saudáveis, os analistas esperam que uma parte desses valores sejam revertidos já em 2021. Para o Banco Daycoval, o cenário desafiador já foi precificado, o que deve levar a uma retomada dos papéis já no curto prazo.
Um fator que vem sendo destacado pelas casas de análise é que o Itaú tem corrido atrás de combater a concorrência das fintechs, mostrando adaptabilidade à digitalização.
Além disso, uma questão que deve afetar todo o setor é a tendência de alta da Selic, que está saindo de suas mínimas históricas. Na visão da Toro Investimentos, esse é um fator que deve levar a uma valorização das ações de todo o segmento bancário no médio prazo.
Retrospectiva
O Ibovespa ainda acumula saldo negativo em 2021, mas março foi um mês e tanto de recuperação. O principal índice da bolsa teve uma alta de 6%.
Mas nem por isso o mês foi de flores. Os ativos domésticos sofreram um bocado com a volatilidade, já que no radar local tivemos a aprovação da tão esperada PEC Emergencial, reforma ministerial, a aprovação de um Orçamento que ainda dá o que falar e uma piora drástica na pandemia do coronavírus. Lá fora, o alívio veio da aprovação do pacote de estímulos americano. Já os juros futuros, que dispararam, pressionaram os ativos emergentes.
A Vale, campeã de indicações no mês passado, também acabou ficando com o saldo positivo, ainda que o minério de ferro tenha recuado, e subiu 6,47%. Confira a lista completa de indicações e o retorno durante o mês de março.

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
