🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Estadão Conteúdo
saídas para a crise

No radar do governo, emprego e falências

Fortalecimento de programas sociais, o novo programa de incentivo ao emprego, uma nova lei de falências e projeto para melhoria do mercado de crédito, de capitais e de garantias estão entre as medidas que devem ter prioridade

Adolfo Sachsida
Adolfo Sachsida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, assumiu como ministro de Minas e Energia com pedido de estudo para privatizar a Petrobras. - Imagem: Reprodução

Depois da aprovação do novo marco do saneamento pelo Congresso, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, antecipou ao Estadão/Broadcast que quatro projetos devem ganhar prioridade na agenda econômica daqui para frente: o fortalecimento de programas sociais, o novo programa de incentivo ao emprego, uma nova lei de falências e projeto para melhoria do mercado de crédito, de capitais e de garantias.

Na sua avaliação, essas medidas "provavelmente" vão sair na frente num ambiente em que a articulação política melhorou bastante. Sachsida disse que é possível colocar de pé no segundo semestre o fortalecimento dos programas sociais do governo, com o Renda Brasil, que estará conectado ao novo programa de emprego.

"Dada a magnitude da crise, a prioridade é colocar de pé um programa robusto de assistência social para fazer frente a essa nova realidade que vai emergir no pós-pandemia", disse. O secretário descartou, no entanto, a adoção de programa de Renda Básica universal, como vem sendo defendido por economistas de diversas correntes de pensamento. Segundo ele, dada a realidade fiscal do Brasil, é mais “prudente” focar a aplicação dos recursos nas camadas mais vulneráveis.

"É um programa que coloca recursos orçamentários, retirando de programas poucos eficientes e passando para programas mais eficientes no combate à pobreza. Essa é a prioridade junto com o programa de emprego", ressaltou. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que a nova Carteira Verde Amarela, que reduzirá encargos sobre a folha de pagamentos, vai focar 30 milhões de trabalhadores que hoje recebem o auxílio emergencial.

O secretário cobrou uma colaboração efetiva dos pesquisadores da área social para apontar quais são os programas menos eficientes. "Os acadêmicos têm de dar sua contribuição. Está na hora de falar os programas que não funcionam. É olhar para o que está dando certo e o que não está funcionado", disse.

Sachsida argumentou que o Brasil é repleto de programas que transferem recursos para os mais ricos e que é melhor focar nesse problema para conseguir redirecionar verbas para ampliar o programa social e melhorar a eficiência do gasto. O secretário não quis dar detalhes de quais programas estão na mira da equipe.

O Estadão/Broadcast mostrou na semana passada que o governo trabalha para dobrar o orçamento atual do Bolsa Família, que hoje é de R$ 32 bilhões, e já mapeou cerca de R$ 20 bilhões em programas que podem ser revistos, como abono salarial (espécie de 14.º salário pago a trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos), seguro-defeso (pago a pescadores artesanais no período em que a atividade é proibida) e farmácia popular.

Outros R$ 13 bilhões em gastos estão na mira dos técnicos, mas ainda sob avaliação de viabilidade política para sua alteração, e incluem benefícios pagos a servidores públicos. Entre os alvos, estão auxílios alimentação pagos em valores elevados.

Sachsida reconheceu que o número de pessoas vivendo na pobreza deve aumentar diante da crise provocada pela pandemia. Ao mesmo tempo, ele garantiu que a equipe econômica está trabalhando para que essas pessoas sejam assistidas no novo desenho da política social.

Falência

A aprovação de uma nova lei de falências é necessária, segundo o secretário, porque muitas empresas vão falir com a crise da covid-19 e será preciso realocar rapidamente o estoque de capital dessas companhias para evitar que ele fique se depreciando. "Tem de ter uma lei de falências, principalmente para as micro e pequenas empresas, além da melhoria do crédito, capitais e garantias", afirmou. Sachsida prometeu que os próximos 18 meses da economia brasileira serão conhecidos como 18 meses de reformas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO

Entrada da casa própria vai sair de graça? Governo libera verba para que parlamentares quitem parte de imóveis do Casa Verde e Amarela em suas regiões

11 de setembro de 2022 - 13:04

Uma brecha na lei de criação do programa habitacional permitirá o uso de emendas parlamentares para reduzir ou quitar a entrada nos financiamentos

IMPASSE CONTINUA

Vitória do governo ameaçada? FUP vai à Justiça para anular resultado de assembleia que elegeu novo conselho da Petrobras (PETR4)

19 de agosto de 2022 - 20:20

A FUP vai centrar argumentação contra a eleição a conselheiros de dois nomes barrados pelo Comitê de Elegibilidade da estatal

A CONTRAGOSTO

Indicados pelo governo — incluindo dois nomes barrados pela Petrobras (PETR4) — são aprovados para conselho de administração da estatal

19 de agosto de 2022 - 16:22

Jônathas Castro e Ricardo Soriano foram rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, mas eleitos hoje com os votos da União

Alguém tem que pagar...

Governo vai baixar preço do diesel e da gasolina com novo decreto, mas medida atrasará cumprimento de metas ambientais

22 de julho de 2022 - 13:08

A notícia é ruim para o meio ambiente, mas boa para os caminhoneiros: segundo o ministro de Minas e Energia o decreto provocará um queda de mais de R$ 0,10 na gasolina e no diesel

PRÉVIA DO BALANÇO

Petrobras (PETR4) registra queda na produção do segundo trimestre — veja o que atrapalhou a estatal

21 de julho de 2022 - 18:24

Considerado uma “prévia” do balanço, o relatório mostra que a petroleira produziu 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed)

SUGESTÃO REJEITADA

Governo ignora parecer da Petrobras (PETR4) e indicará dois nomes barrados pela estatal para o conselho de administração

20 de julho de 2022 - 20:00

Jônathas de Castro, secretário da Casa Civil e Ricardo Soriano de Alencar, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, foram bloqueados por conflito de interesses

MAIS UM FIASCO?

Bolsonaro promete 50 embaixadores em reunião para falar de fraude em urnas eletrônicas, mas Estados Unidos, Japão e Reino Unido não confirmam presença

17 de julho de 2022 - 17:16

Os presidentes do STF e TSE também devem faltar ao encontro, convocado pelo presidente para discutir a nunca comprovada fraude nas eleições de 2014 e 2018

ELEIÇÕES 2022

As alianças se consolidam: Rodrigo Garcia e Tarcísio selam acordos na disputa por um lugar no segundo turno em São Paulo

8 de julho de 2022 - 11:55

Tarcísio de Freitas (Republicanos) consegue apoio de Kassab; Rodrigo Garcia (PSDB) fecha com União Brasil

DESESTATIZAÇÃO NA B3

Barrados no baile: com IPO suspenso pela justiça, Corsan e governo do RS estudam medidas para retomar privatização

7 de julho de 2022 - 19:33

Os planos da estatal de saneamento do Rio Grande do Sul foram barrados pelo Tribunal de Contas do Estado, que pede ajustes na modelagem da oferta

POLÊMICA NA ESTATAL

Caixa revela que sabia de denúncia de assédio contra Pedro Guimarães desde maio e aponta presidente interina

30 de junho de 2022 - 20:14

A Corregedoria aguardou até que o denunciante apresentasse um “conjunto de informações” suficiente para prosseguir com a investigação contra Pedro Guimarães

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar