A sexta-feira 13 é conhecida popularmente como um dia de azar, mas, para o governo federal, a data trouxe sorte. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou hoje a pauta de julgamento da próxima quarta-feira (18) e, entre os itens previstos para a análise, está a privatização da Eletrobras (ELET3).
Vale relembrar que, sem o sinal verde do TCU, não há como prosseguir com a privatização. Hoje, aliás, era o dia originalmente prometido para o fim do processo, que teve de ser adiado após um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo.
O comando da empresa avalia que ainda seria possível realizar a operação neste ano. No entanto, na nova "janela", as datas se estendem até agosto.
As barreiras na privatização da Eletrobras (ELET3)
As privatizações são bastante polêmicas no Brasil e com a Eletrobras (ELET3) não é diferente. Um dos obstáculos mais recentes nesse processo veio à tona no final do mês passado, quando a Associação dos Empregados de Furnas (Asef) entrou com ação civil pública contra a desestatização da companhia.
A ação da Asef soma-se aos pedidos de liminares assinados por partidos de oposição para a suspensão da privatização.
O processo tem sido questionado tanto por políticos quanto por parte dos consumidores industriais. As principais dúvidas são com relação aos parâmetros e metodologias de cálculos sobre o preço de venda.
Bolsonaro quer, Lula não quer
O antagonismo dos presidenciáveis Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva é nítido, inclusive no âmbito das privatizações. Enquanto Bolsonaro promete privatizar tudo o que vê pela frente, Lula vem na contramão e jura que não permitirá que estatais como a Petrobras (PETR4) e a Eletrobras sejam vendidas.
Em um evento das centrais sindicais no início do mês, o ex-presidente reforçou sua oposição à venda da Eletrobras e disse que precisa “recuperar a Petrobras”.
"Se a Eletrobras for privatizada, nunca mais terá um programa como o Luz para Todos, que levou energia para os mais pobres", disse o petista na ocasião.