O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (28) que não admitirá "decisões individuais" e "monocráticas", em um recado ao ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Acabou, porra!".
"Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoais certas ações", disse. "Mais um dia triste da nossa história, mas foi o último dia triste".
Nesta quarta-feira (27), empresários, políticos e blogueiros aliados do governo foram alvo de operação da Polícia Federal em inquérito que apura ataques e fake news contra ministros da Corte.
As ações de busca e apreensão foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação.
'Dia triste'
Bolsonaro afirmou que "invadir casas de pessoas inocentes" e submetê-las a humilhações é "inadmissível". O chefe do Executivo classificou a quarta-feira como dia "triste" e alertou que seria o último do tipo. "Não foi justo o que aconteceu ontem".
Bolsonaro, contudo, não citou Moraes nominalmente e disse mais de uma vez que respeita os Poderes públicos - cobrando respeito também. "Inventaram o nome 'gabinete do ódio', uns acreditaram e outros foram além e abriram processo no tocante a isso", disse
O presidente disse que "a historinha de querer criminalizar o ódio" é uma forma de censurar as mídias sociais, que o elegeram. Ele falou ainda é que "não existe pessoa mais humilhada" que ele nas redes sociais e nem por isso "levantou uma só palavra no sentido de controlar quem quer que seja".
*Com Estadão Conteúdo