Refém da crise da Boeing, Gol conta com solução até março
Sem o 737 Max, executivo da aérea destacou o intervalo de dois meses entre abril e julho para definir as medidas que a empresa vai adotar para o período de alta temporada
Refém da crise enfrentada pela norte-americana Boeing, a Gol precisou improvisar e alugar aeronaves para fazer frente à demanda de assentos do início do ano. Temendo prejuízos em julho, a empresa conta com uma solução para o imbróglio envolvendo o 737 Max até março e espera operar o modelo já em abril para se preparar para a alta temporada. A aeronave foi suspensa desde meados do ano passado após dois acidentes graves deixarem centenas de vítimas.
"Durante a baixa temporada, de fevereiro até junho, o Max não faz diferença para a gente. Julho é a grande questão", disse o vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer, durante reunião com analistas e investidores, nesta quinta-feira, em São Paulo.
Ferrer destacou o intervalo de dois meses entre abril e julho para definir as medidas que a empresa vai adotar para o período de alta temporada. "Se tivermos um atraso adicional, teremos de construir um crescimento de capacidade para julho", disse.
O evento da Gol contou com a presença do diretor regional de marketing de produtos da Boeing, Jeffrey Haber. Ele apontou o primeiro trimestre deste ano como uma boa meta para liberar a aeronave. "Há riscos, claro". O retorno das operações do avião tem sido um tema delicado. O modelo tem passado por uma série de revisões após determinação de órgãos reguladores em todo o mundo. A decolagem, entretanto, tem sido constantemente postergada.
A Boeing está negociando indenizações com as aéreas. Executivos da Gol disseram estar trabalhando para receber "uma compensação financeira muito em breve".
A brasileira não deve ser comprometida pela paralisação da produção do 737 pela Boeing, isso porque 16 das aeronaves programadas para serem entregues neste ano já estão prontas nos Estados Unidos. Atualmente, a empresa tem 7 unidades do 737 Max na sua frota, número que deve chegar a 58 em 2023. A estimativa é uma frota total de 140 aeronaves em 2020 e 151 em 2023 - contando também o modelo Boeing 737 NG.
Leia Também
Antes de voar, a Boeing aconselhou as empresas a treinarem os pilotos em simuladores. Segundo a Gol, eles estão trabalhando com a norte-americana para não ter atrasos adicionais com o treinamento após a liberação.
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, destacou que 2019 foi um ano de muitas surpresas para o setor aéreo. "Construímos esse mecanismo para enfrentar a volatilidade do Brasil sem imaginar que teríamos de lidar com o Max", afirmou. Apontando também questões envolvendo a Avianca, o executivo disse que o setor está enfrentando um dos períodos mais desafiadores. "Nós estávamos transportando de graça, literalmente, vários passageiros da Avianca".
Parceria
Kakinoff fez sinalizações positivas para a sinergia das possíveis novas parcerias da Gol após o término da aliança com a Delta. O grupo tem conversado com a United Airlines e American Airlines. "O que estamos olhando agora com as americanas é possibilidade de expandir os número de assentos", afirmou. O executivo destacou que não está no radar a venda de participação da Gol, mas ponderou que tal decisão cabe aos controladores.
O executivo afirmou que as empresas em negociação estão melhor posicionadas em hubs importantes para o Brasil, como Miami e Nova York. "Em um curto período de tempo teremos como comunicar novidades positivas sobre nossa parceria com essas duas novas empresas", acrescentou.
Já Lark, CFO da Gol, fez sinalizações bastante favoráveis para a economia. "O Brasil está de volta. Ponto". De acordo com o executivo, a Gol "está em uma posição favorável para tirar proveito dessa recuperação".
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista