🔴 NOVA META: RENDA EXTRA DE ATÉ R$ 2 MIL POR DIA ENTENDA COMO

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Mercado imobiliário

Lucro da Cyrela cai 42% no 1º tri, para R$ 28 milhões; receita e geração de caixa também recuam

Desvalorização das ações da Tecnisa e da Cyrela Commercial Properties pesaram no resultado; construtora também teve problemas com repasses do Minha Casa Minha Vida

Prédio em construção CURY CURY3 MRV Cyrela Tenda EZTec Even Direcional MRVE3 construtoras bank of america ações Tenda TEND3 fundo imobiliário Trisul
Imagem: Shutterstock

A Cyrela registrou lucro líquido (atribuído aos controladores) de apenas R$ 28 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 81,3% ante os R$ 149 milhões registrados no quarto trimestre de 2019 e de 42,3% frente a cifra de R$ 48 milhões do primeiro tri do ano passado.

O lucro por ação da companhia ficou em 7 centavos, diante de 39 centavos no trimestre anterior e 13 centavos no primeiro trimestre de 2020.

Segundo a Cyrela, o resultado contou com impactos positivos referentes à participação da companhia no resultado da construtora Cury, voltada para o segmento Minha Casa Minha Vida (R$ 4 milhões); e a uma operação realizada com o plano de aposentadorias do Canadá (CPPIB, na sigla em inglês) (R$ 33 milhões).

No lado negativo, porém, pesaram as perdas com a desvalorização das ações da Tecnisa (R$ 9 milhões) e da Cyrela Commercial Properties (R$ 21 milhões); além de R$ 31 milhões em contingências judiciais, sendo R$ 11 milhões em despesas gerais e administrativas, e R$ 20 milhões em provisões.

No primeiro trimestre do ano, as ações da Tecnisa (TCSA3) desvalorizaram 60%, enquanto das da Cyrela Commercial Properties (CCPR3) caíram 46%.

A margem líquida da Cyrela foi de 3,7% no trimestre, menor que os 5,9% do mesmo período do ano passado e os 12,1% do quarto tri de 2019. O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) no trimestre foi de 7,9%.

Leia Também

Resultados operacionais

Os lançamentos da Cyrela no primeiro trimestre de 2020 totalizaram R$ 1,644 bilhão, alta de 200,8% na comparação anual. O segmento Minha Casa Minha Vida representou a maior parte desse Valor Geral de Vendas (VGV), com R$ 1,045 bilhão em lançamentos.

As vendas totalizaram R$ 1,357 bilhão, alta de 29,9% na comparação anual. As vendas de estoque, no trimestre, representaram 54% do volume total. Já a velocidade de vendas foi de 53,4%, em linha com os trimestres anteriores.

Os estoques totalizaram, em valor de mercado, R$ 6,088 bilhões, alta de 3,9% ante o trimestre anterior. O estoque pronto corresponde a R$ 1,735 desse total, uma queda de 3,8% em comparação ao último trimestre de 2019.

Queda na receita líquida

A receita líquida total da companhia somou R$ 765 milhões no primeiro trimestre de 2020, montante 7,4% inferior aos R$ 826 milhões obtidos no mesmo período do ano passado e 38% a menos do que a receita de R$ 1,233 bilhão do trimestre anterior.

A queda, diz a empresa, pode ser explicada pelo menor volume de reconhecimentos de lançamentos e menor POC médio de vendas, principalmente devido ao menor volume de vendas de estoque pronto no período.

O POC (Percentage of Completion) é um indicador de evolução financeira da obra, que mede o seu andamento em termos de custos incorridos em relação ao total de custos orçados.

Os custos dos bens e serviços prestados, por sua vez, também diminuíram. O custo total no trimestre foi de R$ 504 milhões, 12,7% inferior ao mesmo período de 2019 (R$ 577 milhões) e 40,6% menor que no trimestre passado (R$ 848 milhões).

O lucro bruto operacional totalizou, assim, R$ 261 milhões, 32,2% a menos do que no quarto trimestre de 2019, quando totalizou R$ 385 milhões, mas 4,8% a mais do que os R$ 249 milhões reportados no primeiro tri de 2019.

A margem bruta viu melhora no trimestre, subindo para 34,1%, contra 31,2% no trimestre anterior e 30,1% no primeiro trimestre de 2019.

“A melhora na margem bruta da Cyrela se deu, principalmente, pela maior contribuição da usinagem no resultado consolidado da Companhia, que tipicamente possui margens acima da média”, diz o release de resultados da construtora.

Geração de caixa é impactada pelo MCMV

A geração de caixa da Cyrela foi de apenas R$ 13 milhões no trimestre, 94,7% menor que os R$ 245 milhões do trimestre anterior e 91,4% inferior aos R$ 150 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a companhia, essa grande redução se deu principalmente pela instabilidade, no período, nos repasses de vendas do Programa Minha Casa Minha Vida, decorrente da paralisação nos aportes de recursos da União nos subsídios aos clientes, além de um menor volume de vendas de estoque pronto no período.

Endividamento

Finalmente, o endividamento da companhia permaneceu mais ou menos estável. A dívida bruta totalizou R$ 2,511 bilhões, um pouco menos do que os R$ 2,514 bilhões do trimestre anterior, e a dívida líquida totalizou R$ 839 milhões.

Com isso, a alavancagem da companhia (dívida líquida/PL) ficou em 16,1%, ligeiramente menor que os 16,4% do trimestre anterior. No primeiro trimestre de 2019, a alavancagem era de 12%.

Impactos do coronavírus

Apesar de a Cyrela não ter atribuído nenhum aspecto negativo dos seus resultados à crise do coronavírus, a administração da construtora se pronunciou a respeito dos seus impactos na economia.

“Entendemos que estamos diante de um cenário ainda bastante incerto, e em função disso reforçamos o conservadorismo que sempre marca a nossa atuação. Por outro lado, estamos atentos às eventuais oportunidades que crises podem trazer, e temos confiança na resiliência do setor imobiliário residencial mesmo em cenários mais desafiadores”, diz o release de resultados.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OFERTA ALTERNATIVA

Este fundo imobiliário zerou os dividendos, mas quer distribuir dinheiro para os cotistas de outra forma; entenda a proposta do BLMG11

8 de dezembro de 2024 - 16:47

De acordo com o FII, uma mudança de interpretação nas regras para distribuição da CVM impediu o pagamento de proventos neste mês

OPORTUNIDADES EXCLUSIVAS

Retorno de até 25% ao ano: como os escritórios de gestão de fortunas dos super-ricos investem em imóveis

7 de dezembro de 2024 - 11:31

Esses escritórios podem se tornar uma espécie de sócios dos empreendimentos logo que estão sendo criados, uma prática conhecida do ramo imobiliário

DESTAQUES DA BOLSA

Log (LOGG3) salta 6% na bolsa após anunciar dividendos milionários para 2024 e dizer quanto deve pagar aos acionistas no ano que vem

6 de dezembro de 2024 - 16:20

A companhia decidiu que irá adotar a prática de distribuir dividendos trimestralmente no ano que vem, com o total distribuído equivalente a 50% da projeção para o lucro de 2025

FIIS HOJE

Fundo imobiliário TRBL11 dispara 8% na bolsa com fim da interdição de imóvel alvo de impasse com os Correios

6 de dezembro de 2024 - 13:42

Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) informou que os Correios poderão retomar as operações no imóvel a partir de hoje

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia

6 de dezembro de 2024 - 11:36

O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV

ENTREVISTA EXCLUSIVA

‘Dividendos estáveis e confiáveis até 2062’: gestor do GRUL11 revela a tese do fundo imobiliário pioneiro que explora galpões no maior aeroporto do Brasil

5 de dezembro de 2024 - 6:03

O fundo nasceu para explorar uma tese inédita na bolsa até agora, com galpões localizados ao lado das pistas do Aeroporto de Guarulhos

IMPASSE ENTRE INQUILINO E LOCATÁRIO

Fundo imobiliário TRBL11 recua 5% na B3 após Correios abrir processo para rescindir locação de imóvel interditado

4 de dezembro de 2024 - 11:49

O contrato original entre as partes vai até setembro de 2034, mas a estatal já suspendeu as atividades no empreedimento em outubro

DINHEIRO NO BOLSO

Tenda (TEND3) vai pagar dividendos pela primeira vez em três anos; veja quanto a construtora irá distribuir

3 de dezembro de 2024 - 18:45

Com o balanço mostrando lucro líquido novamente e resultado recorde, o conselho de administração da empresa aprovou a distribuição de R$ 21 milhões

BOA NOTÍCIA PARA OS COTISTAS

Os dividendos do Maxi Renda (MXRF11) vão voltar a subir; veja quanto o maior fundo imobiliário da B3 pagará aos cotistas

2 de dezembro de 2024 - 13:31

O FII distribuirá cerca de R$ 0,10 por cota, o que representa uma alta de cerca de 11,1% em relação à cifra depositada nos últimos três meses

SD Select

Oi (OIBR3) disparou 19% na bolsa após mudanças no regime de telefonia, mas não é hora de comprar a ação; veja motivo

27 de novembro de 2024 - 14:00

Casa de análise prefere ação de concorrente com potencial para se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa; conheça a recomendação

SD ENTREVISTA

TVRI11: Por que um dos fundos mais tradicionais da bolsa quer o aval dos cotistas para transformar a carteira bancária em renda urbana? O gestor explica

27 de novembro de 2024 - 6:14

A gestora convocou uma assembleia geral para discutir mudanças nas características do portfólio e taxas cobradas pelo fundo

TD GARANTIA

Chega de fiador e seguro-fiança! Investimento no Tesouro Direto já pode ser usado como garantia de aluguel de imóvel

25 de novembro de 2024 - 17:29

Projeto é fruto de uma parceria com a B3, o Banco Central, a Loft e a corretora Warren. Novo título terá correção pela Selic e poderá ser resgatado ao fim do contrato

TESOURO GARANTIA

Rumo ao crédito mais barato e aluguel sem fiador: Tesouro Direto lança o TD Garantia, plataforma que permite ao investidor usar títulos públicos como garantia de contratos

25 de novembro de 2024 - 14:10

Primeiro produto que permite usar títulos públicos dessa maneira é garantia locatícia da plataforma imobiliária Loft, que substitui caução, fiador e seguro-fiança

RETOMOU A COBERTURA

Alto risco, alto retorno: BTG diz que ações desta construtora podem subir até 88% nos próximos meses e recomenda compra para os papéis

25 de novembro de 2024 - 13:11

A companhia em questão negocia em um patamar de valor de mercado tão depreciado que, segundo o banco, mal reflete o valor de seu portfólio

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

CONFIRA A LISTA

Os reis dos dividendos: os 10 fundos imobiliários que mais distribuíram dinheiro aos investidores neste ano

21 de novembro de 2024 - 13:47

Os FIIs de tijolo são maioria na metade superior do ranking, considerando o período entre janeiro e outubro de 2024

NOVO INQUILINO

Fundo imobiliário RCRB11 fecha contrato com a V.tal, empresa controlada pelo BTG (BPAC11); veja quanto pode render cada cota

13 de novembro de 2024 - 15:29

O contrato de locação foi firmado dois meses após a compra pelo fundo da laje vaga, em setembro deste ano

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA

11 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

PROVISÕES NECESSÁRIAS

Fiagro RURA11 explica o que fez os dividendos caírem 40% e diz quando deve voltar a pagar proventos maiores a seus 89 mil cotistas

10 de novembro de 2024 - 16:53

De acordo com o relatório gerencial do fundo, o provento será reduzido durante três meses, contados a partir de outubro

POSSÍVEL DANÇA DAS CADEIRAS

Capitânia pede assembleia para discutir troca na gestão do XPPR11, fundo imobiliário gerido pela XP

9 de novembro de 2024 - 16:48

A Capitânia propõe que a XP seja substituída pela V2 Investimentos na função, casa que atualmente conta com quatro FIIs no portfólio

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar