🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

VAREJO COMPETITIVO

Fast Shop aposta em conceito ‘luxo’ contra gigantes

Segundo presidente da empresa, expansão em 2020 deve ser de 15% a 20%, elevando a receita do negócio para próximo (ou além) de R$ 5 bilhões

Estadão Conteúdo
30 de outubro de 2020
11:13 - atualizado às 0:17
Imagem: Shopping Leblon

Nos próximos dias, a rede de eletrodomésticos Fast Shop faz uma aposta para ampliar sua imagem de sofisticação: inaugura, em São Paulo, uma loja conceito idealizada pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, o mesmo que projetou a Japan House, na Avenida Paulista.

A rede, porém, teve uma origem mais "popular": a família Kakumoto, à frente do negócio até hoje, abriu primeiro uma concessionária de motos Yamaha, em 1989. Só sete anos depois - e por necessidade -, eles fariam a migração para os eletrodomésticos.

O foco nas classes A e B permitiu que a Fast Shop prosperasse mesmo tendo de enfrentar duas gigantes: a Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, e o Magazine Luiza.

Neste ano, apesar da pandemia e da forte atuação das líderes do setor, a rede conseguiu se defender. Segundo Rafael Kakumoto, presidente da empresa e filho dos fundadores Marie e Milton, a expansão em 2020 deve ser de 15% a 20%, o que elevará a receita do negócio para algo próximo (ou além) de R$ 5 bilhões.

A Fast Shop é uma espécie de "ilha" em um segmento considerado difícil pela margem apertada dos produtos do tipo "commodity" - que são encontrados em qualquer loja do ramo.

Apesar de a rede ter sido cobiçada por fundos de investimento e bancos na última década, a família Kakumoto jamais vendeu uma parcela de seu capital. Questionado sobre os planos daqui em diante, o presidente da rede diz que não descarta nem achar um sócio nem abrir o capital.

Leia Também

Buscar uma estrutura financeira mais forte, no entanto, pode ser uma boa ideia, segundo especialistas. A recente reinvenção de Magalu e Casas Bahia pode ser um sinal de alerta para a Fast Shop. Ou seja: a gestão familiar e a aposta na alta renda, que deram certo até aqui, podem não ser suficientes para garantir o futuro.

"O setor de eletrônicos está passando por uma revolução", diz o diretor de operações da consultoria Gouvêa, Eduardo Yamashita. "Os concorrentes ganharam escala e têm rentabilidade maior. Essas gigantes estão investindo pesado, mesmo na pandemia."

Além de apostar no design de Kengo Kuma - que deverá servir de molde para as demais unidades -, a Fast Shop vai dobrar a aposta nos serviços. A nova unidade terá mais espaço para produtos de tecnologia, com o objetivo de fazer uma venda consultiva, de acordo com Rafael Kakumoto.

A ideia é que o cliente possa chegar à loja e sair com o aparelho funcionando, sem dor de cabeça. "Refizemos o treinamento dos vendedores para traduzir a tecnologia para o consumidor", explica.

O número relativamente tímido de 86 lojas - ao redor de 10% do total de Casas Bahia e do Magalu - fez a Fast Shop ir mais cedo para o e-commerce, o que foi essencial para a companhia durante a pandemia. Até o ano passado, cerca de 30% das vendas da rede já eram realizadas pela internet. Depois da web disparar na pandemia, Kakumoto aposta que o online deve estacionar em 50% das vendas daqui em diante.

Trajetória

Mas como a Fast Shop foi de revenda de motos a loja de eletros classe A? Segundo o presidente da rede, todas as escolhas iniciais foram pautadas pela necessidade.

"O sonho da família era ter uma concessionária de carro, mas o dinheiro só dava para a Yamaha", lembra o filho dos fundadores. Após alguns anos, a família passou a fazer entrega de eletrodomésticos vendidos por consórcio - prática comum nos anos 1990.

Quando uma mudança de legislação restringiu o consórcio de eletrodomésticos, os Kakumotos tiveram de se reinventar. Em 1996, abriram sua primeira loja.

E a aposta na alta renda também foi consequência de uma restrição imposta pelo mercado. "Na época, os bancos não estavam abertos para financiar o varejo. As lojas tinham financiamento próprio. Como a gente não tinha, era preciso ir atrás de um público que não precisava de crédito."

Mas o que sobrou da velha revenda Yamaha? Há muito tempo a família deixou de vender motos. E, ao se sofisticar, apostou em shopping centers. Todas as unidades estão em centros comerciais, exceto uma: a que hoje ocupa o espaço que antes vendia motocicletas, em Santana, zona norte de São Paulo.

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BIG DATA

Inteligência artificial a serviço do consumidor: Infracommerce (IFCM3) compra Tevec e dá mais um passo para disputar espaço com MagaLu, Mercado Livre e Amazon

3 de janeiro de 2022 - 12:01

Com aquisição revelada hoje, Infracommerce reforça sua posição para enfrentar gigantes do comércio eletrônico

A BOLSA COMO ELA É

Black Friday decepciona varejo e é hora de jogar na defensiva na bolsa; veja como começar 2022

30 de novembro de 2021 - 10:58

Resultado fraco de vendas induz revisão das expectativas para o varejo brasileiro no futuro próximo; o momento é de defesa

SEU DINHEIRO CONVIDA

Fortalecimento do e-commerce exige aliar o que há de melhor em mercadorias, abastecimento e informações

11 de novembro de 2021 - 5:55

Empresas devem refletir sobre como podem otimizar seus processos, comparando e gerenciando dados para melhorar significativamente a experiência de compra dos consumidores online

E-Commerce

Amazon acelera atração de lojistas brasileiros

10 de outubro de 2021 - 8:50

Empresa lança plataforma que coletará produtos no endereço dos vendedores; a gigante americana também vai abrir espaço em seu estoque para mercadorias de terceiros

Reflexo da retomada

Demanda em alta: Energisa (ENGI11) registra alta na venda de energia em julho – Veja os números

27 de agosto de 2021 - 7:23

Segundo boletim mensal da companhia, desempenho foi impulsionado principalmente pelos clientes dos segmentos de comércio e indústria

Comprinhas em alta

Indo às compras? Intenção de Consumo cresce 2,1% em agosto; confira

23 de agosto de 2021 - 12:26

O indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) teve melhor desempenho desde abril deste ano; no entanto a intenção de consumo segue abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos

Indo às compras

Vendas em Shoppings podem aumentar mais de 30% com Dia dos Pais; veja os setores em destaque

2 de agosto de 2021 - 11:43

Abrasce, associação do setor, observa um otimismo maior em relação às datas comemorativas anteriores

Abertura de vagas

Setor de serviços abre 110.956 vagas em maio e puxa Caged, seguido por comércio

1 de julho de 2021 - 11:29

Já a indústria geral abriu 44.146 vagas em maio, enquanto houve um saldo de 42.526 contratações na agropecuária

Temperatura subindo

Febraban: carteira de crédito continua em expansão e deve registrar melhor índice desde 2013

21 de junho de 2021 - 12:38

As concessões de empréstimos devem apresentar crescimento de 4,7% em maio, acumulando aumento de 6,9% nos últimos 12 meses

Orçamento apertado

Segmentos mais impactados de comércio e serviços tiveram perdas de R$ 225,7 bi em 2020

17 de maio de 2021 - 17:07

Montante é maior que o total produzido por países como Sérvia e Tunísia. Varejo de roupas perdeu 10% do seu tamanho no ano passado

mercados hoje

Wall Street pisa no acelerador, mas Ibovespa tem alta limitada pelo setor de commodities; dólar cai

14 de maio de 2021 - 10:20

Dados mistos da economia americana seguem atunuando um risco da disparada da inflação e deixa o mercado no caminho da recuperação

Destravando o comércio global

Tráfego marítimo volta ao normal no Canal de Suez

4 de abril de 2021 - 8:02

O acidente provocou a paralisação da hidrovia e trouxe dificuldades para as linhas de abastecimento global nos últimos 12 dias. A liberação do Ever Given aconteceu apenas em 29 de março, quando uma maré alta de primavera ajudou a soltar o navio.

Vendas no Varejo

Varejo cresce 3%, ativado pelo setor de construção e supermercados

5 de março de 2021 - 12:58

Conforme os dados da Fecomércio, o setor da construção registrou, ao final de 2020, crescimento de 18,7% no faturamento, fechando o ano em R$ 67,6 bilhões

Crise

Vendas do comércio encerram 2020 com queda histórica de 12,2%, diz Serasa

3 de março de 2021 - 13:25

Essa é a maior retração de toda a série, iniciada em 2001.

Dia da Consciência Negra

Conheça o ‘Black Money’, movimento que favorece negócios de pessoas negras

20 de novembro de 2020 - 12:21

Projeto visa buscar autonomia da população negra no Brasil com pontes e influências junto a outros países; conheça

GIGANTE

China e outros 14 países formam maior bloco comercial do mundo

15 de novembro de 2020 - 17:50

Tratado de países da região Ásia-Pacífico reúne um terço da economia mundial e 2,2 bilhões de pessoas

de olho no futuro

Brasil e EUA fecham pacote comercial

16 de outubro de 2020 - 7:54

O conjunto de medidas está sendo considerado pelo governo brasileiro como base para um entendimento mais amplo, a ser futuramente discutido entre os países.

em meio à pandemia

E-commerce: Semana do Brasil tem faturamento 25% superior ao de 2019

16 de setembro de 2020 - 9:46

Levantamento da Ebit Nielsen apontou ainda que 57% das vendas foram realizadas por meio de telefones celulares ou tablets

ainda em queda

Intenção de consumo cai 0,2% em agosto e chega à 5ª queda seguida, diz CNC

26 de agosto de 2020 - 13:55

Em comparação com agosto de 2019, a queda foi de 27,6% e, Segundo a CNC, o ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.

Termômetro

Boa vista: movimento do comércio sobe 4,5% em julho, mas tem queda de 7,5% em 2020

24 de agosto de 2020 - 10:06

Nos grupos que compõem o indicador, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que registrou a maior alta em julho ante junho, de 12,8%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar