Desde que divulgou o balanço do quatro trimestre de 2019, na quarta-feira passada (29), as ações da Tesla subiram 39% na bolsa de valores. Com a valorização, a montadora encerrou o pregão da última terça-feira (4) avaliada em US$ 159,9 bilhões.
A cifra é suficiente para valer mais que Volkswagen e GM juntas. Neste momento, só a Toyota (na casa de US$ 200 bilhões) tem valor de mercado maior que a Tesla entre as montadoras.
A diferença entre as duas poderia ter sido ainda menor: durante o pregão de ontem, a empresa chegou a ter valorização de 23%, o que levou seu papel para US$ 967. No fim do dia, porém, muitos investidores aproveitaram para realizar lucros, e o papel encerrou o pregão negociado a US$ 887.
A valorização recente tem sido impulsionada por relatórios de analistas do mercado, que veem na empresa potencial para dominar o setor de carros elétricos nos próximos anos.
Os bons ventos são justificados porque a Tesla tem conseguido entregar suas metas de produção, dar lucro e expandir instalações na China - o país asiático é hoje considerado chave para o futuro da companhia.
Um dos comentários que mais chamaram a atenção no mercado foi feito pelo investidor Ron Baron, que disse à emissora americana CNBC que a Tesla pode atingir US$ 1 trilhão em receitas ao longo da próxima década.
É um longo caminho: em 2019, a fabricante de carros elétricos faturou US$ 24,6 bilhões. "É só o começo", disse Baron, que tem 1,6 milhão de papéis da companhia e não pretende se desfazer de nenhum deles.
Há, no entanto, quem acredite que a empresa esteja acima do valor de mercado - caso de Craig Irwin, analista da Roth Capital Partners, que disse que a Tesla tem riscos demais à sua frente, como potenciais atrasos em cronogramas de projetos, a ampliação de sua fábrica em Xangai e o aumento dos custos de produção.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo