Ações da Cia Hering desabam às mínimas em sete meses após decepção com os dados operacionais
O resultado operacional da Cia Hering no quarto trimestre de 2019 foi considerado fraco pelo mercado, com queda na receita bruta e nas vendas mesmas lojas. Com isso, as ações despencaram mais de 12% nesta terça-feira
As ações ON da Cia Hering (HGTX3) passaram um bom tempo longe dos holofotes. Desde 2018, a varejista de moda vinha enfrentando um longo processo de reestruturação de suas operações — o que, consequentemente, se refletia em fraqueza nos resultados e pouca visibilidade em relação ao futuro. Mas esse quadro parecia estar mudando.
- CONVITE ESPECIAL: Você não precisa esperar décadas de trabalho para se aposentar. Veja como desfrutar da sua liberdade financeira ainda jovem. Saiba mais
No terceiro trimestre do ano passado, a empresa reportou números mais firmes, com aumento no lucro, na eficiência operacional e nas métricas de vendas nas mesmas lojas. Finalmente parecia que a casa estava em ordem e que, dali em diante, as coisas começariam a melhorar.
A animação do mercado fez com que os papéis da companhia começassem a ter um volume de negociações maior, o que culminou na entrada de suas ações na carteira do Ibovespa — mais um fator de otimismo.
No entanto, boa parte desse entusiasmo foi por água abaixo nesta terça-feira (21). A Hering reportou números operacionais decepcionantes no quarto trimestre de 2019, deixando um gosto amargo na boca do mercado, que estava dando um voto de confiança à empresa.
E qual o tamanho dessa quebra de expectativa? Basta ver o desempenho das ações da varejista: os papéis desabaram 12,59% hoje, fechando a R$ 27,42 — a menor cotação de encerramento desde 19 de junho do ano passado.
Com o desempenho desta terça-feira, as ações da Cia Hering já acumulam perdas de 19,45% desde o início de 2020 — é a maior baixa entre todos os papéis do Ibovespa.
Leia Também

Sinais desanimadores
E quais foram os dados operacionais que trouxeram tanto desconforto ao mercado?
Bem, a Cia Hering encerrou o quarto trimestre com uma receita bruta de R$ 502,9 milhões, cifra 5,2% menor na base anual. Além disso, o indicador de vendas mesmas lojas — um dado importante para medir o desempenho operacional no setor de varejo — caiu 4% no período, interrompendo uma sequência de sete trimestres em alta.
Os números em si ficaram aquém das expectativas, mas as sinalizações para o futuro foram particularmente preocupantes. Segundo a Hering, as vendas em outubro e novembro foram bastante positivas, com destaque para o período da Black Friday.
No entanto, esse desempenho forte foi mais que compensado pela fraqueza em dezembro — mês que representa cerca de 60% do faturamento do trimestre. A empresa pondera que já era esperada alguma "ressaca" após a Black Friday, mas a falta de tração se estendeu também ao período de Natal.
As vendas nas lojas físicas diminuíram em relação aos três últimos meses do ano passado, tanto nas lojas próprias quanto nas franqueadas — apenas o e-commerce reportou números mais fortes, mas as atividades on-line da Hering ainda representam uma fatia pequena do faturamento da empresa (4,4%).
Analistas descontentes
Os analistas que acompanham a varejista mostraram-se insatisfeitos com os números reportados pela Hering. Para Luiz Guanais e Gabriel Savi, do BTG Pactual, o desempenho da companhia foi fraco e tende a limitar o desempenho das ações, mesmo com o nível de preço relativamente atraente.
Posição semelhante foi assumida por Victor Saragiotto e Pedro Pinto, do Credit Suisse. Para eles, a Hering virou um caso de "ver para crer", com os investidores permanecendo céticos e à espera de crescimento estável. "É difícil dar o benefício da dúvida à Hering no momento", escrevem.
O BTG Pactual possui recomendação neutra para as ações da companhia, com preço-alvo de 12 meses em R$ 26,00; o Credit Suisse também tem classificação neutra para os papéis da Hering, com preço-alvo de 12 meses em R$ 32,00.
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
