Confiança do comércio tem maior queda desde 2010
Icom, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 26,9 pontos na passagem de março para abril deste ano
O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 26,9 pontos na passagem de março para abril deste ano. Com esse, que foi o maior recuo do indicador em toda a série iniciada em abril de 2010, o Icom chegou a 61,2 pontos, em uma escala de zero a 200. Esse também é o menor patamar do indicador na série.
A confiança caiu em todos os seis segmentos pesquisados pela FGV. Houve pioras na confiança dos empresários do comércio tanto em relação ao presente quanto em relação ao futuro.
O Índice de Expectativas, que mede a percepção sobre o futuro, caiu 19,5 pontos e atingiu 63,2 pontos, o menor patamar desde o início da série. Já o Índice de Situação Atual, que mede a opinião dos empresários em relação ao presente, recuou 33 pontos, registrando 60,9 pontos, o segundo menor valor da série histórica, perdendo apenas para outubro de 2015 (58,4 pontos).
De acordo com o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a confiança foi impactada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) e pelas consequentes medidas de isolamento social.
“Ainda é difícil observar um cenário de recuperação no curto prazo, mesmo com algum afrouxamento do isolamento social, dado o nível elevado de incerteza e a grande cautela que é observada na percepção dos consumidores”, afirma Tobler.
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