E-commerce: Semana do Brasil tem faturamento 25% superior ao de 2019
Levantamento da Ebit Nielsen apontou ainda que 57% das vendas foram realizadas por meio de telefones celulares ou tablets
O e-commerce brasileiro faturou R$ 2,3 bilhões durante a Semana do Brasil, crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, porém, a alta havia sido de 41% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2020, o setor já faturou 47% a mais do que no mesmo espaço de tempo 12 meses antes - o que mostra que a semana de promoções não teve tanto apelo neste ano. Os dados são de levantamento da E-bit Nielsen obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Para o diretor de varejo da Nielsen, Roberto Butragueño, o fato do e-commerce brasileiro já vir atuando de maneira mais intensa no decorrer deste ano adiantou algumas compras e deixou a data de promoções menos atrativa. "Mesmo sem um desempenho tão expressivo como no ano anterior, a alta de faturamento é positiva", diz o diretor.
Ele pontua ainda que a grande quantidade de datas comerciais no Brasil pode ter um efeito inverso ao aquecimento de compras. "O consumidor nem sempre vai conseguir comprar em todas elas", diz. Ainda assim, a expectativa para a Black Friday, em novembro, é grande. "Nos últimos 6 meses tivemos mais de 7 milhões de novos consumidores online. E a expectativa de compras para a Black Friday cresceu. No online, deve ser um número recorde", afirma Butragueño.
A região com maior crescimento no faturamento durante a Semana do Brasil foi o Nordeste, com alta de 82%. A região respondeu por 20% do volume, mesmo peso da região Sul. O Sudeste, porém, que registrou alta de 12%, ainda é a região brasileira de maior peso no setor, responsável por 50% do volume.
O levantamento da Ebit Nielsen apontou ainda que 57% das vendas foram realizadas por meio de telefones celulares ou tablets. A Semana do Brasil ocorreu entre 3 e 13 de setembro, mas como no ano passado foram 10 dias corridos, a Ebit Nielsen usou os resultados de 4 a 13 para ter a comparação com período harmonizado.
Para a Nielsen, a greve dos Correios não influenciou a alta de faturamento menos acelerada neste ano. Mas nesse período, o Mercado Livre, que não aderiu à semana de descontos, percebeu o cliente mais pensativo na hora de comprar. "A greve dos correios tira um pouco da oportunidade", afirmou o diretor de operações do mercado envios no Brasil, Luiz Vergueiro, ao Broadcast na última semana. Ele explicou que, mesmo que a greve não tenha afetado significativamente as entregas da companhia, o consumidor fica com um receio a mais de realizar compras pela internet no período.
Cielo
Segundo um levantamento da Cielo para o Global Retail Show, somando o setor de serviços, turismo, varejo físico e digital, a semana de promoções teve queda de 8,3% no faturamento. Segundo o mesmo índice, o período de promoções relacionado ao feriado do dia 7 de setembro havia mostrado alta de 11% em 2019 sobre 2018.
Com uma base de dados diferente da Nielsen, a Cielo indicou que se considerado os números do e-commerce, houve alta de 10,3% no faturamento. Descontando, no entanto, os setores de turismo e transporte, houve crescimento de cerca de 91,1% no faturamento sobre os dados de 2019. As contas da Cielo são feitas a partir das transações em que a empresa faz a intermediação.
Apesar de sanções, o rublo está no seu maior patamar em sete anos — mas isso não é uma boa notícia para Putin
Moeda russa se valorizou quase 250% desde março; entenda o que isso representa para a economia do país
Westwing (WEST3) perde diretor financeiro e RI; ações da varejista online de móveis e decoração caem mais de 80% desde IPO
Thiago Deiab renunciou ao cargo após pouco mais de um ano na cadeira de diretor financeiro e de relações com investidores da Westwing; ações reagem em queda
Luz amarela no e-commerce: XP corta preço-alvo de Americanas (AMER3), Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Enjoei (ENJU3)
Inflação e juros altos são motivos de tensão para essas empresas, que podem ter na Copa do Mundo e na competição mais racional o ponto de virada para o desempenho deste ano
Mercado Livre lidera, mas Shopee avança em ranking de sites de comércio eletrônico mais acessados em dezembro; confira a lista
Americanas e Amazon completam o pódio dos sites com maior acesso. Site de viagens Booking ganhou oito posições e é o único do setor de turismo na lista
Shopee ultrapassa Mercado Livre e se torna a queridinha dos clientes brasileiros; Magazine Luiza e Via ficam para trás
Empresa asiática que veio disputar as vendas pela internet no país aparece com o maior índice de satisfação dos clientes, segundo pesquisa do Bank of America; Magazine Luiza e Via patinam
Inteligência artificial a serviço do consumidor: Infracommerce (IFCM3) compra Tevec e dá mais um passo para disputar espaço com MagaLu, Mercado Livre e Amazon
Com aquisição revelada hoje, Infracommerce reforça sua posição para enfrentar gigantes do comércio eletrônico
Black Friday decepciona varejo e é hora de jogar na defensiva na bolsa; veja como começar 2022
Resultado fraco de vendas induz revisão das expectativas para o varejo brasileiro no futuro próximo; o momento é de defesa
Fortalecimento do e-commerce exige aliar o que há de melhor em mercadorias, abastecimento e informações
Empresas devem refletir sobre como podem otimizar seus processos, comparando e gerenciando dados para melhorar significativamente a experiência de compra dos consumidores online
Amazon acelera atração de lojistas brasileiros
Empresa lança plataforma que coletará produtos no endereço dos vendedores; a gigante americana também vai abrir espaço em seu estoque para mercadorias de terceiros
Demanda em alta: Energisa (ENGI11) registra alta na venda de energia em julho – Veja os números
Segundo boletim mensal da companhia, desempenho foi impulsionado principalmente pelos clientes dos segmentos de comércio e indústria
Leia Também
-
Vem, dólar: Brasil teve recorde de empresas exportadoras em 2023, segundo levantamento
-
Vendas financiadas de carros, motos e veículos pesados no Brasil já passam de 1 milhão em 2024 — e ainda estamos no começo do ano
-
China fica para trás e perde posição de maior exportador para os EUA — e um fenômeno explica isso
Mais lidas
-
1
Vale (VALE3) e a megafusão: CEO da mineradora brasileira encara rivais e diz se pode entrar na briga por ativos da Anglo American
-
2
Imposto de 25% para o aço importado: só acreditou quem não leu as letras miúdas
-
3
Preço dos imóveis sobe em São Paulo: confira os bairros mais buscados e valorizados na cidade, segundo o QuintoAndar