As criptomoedas que estão longe de incomodar os reguladores
As stablecoins, criptomoedas com paridade com alguma moeda fiduciária ou ativo, hoje no mundo representam juntas um total de US$ 10 bilhões, o que ainda não merece atenção global para a criação de uma regulação
Stablecoin é um termo usado para designar criptomoedas que têm uma paridade com alguma moeda fiduciária ou ativo do mundo real, como o ouro.
A ideia para a maioria das stablecoins é razoável. Uma entidade armazena em conta bancária uma quantidade de dólares e emite essa mesma quantidade em cripto dólar tokenizado em um blockchain.
Desse seguimento de criptomoedas o dólar tether (TUSD) é o pioneiro, o mais conhecido e o mais controverso também.
Isso porque muito se especula sobre a empresa por trás do tether ter ou não uma conta com a mesma quantidade de dólares que existem de TUSD — tocaremos nesse ponto logo adiante novamente.Mesmo com essa dúvida pairando, o TUSD possui US$ 9 bilhões em tamanho de mercado e está na terceira posição no ranking de criptoativos, atrás do bitcoin e do ethereum.
Além do tether existem outras stablecoins também conhecidas, mas que não chegam a ser relevantes frente ao tamanho do TUSD.
Por isso vamos usar o tether para analisar esse segmento de mercado.
Leia Também
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Em janeiro de 2020, o TUSD tinha apenas US$ 4 bilhões em tamanho de mercado e, no começo de maio, esse número ultrapassou a casa dos US$ 8 bilhões, possivelmente mostrando uma demanda pelo ativo.

Tamanho de mercado do tether (TUSD)
Fonte: Glassnode
No entanto, muito se fala sobre a empresa não ter em caixa ou em ativos a quantia bilionária que deveria ter para sustentar esse tamanho de mercado.
Alguns vão até mais longe e dizem que o crescimento de 2017 foi totalmente sustentado pelas emissões de TUSD, o que caracterizaria uma fraude.
Inclusive é por isso que não sugerimos que você use o TUSD como uma forma de proteção contra quedas do bitcoin, vale a pena buscar outras stablecoins menos controversas, como o USDC, negociado inclusive no Mercado Bitcoin.
Mas passado esse fato, existe uma outra pauta que logo mais deve chegar às empresas que emitem esse tipo de criptomoeda.
Os reguladores mundiais até o momento têm observado o comportamento desse tipo de ativo e aos poucos vão indicando às nações o que é recomendável fazer, mas sem serem taxativos com o que deve ser adotado.
O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), órgão internacional que monitora e faz recomendações sobre o sistema financeiro global, no mês passado se pronunciou sobre o tema e indicou aos países que regulassem esse tipo de instrumento em suas jurisdições.
Para o FSB cada país deveria estar a par de todas as transações que atravessassem suas fronteiras utilizando stablecoins e deveriam criar meios de acompanhá-las.
Naturalmente um documento do FSB é apenas uma diretriz que, apesar de bem discutida, não leva em conta as idiossincrasias de cada país.
Por isso, sendo bem pragmático, os governos não devem regular esse pequeno segmento dentro de uma classe de ativo minúscula.
As stablecoins hoje no mundo representam juntas um total de US$ 10 bilhões, o que ainda não merece atenção global para a criação de uma regulação.
Esse mercado precisa crescer pelo menos umas 20 vezes para começar a chamar a atenção dos reguladores.
Esse número pode parecer muito, mas lembre-se de que as stablecoins levaram dois anos para quintuplicar de tamanho.
Muito provavelmente nos próximos dois anos vamos presenciar um crescimento desse segmento mais forte ainda.
Por isso digo que a regulação pode demorar ainda alguns anos, mas vai acontecer.
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos