Mesmo após alta de 154% em 2019, XP ainda vê potencial de subida e aumenta preço-alvo das ações da Via Varejo
Em relatório, analista Pedro Fagundes da XP subiu o preço-alvo dos papéis da companhia em 12 meses para R$ 17 e viu potencial de alta de 21% em relação ao fechamento de ontem
Depois de passar por um processo de reestruturação no ano passado com a entrada da família Klein, mudança de diretoria e realizar uma "verdadeira faxina na empresa", as ações da Via Varejo (dona das Casas Bahia e Pontofrio) subiram cerca de 154% ao longo de 2019. Mas há quem ainda veja potencial de alta para as ações da companhia neste ano.
Em relatório divulgado nesta terça-feira (21), o analista Pedro Fagundes da XP decidiu aumentar o preço-alvo dos papéis da companhia em 12 meses para R$ 17, anteriormente o valor era de R$ 12, o que representa um potencial de valorização de 21% em relação ao fechamento de ontem (20). Hoje, as ações da companhia são inclusive, a principal posição dos fundos de ações sob gestão da XP.
Em sua justificativa, Fagundes destacou que a alteração reflete as novas estimativas para a empresa e a revisão do múltiplo P / L (que indica quantos anos seriam necessários para recuperar o preço pago pela ação com os lucros que a empresa apresenta, se o lucro por ação permanecer constante). Na ocasião, o analista disse que esse múltiplo passou de 20x para 22x, diante das novas premissas de custo de capital.
No pregão de hoje (21), as ações da companhia apresentaram forte alta depois de notícia divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo de que bancos estariam conversando com a companhia para realizar uma oferta subsequente de ações. Com isso, os papéis terminaram o dia com expansão de 2,21%, cotados em R$ 14,32.
Reformando a casa
Segundo Fagundes, o olhar mais otimista com a companhia está ligado ao progresso em termos de reestruturação da empresa. Ainda que nem todas as mudanças tenham sido feitas, elas já geraram uma série de melhorias.
Para citar algumas, ele diz que houve recuperação significativa do ritmo de crescimento de vendas totais no canal on-line. Esse deve ser inclusive o grande destaque do quarto trimestre, por conta da Black Friday e do Natal.
Leia Também
Nesse quesito, o especialista da XP espera um aumento de 19% no último trimestre do ano passado, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ele também estima que as vendas de estoque próprio voltem a aumentar em ritmo mais saudável, com alta de 9% na comparação ano a ano.
Outro aspecto positivo ressaltado por Fagundes é que houve melhora relevante no patamar de rentabilidade da companhia. Para isso, ele destacou que a empresa está operando com margem bruta (poder competitivo) e margem Ebitda em níveis mais normalizados entre 32% e 6%, respectivamente.
Além disso, ele cita que houve revisão de incentivos de médio e longo prazos por parte da gestão, com foco em gerar maior valor ao acionista.
"Dessa forma, continuamos confiantes na capacidade da nova administração continuar acelerando o ritmo de crescimento por meio de iniciativas importantes, como reformas de lojas, integração omnichannel e redução de despesas relacionadas a provisões trabalhistas."
Fagundes também reforçou que os subsetores de varejo com preço médio mais elevados, principalmente bens duráveis e eletrônicos devem se beneficiar de maneira mais significativa da melhora gradual do cenário macroeconômico, dada a inflexão do ciclo de crédito.
Pontos de atenção
Apesar de estar otimista com os papéis, o analista fez algumas ressalvas. Fagundes disse que parte importante da melhora operacional de curto prazo da companhia já está precificada, como a meta de crescimento de 30% do GMV on-line e da margem Ebitda entre 5% e 7% em 2020.
Por conta disso, o analista falou que o risco-retorno está menos atrativo e que um aumento significativo dos níveis atuais de GMV e margem Ebitda vão depender da capacidade da empresa em acelerar o seu ritmo de crescimento.
Para que isso ocorra, Fagundes diz que será preciso aumentar, especialmente a operação da Via Varejo no varejo físico, que tem apresentado desempenho relativamente baixo até o momento.
Expectativa para o quarto trimestre
Ainda que haja alguns pontos de atenção sobre a empresa, a expectativa de Fagundes para o quarto trimestre é positiva.
Para ele, a Via Varejo deve retomar o crescimento de receita em relação ao mesmo período do ano passado e melhorar a queda de 5% apresentada nos nove primeiros meses do ano.
Outro ponto ressaltado pelo analista é que a companhia deve melhorar significativamente a sua rentabilidade. Ele disse que espera uma expansão de margem Ebitda ajustada (excluindo despesas recorrentes) de 3,3 pontos percentuais na comparação ano a ano, impulsionada pela melhora na margem bruta de 3,9 pontos percentuais.
Já ao falar sobre as despesas não recorrentes em função das investigações e fraude contábil descoberta em dezembro, o analista disse que espera um impacto negativo (sem ser de caixa, no primeiro momento) de cerca de R$ 900 milhões no resultado da companhia.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
