China anuncia retaliação aos Estados Unidos e tensão entre os países traz cautela aos negócios
Índices de atividade acima do esperado na Europa limitam as perdas no mercado financeiro nesta sexta-feira

A aversão ao risco toma conta dos mercados após a novela protagonizada por Estados Unidos e China ganhar um novo capítulo. Em retaliação ao fechamento da embaixada chinesa em Houston, Pequim ordenou que o consulado americano em Chengdu fosse fechado em 72 horas. O presidente americano, Donald Trump, voltou a fazer acusações contra o país asiático e diminuir a importância do acordo comercial vigente.
No entanto, os índices de atividade acima do esperado no continente europeu limitam as perdas das bolsas europeias e dos índices futuros em Nova York. Os investidores também aguardam novidades sobre novos pacotes de estímulo e balanços corporativos.
Pé no freio
Além da escalada de tensões entre Estados Unidos e China, o aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também foi motor para a cautela no mercado financeiro.
A bolsa brasileira aproveitou o momento para realizar lucros e terminou o dia em queda de 1,91%, aos 102.293,31 pontos. O dólar avançou 1,92%, a R$ 5,2138.
Troca de farpas
Desde que o governo americano ordenou que o consulado chinês em Houston fosse fechado, o governo do país asiático tem ameaçado retaliar a decisão - o que aconteceu durante a madrugada, quando Pequim exigiu que o consulado dos Estados Unidos em Chengdu fosse fechado em 72 horas.
Para justificar a decisão, os EUA afirmam que o consulado em Houston estava sendo utilizado para espionar os cidadãos americanos. Já a China acusa os diplomatas norte-americanos de interferirem em assuntos internos.
Leia Também
Os investidores temem que a tensão entre as potências cause um retrocesso no acordo comercial firmado entre os dois países no início de 2020. Ontem, o presidente Donald Trump voltou a apontar a China como responsável pelo surto de coronavírus e disse que o acordo comercial entre os países não é mais tão importante.
Os investidores asiáticos optaram por cautela frente aos eventos recentes. As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda.
A aversão ao risco também parece ter tomado conta das bolsas europeias, que operam em baixa nesta manhã. As perdas só não são maiores porque dados econômicos recentes alimentam esperanças de uma retomada mais rápida.
O índice de atividade (PMI) composto da zona do euro subiu de 48,5 em junho para 54,8 em julho - maior patamar em 25 meses e acima das expectativas dos analistas. Na Alemanha e Reino Unido o resultado também veio acima dos 50 - marca que indica expansão da atividade. Além disso, o setor varejista britânico também surpreendeu positivamente.
Nos Estados Unidos, a aversão ao risco também prevalece entre os investidores e os índices futuros operam no vermelho, mas os investidores aguardam novas medidas de estímulo do governo e os balanços corporativos.
Agenda
O destaque da agenda local é o IPCA-15 (9h), prévia da inflação. Os números podem mexer com a curva de juros, mas devem ser insuficientes para mexer com as apostas para a Selic, já que o Banco Central segue reafirmando que só existe espaço para um 'corte residual'.
A estimativa dos especialistas é de que o indicador aponte uma alta de 0,51%.
Após a divulgação dos índices de atividade europeus, temos ainda o PMI dos Estados Unidos. No país, a temporada de balanços também segue agitada. Hoje, American Express e Verizon devem divulgar os seus números.
Fique de olho
- Eneva confirmou proposta ao BNDES e nova oferta para incorporar AES Tietê
- Cyrela fará pagamento de R$ 98,7 milhões em dividendos.
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação