Joe Biden está cada vez mais próximo da Casa Branca – e o mercado financeiro reage com otimismo
O presidente Donald Trump já começou a contestar o resultado em alguns estados, mas o mercado financeiro prefere ignorar o risco de judicialização do resultado e segue com apetite por risco
Estamos entrando no terceiro dia de apuração do resultado das eleições americanas e um vitória do democrata Joe Biden começa a parecer cada vez mais certa.
Até o momento, Biden tem 264 votos no colégio eleitoral, enquanto Donald Trump tem 214. Para se tornar o novo ocupante da Casa Branca, é preciso o número mínimo de 270 votos. O risco de judicialização da disputa fica em segundo plano no momento.
Além da atenção no pleito americano, os investidores também aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos. O dia também deve ser marcado pela repercussão dos últimos balanços corporativos - incluindo o resultado do Banco do Brasil, Ultrapar e Ecorodovias.
Antecipando o movimento
O mercado financeiro respira um pouco mais aliviado após a constatação de que uma 'onda azul' não se tornou realidade nos Estados Unidos. O cenário que se desenha é que o possível novo presidente democrata talvez encontre dificuldades no Congresso para tocar projetos de regulação de diferentes setores da economia - como o de tecnologia, por exemplo.
A indicação de que o candidato democrata pode de fato se tornar o próximo ocupante da Casa Branca tem mantido o mercado animado nos últimos dias. Ainda que Biden tenha prometido aumentar impostos e mexer em outras questões corporativos, os investidores acreditam que a postura do ex-vice-presidente deve ser melhor recebida pelo cenário internacional.
A disputa entre Trump e Biden, no entanto, ainda parece estar longe do fim. A contagem segue em estados decisivos para o pleito - como Georgia, Arizona e Pennsylvania -, mas o atual presidente americano tenta na justiça reverter o resultado que se desenha.
Leia Também
A equipe de Trump já entrou com diversos pedidos para que seja realizadas recontagens, que a apuração em alguns estados seja interrompida e até para que a contagem continue em locais em que já se decidiu o vencedor.
A perspectiva de um entrave político em torno do resultado não agrada o mercado, mas, no momento, a atenção segue na provável vitória de Biden.
Ontem, antecipando os resultados, as bolsas americanas chegaram a subir 3,9%, desencadeando um movimento global de busca por risco.
Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada.
Uma pitada de política local
Seguindo o bom humor internacional, o Ibovespa também se recupera das quedas recentes e subiu 1,97%, aos 97.866,81 pontos.
Os agentes financeiros voltam a ver com bons olhos o andamento da agenda econômica no Congresso, após alguns ruídos causados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Além disso, o mercado também repercute a apreciação de 41 vetos presidenciais.
Com o cenário político local mais aliviado, o dólar fechou o dia em queda de 1,7%, a R$ 5,6643.
Estímulos no radar
Nesta manhã, outra notícia ajuda a impulsionar os mercados europeus na direção de ganhos expressivos. Com a piora do quadro da pandemia do coronavírus na Europa, o Banco da Inglaterra anunciou mais estímulos. A preocupação com os novos lockdowns na região também ficam em segundo plano.
A temporada de balanços corporativos segue e os bons resultados apresentados pelas empresas contribuem positivamente com os negócios. As principais praças europeias operam em alta.
Nos Estados Unidos, as bolsas seguem aproveitando o momento para se recuperarem. Os índices futuros operam em altas superiores a 1%.
Agenda
O dia segue sendo de agenda fraca, com os olhares voltados para o exterior.
O destaque fica com a decisão de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos (16h).
No Brasil, os investidores devem repercutir os últimos resultados da temporada de balanços e acompanham dois eventos que contam com a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao longo do dia (14h e 16h30).
Balanços
Caminhamos para mais um dia cheio de balanços corporativos a serem digeridos pelos investidores. Confira aqui os principais números que devem mexer com o mercado hoje.
- Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,482 bilhões, queda de 23,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.
- O lucro líquido da Ultrapar caiu 10% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, passando para R$ 277,3 milhões (ante R$ 307,3 milhões).
- A Cia Hering registrou lucro líquido de R$ 155,5 milhões no terceiro trimestre de 2020, o que representa uma alta de 142,5% ante o mesmo período do ano passado.
- A EcoRodovias registrou lucro líquido de R$ 71,6 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo visto no mesmo período de 2019
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
