Os infelizes que compraram opções de Cogna
Nesta semana, pelo menos dez mil infelizes viram suas opções de compra de Cogna virarem pó.
Nesta semana, pelo menos dez mil infelizes viram suas opções de compra de Cogna virarem pó.
Se você não está familiarizado com opções de compra, funciona assim neste caso, grosso modo: o sujeito acha que a ação vai subir de, digamos, R$ 10 para R$ 15.
Ele poderia simplesmente comprar a ação a R$ 10, mas uma rentabilidade de 50% não lhe satisfaz. Então ele arranja uma opção (um contrato) que lhe permite comprar tal ação por R$ 12 daqui, digamos, dois meses. Ele paga, digamos, uns R$ 0,25 por essa opção.
Se o papel for mesmo a R$ 15, ele vai embolsar R$ 3 por ação (terá o direito de comprar por 12 um papel agora que vale 15). Gastou R$ 0,25 e ganhou R$ 3, logo estamos falando de um retorno de 1.100%. Se o investidor tiver comprado milhares de opções, terá feito muito dinheiro.
O problema é quando dá errado. Se o investidor tivesse simplesmente comprado a ação e ela tivesse caído a R$ 9, ele teria perdido 10% do investimento. Nada traumático. Se tivesse ido a R$ 11, ele embolsaria um pequeno retorno.
Mas ele resolveu operar opções. Se a ação não chegar a R$ 12 no prazo determinado, ele vai perder todo o dinheiro. Tudo.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
O que se viu nesta semana foi um mar de pessoas físicas perdendo dinheiro para grandes investidores institucionais, que eram suas contrapartes na operação. Distribuição inversa de renda. Alguns dos pequenos investidores estavam operando com dinheiro emprestado. Ou seja, saíram devendo.
Alguns pragmáticos dirão que se trata de uma espécie de imposto sobre a burrice. Que o dinheiro deve fluir naturalmente do tolo para o astuto.
Nada contra os institucionais que ganharam dinheiro com a opção. O problema é outro.
Os incautos que perderam suas economias estão sendo movidos pela ideia de que podem ganhar muito dinheiro do dia para a noite. Acabam se metendo a operar contratos que não entendem em mercados que vão devorá-los.
Para piorar, não estamos falando sequer de uma ação extraordinária. Cogna tem um problema com inadimplência e, convenhamos, sua marca carro-chefe de ensino superior, a Anhanguera, está longe de ser reconhecida como de excelência, figurando em 169º lugar entre 197 universidades avaliadas pela Folha. (Claro que diferentes empresas servem a diferentes propósitos e ninguém exige alta gastronomia do McDonald’s, mas qualidade do produto importa.)
Estamos celebrando os mais de dois milhões de CPFs na Bolsa. Isso é maravilhoso. Um país de proprietários é melhor do que um país de dependentes do governo, do salário, da caridade. Mas é preciso que essas pessoas entrem na Bolsa com uma visão de construção de patrimônio no longo prazo. Se forem iludidas por picaretas, voltaremos ao tempo em que Bolsa de Valores, no imaginário do brasileiro, era sinônimo de cassino.
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados