Os 27 fundos multimercados que superaram o CDI com consistência no longo prazo
Fundos badalados como o Bahia AM Maraú, o SPX Nimitz e o Kapitalo Kappa aparecem no topo da lista divulgada pela consultoria Economatica, mas o fundo Verde ficou de fora.
Depois de divulgar o ranking dos fundos de ações que foram capazes de superar o Ibovespa em nove anos e em janelas móveis de três anos, a consultoria Economatica fez uma pesquisa similar, porém com os fundos multimercados, aqueles que podem investir em diversas classes de ativos.
A consultoria montou um ranking com os 27 fundos multimercados que conseguiram superar o seu índice de referência - o CDI - nos últimos sete anos (de 31 de dezembro de 2012 a 31 de dezembro de 2019) e em janelas móveis de três anos.
Isso significa que eles não só bateram o seu benchmark no longo prazo, como também em prazos mais curtos: de dezembro de 2012 a dezembro de 2015; de dezembro de 2013 a dezembro de 2016; de dezembro de 2014 a dezembro de 2017, e assim por diante.
Em outras palavras, esses fundos apresentaram retornos bastante consistentes acima da média de retorno do mercado, um verdadeiro desafio para os gestores.
O topo da lista ficou por conta de alguns fundos bastante badalados, como o Bahia AM Maraú, o SPX Nimitz e o Kapitalo Kappa. Outros medalhões, porém, ficaram de fora, como é o caso do fundo Verde, de Luis Stuhlberger.
A classe dos multimercados é bastante ampla, pois inclui uma miríade de estratégias e níveis de risco, do fundo mais conservador e sem renda variável ao mais arrojado, com risco similar ao dos fundos de ações.
Leia Também
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
Porém, de forma geral, pode-se dizer que os multimercados são fundos que podem investir em diversas classes de ativos, sejam eles de renda fixa ou renda variável, e buscando proteger o patrimônio dos cotistas. Eles são normalmente um passo intermediário entre o investimento exclusivo em renda fixa e o investimento em ações.
Critérios
Além da rentabilidade, a Economatica estabeleceu outros critérios para chegar aos 27 fundos da lista: todos eles deveriam ter histórico de 31 de dezembro de 2012 a 31 de dezembro de 2019 (ou seja, fundos mais jovens não entraram); ter mais de 500 cotistas no dia 31 de dezembro de 2019; não serem fundos exclusivos e não serem classificados como crédito privado.
Desta vez, a Economatica não excluiu os grandes bancos da lista, como fez com o ranking de fundos de ações. Assim, três fundos do Banco do Brasil e um do Itaú figuraram entre os melhores.

A rentabilidade mostrada na tabela está em percentual do CDI. A terceira coluna traz o retorno acumulado desde dezembro de 2012, segundo essa métrica. Ou seja, o líder Bahia AM Maraú, teve retorno de 173,38% do CDI em sete anos.
Já a última coluna traz o retorno médio em sete anos, também em percentual do CDI. Nesse caso, a rentabilidade do Maraú foi de 149,49% do CDI em média.
No prazo analisado, o CDI teve um retorno nominal acumulado de 91,64%, o que significa que a rentabilidade do Bahia AM Maraú foi de pouco mais de 200% no período.
O fundo da Bahia Asset Management é seguido do Polo Macro; do SPX Nimitz e dois fundos que investem apenas nele, os fundos espelho do CSHG e o do Safra; do Kapitalo Kappa, da Kapitalo; e pelo AZ Quest Total Return.
Infelizmente, desses fundos que compõem o top 5, apenas o Polo Macro ainda está aberto para novos aportes. É comum que fundos multimercados fechem para captação para não ficarem com patrimônio grande demais e, assim, poderem aplicar suas estratégias de forma mais eficiente. Também se encontram fechados o fundo Navi Long Short e o CSHG Top.
Uma boa notícia, porém, é que os fundos multimercados mais consistentes são, na sua maioria, voltados para o público em geral, diferentemente do que ocorreu com o ranking dos fundos de ações, no qual vários fundos eram restritos a investidores qualificados, private ou sócios da própria gestora.
Apenas o BB Mult LP Dinâmico Plus Private é restrito a investidores qualificados do segmento private do banco, como o próprio nome indica. Os investidores qualificados são aqueles que têm, no mínimo, R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
Onde os melhores fundos multimercados investiram
A maioria dos fundos da lista pode ser classificada como Macro - cuja estratégia de investimento parte de uma análise macroeconômica - ou Livre - que não precisa se ater a uma única estratégia.
Há quatro fundos classificados como Long & Short Direcional, do tipo que faz operações compradas e vendidas para ganhar com distorções de preços: AZ Quest Total Return, Navi Long Short, Itaú Equity Hedge e BB Mult LP Arbitragem.
Dois são classificados como Trading, focados em operações de curto prazo: o fundo Dinâmico do BB e a sua versão Private.
Apenas o SulAmérica Endurance é classificado como Juros e Moedas, ou seja, é focado apenas em operações nesses dois mercados, sem lançar mão de estratégias com ações, o que o torna mais conservador.
A Economatica também divulgou o histórico de perfil de alocação dos fundos que ocupam o topo do ranking, mostrando as diferentes estratégias vencedoras.
O Bahia AM Maraú e o Polo Macro, por exemplo, têm uma exposição a ações historicamente maior do que o Nimitz. Este, por sua vez, tem uma parcela bem maior investida no exterior que os outros dois.
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
