Ibovespa oscila e dólar cai forte com investidores à espera da ‘Super Quarta’ dos bancos centrais
Investidores aguardam mais informações do Fed e do Copom em relação aos próximos passos da política monetária nos EUA e no Brasil
O Ibovespa abriu em leve alta nesta quarta-feira, mas logo passou a oscilar entre leves altas e baixas, operando dentro de uma faixa estreita, sem encontrar uma direção clara em uma sessão tensa e arrastada antes do anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve Bank (Fedm o banco central norte-americano). Já o dólar opera em forte queda em relação ao real.
A ‘Super Quarta’ dos bancos centrais mantém os investidores em compasso de espera até que os novos rumos da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos fiquem mais claros.
Enquanto as bolsas europeias fecharam mistas, os índices Dow Jones e S&P-500 subiam em Nova York enquanto o Nasdaq caía. Por volta das 14h50, o Ibovespa caía 0,14%, aos 100.157 pontos.
Entre os papéis negociados na B3, merecem atenção especial hoje os da Raia Drogasil, da Petrobras, da Minerva Foods e da Unidas.
Os acionistas da Raia Drogasil aprovaram por unanimidade na terça-feira o desdobramento de ações de 1 para 5.
Enquanto isso, a britânica Salic - maior acionista da Minerva Foods - aumentou sua participação na empresa brasileira de 25,46% para 33,83%, segundo comunicado divulgado ontem ao mercado.
Leia Também
Já a Petrobras anunciou a troca de US$ 4 bilhões em Global Notes por títulos registrados na SEC, o início da fase vinculante para a venda do Bloco Tayrona, na Colômbia, e a retomada de negociações com empresas que estavam impedidas por investigação.
A Unidas, por sua vez, aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 0,0925 por ação.
Investidores de olho nas projeções do Fed
A decisão de juro do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano) será conhecida às 15h, ainda com os mercados abertos. O anúncio da decisão será seguido de uma entrevista coletiva concedida pelo presidente da autoridade monetária dos EUA, Jerome Powell.
Esta é a primeira reunião do Fed depois do anúncio feito no fim de agosto por Powell de que a entidade alteraria alguns parâmetros para a condução de sua política monetária.
A manutenção da taxa de juro próxima de zero é dada como certa. O que interessa aos investidores são possíveis mudanças na linguagem do comunicado da autoridade monetária, que deve oficializar as mudanças anunciadas por Powell no simpósio de banqueiros centrais de Jackson Hole.
Na ocasião, Powell afirmou que o Fed pretende buscar uma inflação anual média de 2% no horizonte relevante para a política monetária em vez de pretender-se a uma meta fixa.
Na prática, isto que dizer que o Fed será mais tolerante com a inflação. Se os preços se mantiverem abaixo de 2% por algum tempo, a autoridade monetária permitirá que ele permaneça acima deste nível por algum tempo até que, na média, a meta estipulada seja finalmente atingida.
Além disso, as projeções econômicas do Fed passarão a incluir a partir de hoje o ano de 2023. As estimativas baseadas neste novo sistema de meta de inflação média devem auxiliar os investidores a entenderem melhor se o banco central norte-americano considera que o modelo será mais eficaz em fazer com que os preços retornem à trajetória esperada.
Decisão do Copom virá depois do fechamento
Já a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) será anunciada às 18h, depois do fechamento da B3.
A maioria dos analistas acredita que o Copom interromperá o ciclo de cortes na taxa Selic. A taxa básica de juro no Brasil encontra-se atualmente no piso histórico de 2% ao ano.
A atenção dos investidores estará especialmente voltada para o comunicado divulgado junto com a decisão de juro em busca de sinais referentes aos próximos passos da política monetária brasileira em um momento de juro real negativo.
Como esta será a primeira reunião do Copom depois da apresentação da proposta do governo para o orçamento do ano que vem, da prorrogação do auxílio emergencial e da alta acentuada nos preços de alguns alimentos e insumos, os investidores aguardam comentários do Copom sobre o impacto desses acontecimentos sobre a trajetória da Selic.
IGP-10 sinaliza 'sinuca de bico'
Enquanto aguardam, os investidores avaliam os dados do IGP-10 em setembro. O indicador de inflação medido pela FGV registrou aceleração de 4,34% nos preços em setembro sobre agosto e a 13,98% em 12 meses.
"Os dados do IGP-10 confirmam mais uma vez o descontrole dos preços no atacado, que seguem em alta com a pressão vinda dos produtos de origem agropecuária", afirmou André Perfeito, economista-chefe da Necton Corretora.
"Da forma que estão os dados, nos parece que estamos numa espécie de sinuca de bico", prossegue ele. "Se a economia de fato crescer, muito desta inflação irá vazar do atacado para o varejo, o que cria preocupações com a dinâmica dos juros."
Dólar e juro
O dólar abriu em queda com os investidores à espera das decisões do Fed e do Copom e vai firmando o movimento com o andar do pregão.
Por volta das 14h50, a moeda norte-americana caía 0,66%, cotada a R$ 5,2543.
Já os contratos de juros futuros operam em alta com os investidores antecipando-se ao leilão de títulos pré-fixados agendado para amanhã.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,870% para 2,910%;
- Janeiro/2023: de 4,150% para 4,250%;
- Janeiro/2025: de 6,020% para 6,140%;
- Janeiro/2027: de 7,020% para 7,130%.
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura