Ibovespa dispara 2% com bom humor em Nova York e dólar zera ganhos
Principal índice da bolsa brasileira acompanha exterior positivo e caminha para fechar semana em avanço de 3,6%; investidores monitoram possível piora no quadro fiscal brasileiro
O Ibovespa segue a alta das bolsas americanas, corrigindo algumas perdas de ontem, com os investidores deixando o fantasma do risco fiscal de lado nesta sexta-feira (13).
Os agentes financeiros repercutiram a avaliação do ministro da Economia Paulo Guedes que afirmou que o auxílio emergencial termina em 31 de dezembro e, depois, "voltamos para o Bolsa Família".
Por volta das 16h30, o principal índice da bolsa brasileira avançava 2%, aos 104.540 pontos. Deste modo, o Ibovespa caminha para fechar a semana em ganhos de 3,6%.
Os grandes destaques da sessão as ações IRB ON (IRBR3) e Embraer ON (EMBR3), entre os maiores ganhos percentuais do índice após terem sido muito punidas em 2020.
Na ponta negativa, ações de e-commerce e do setor de shoppings recuam em meio a notícias da segunda onda da covid-19 nos Estados Unidos.
Por aqui, um dado que anima os investidores é a prévia do PIB, o chamado IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central.
Leia Também
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
A prévia do PIB subiu 1,29% entre agosto e setembro, quinto avanço mensal consecutivo pela série ajustada sazonalmente. Em agosto, a alta foi de 1,39%. O resultado veio acima das projeções do mercado.
No exterior, a preocupação com a situação da pandemia levou à queda de ontem dos mercados, mas hoje os investidores se apegam a algumas notícias positivas para retomar o movimento de alta.
Nos últimos 10 dias, os Estados Unidos vêm registrando mais de 100 mil novos casos diários de infecções — só na quinta, marcou o recorde de 150 mil casos.
Mesmo que uma vacina seja autorizada — expectativa que impulsionou as bolsas globais no começo da semana —, ainda deve levar um tempo até que boa parte da população esteja imunizada.
Os investidores, hoje, no entanto, se alinham a essa expectativas de mais longo prazo, que fazem compensar o descontrole da covid-19 nos Estados Unidos no curto prazo, aliviando o sentimento dos mercados.
Outra vacina que o mercado financeiro gosta é a atuação de governos e bancos centrais por meio de estímulos monetários e fiscais — e temos novidade também nesse front.
Com a vitória do democrata Joe Biden cada vez mais consolidada, o mercado começa a ler boas chances de aprovação de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos.
Ontem, o presidente eleito conversou com congressistas sobre a pauta. Nos últimos meses a expectativa por novos estímulos vem mexendo com os negócios, mas republicanos e democratas não conseguiram chegar a um acordo.
Em Nova York, as bolsas americanas sobem ao menos 0,6%.
Outro tema internacional que melhora o humor dos investidores lá fora é a aparente trégua entre Estados Unidos e China. Durante a madrugada, o Ministério de Relações Exteriores do país asiático reconheceu a vitória do ex-vice-presidente.
Após um dia de realização de lucros, as bolsas europeias também voltam a subir. Na madrugada, as bolsas asiáticas fecharam no vermelho.
Dólar opera perto da estabilidade neste momento, cotado aos R$ 5,4791, enquanto os juros futuros recuaram, em meio à fala de Guedes. Veja as taxas dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,94% para 1,926%
- Janeiro/2022: de 3,39% para 3,33%
- Janeiro/2023: de 4,98% para 4,94%
- Janeiro/2025: de 6,75% para 6,71%
De olho em Guedes
O ministro da Economia Paulo Guedes fica no centro das atenções hoje.
Depois de azedar o humor dos mercados ontem, ao prometer prorrogar o auxílio emergencial em caso de segunda onda da covid-19 no país, o ministro afirmou que espera que a pressão sobre o teto de gastos ajude a transformar o ambiente fiscal brasileiro e que, em meio à possível chegada da vacina e o emprego sendo retomado, haverá avanço nas reformas.
Ontem, Guedes havia falado que a possibilidade de prorrogar o benefício é uma certeza caso uma segunda onda de infecções se confirme no Brasil — assim como vem ocorrendo nos Estados Unidos e Europa.
Mais cedo, os investidores viram com bons olhos o resultado do IBC-Br, índice considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O Índice de Atividade registrou alta de 9,47% no terceiro trimestre ante o período anterior.
Os balanços corporativos melhores do que o esperado também podem ajudar a bolsa brasileira a seguir no azul. Confira o compilado de resultados feito pelo Seu Dinheiro aqui.
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

