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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Pressão no câmbio

Copom, coronavírus e cautela: os três Cs que levaram o dólar à máxima de R$ 4,32

O dólar à vista fechou em alta de 0,83%, rompeu pela primeira vez a barreira de R$ 4,30 e cravou um novo recorde em termos nominais. O Ibovespa caiu mais de 1% nesta sexta-feira, voltando ao nível dos 113 mil pontos

Victor Aguiar
Victor Aguiar
7 de fevereiro de 2020
18:45
Cédula de dólar
Imagem: Shutterstock

Na sexta-feira passada (31), eu escrevi que o dólar à vista enfrentou uma onda de pressão ao longo de janeiro e, como resultado, fechou o mês a R$ 4,2850, uma nova máxima em termos nominais. Pois, nesta semana, esse recorde ficou para trás.

A moeda americana terminou a sessão de hoje (7) em alta de 0,83%, a R$ 4,3209, chegando a um novo topo — e rompendo pela primeira vez a barreira dos R$ 4,30. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 0,89%; no ano, o salto é de 7,70%.

Uma combinação de fatores ajuda a explicar esse movimento. No exterior, o coronavírus continua inspirando cautela entre os investidores, mas, por aqui, um novo elemento entrou em cena: o corte de 0,25 ponto na Selic pelo Copom, na quarta-feira (5).

O movimento já era esperado pelo mercado, mas traz implicações diretas ao câmbio. Em geral, juros mais baixos desencadeiam a desvalorização da moeda — e foi exatamente isso o que aconteceu a partir de quinta-feira (6), primeira sessão pós-Copom.

No mercado de ações, a cautela também se fez presente: o Ibovespa fechou o pregão de hoje em baixa de 1,23%, aos 113.770,29 pontos. Com isso, o índice ficou praticamente no zero a zero na semana: acumulou uma leve alta de 0,01% desde segunda-feira.

Selic na mínima

Comecemos pelos fatores domésticos, com a decisão do Copom. Por mais que o Banco Central tenha sinalizado o fim do ciclo de cortes na Selic, fato é que tivemos uma última redução nos juros, de 0,25 ponto. Pouca coisa, mas que acaba mexendo com uma questão técnica: o diferencial em relação às taxas dos Estados Unidos.

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Nas últimas duas decisões de política monetária, o BC cortou a Selic em 0,75 ponto ao todo, levando-a de 5% a 4,25% ao ano. No mesmo período, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), manteve os juros do país inalterados, na faixa entre 1,50% e 1,75% ao ano.

Assim, o buraco entre as taxas dos dois países diminuiu bastante nos últimos meses, e esse 'gap' é importante para os investidores que buscam rendimentos fáceis, tomando dólares lá fora e aplicando-os aqui, em busca da rentabilidade mais elevada da Selic.

É uma análise de risco e retorno: quanto os juros brasileiros estava acima de 10% ao ano, valia a pena correr o risco de aplicar dinheiro no país; agora, essa equação já não é mais tão atraente.

Assim, com esse diferencial mais baixo, o que se viu foi uma saída de dólares do país ao longo dos últimos dois dias — um movimento que não foi disparado apenas pelo corte na Selic, mas que certamente foi influenciado pelo Copom.

Risco

E, falando em risco, um fator que poderia aumentar o interesse dos investidores estrangeiros seria a perspectiva de o Brasil recuperar o grau de investimento — mas esse cenário ainda parece distante.

Declarações da agência de classificação de risco Fitch contribuíram para aumentar o mau humor do mercado nessa semana. Mais cedo, a instituição destacou que um país com o perfil do Brasil pode levar até dez anos para recuperar o grau de investimento — jogando um balde de água fria em quem esperava uma retomada mais rápida.

A obtenção do selo de bom pagador é fundamental para aumentar a confiança dos investidores estrangeiros e resulta numa maior entrada de recursos externos, fator que diminuiria a pressão sobre o câmbio.

Cautela externa

O noticiário internacional também foi responsável por dar um tom mais defensivo à sessão de hoje. Lá fora, as preocupações quanto ao coronavírus voltaram a assombrar os investidores, especialmente após o governo da China mostrar preocupação quanto aos possíveis impactos da doença à economia do país.

Segundo o banco central chinês, possíveis contramedidas para amortecer o baque do surto do vírus estão sendo analisados — o cenário-base é de turbulência à economia local no curto prazo.

A postura mais cautelosa das autoridades chinesas, somada à disseminação do coronavírus no mundo — ao todo, são mais de 30 mil infectados e 638 mortos — elevou a tensão nos mercados e desencadeou um movimento de busca por proteção.

E, no mercado de câmbio, proteção se traduz em venda de moedas de países emergentes — como o real, o peso mexicano, o rublo russo e o peso chileno, entre outros — e compra de dólares.

Assim, a alta do dólar ante o real nesta sexta-feira ficou em linha com a tendência vista lá fora, de valorização em larga escala do dólar. Na semana, as demais moedas emergentes também perderam terreno.

Embolsando os lucros

No mercado de ações, o Ibovespa até tentou dar continuidade ao movimento de recuperação visto na semana, chegando a subir mais de 1% no melhor momento do dia. Mas, assim como o dólar, o índice também mudou de trajetória.

Tom defensivo

No front da agenda de dados econômicos, destaque para o relatório de empregos dos EUA em janeiro, mostrando a criação de 225 mil vagas no mês — acima da mediana de 160 mil, segundo analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Por outro lado, a taxa de desemprego subiu para 3,6% ao ano, o que trouxe preocupação aos investidores.

No Brasil, o principal indicador econômico divulgado nesta sexta-feira reforçou a ociosidade da economia: a inflação variou 0,21% em janeiro, conforme dados do IPCA informados pelo IBGE.

Nesse cenário, os investidores preferiram embolsar os lucros acumulados ao longo da semana nas bolsas. Nos Estados Unidos, o Dow Jones (-0,94%), o S&P 500 (-0,54%) e o Nasdaq (-0,54%) fecharam em queda, cedendo a um movimento de correção após quatro altas — e puxando o Ibovespa ao campo negativo.

Ajuste nos DIs

Apesar da pressão no dólar e do sentimento negativo que tomou conta dos mercados, as curvas de juros de curto prazo conseguiram fechar em baixa, devolvendo parte dos ajustes de ontem. Veja abaixo como ficaram os principais DIs nesta sexta-feira:

  • Janeiro/2021: de 4,33% para 4,27%;
  • Janeiro/2023: de 5,54% para 5,56%;
  • Janeiro/2025: de 6,14% para 6,19%;
  • Janeiro/2027: de 6,47% para 6,55%.

Lojas Renner em alta

As ações ON da Lojas Renner (LREN3) avançaram 0,63% e apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 512,1 milhões no quarto trimestre de 2019, um aumento de 16,7% na base anual; os ganhos acumulados no ano subiram 7,7%, chegando a R$ 1,099 bilhão.

Em comentário enviado a clientes, a equipe de análise do Credit Suisse disse que os resultados da Lojas Renner foram bons, deixando claro que a varejista continua a "subir a barra" em termos de execução.

No entanto, a instituição também ressalta que o mercado já aguardava que a Renner registrasse um bom desempenho no trimestre, o que limita o potencial de ganhos das ações.

Top 5 na semana

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa ao longo dessa semana:

  • Hypera ON (HYPE3): +8,60%
  • Equatorial ON (EQTL3): +5,58%
  • Weg ON (WEGE3): +4,29%
  • Cielo ON (CIE3): +4,10%
  • Sabesp ON (SBSP3): +3,89%

Confira também as maiores quedas do índice nessa semana:

  • IRB ON (IRBR3): -11,82%
  • Eletrobras ON (ELET3): -9,05%
  • JBS ON (JBSS3): -6,93%
  • Eletrobras PNB (ELET6): -6,12%
  • CCR ON (CCRO3): -5,26%

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