Compre ações de empresas que ganham junto com o cliente
A Pagseguro e a Stone são ótimos exemplos dessa mudança. Elas surgiram com o propósito de melhorar a experiência para os clientes insatisfeitos com os serviços da Cielo e da Redecard
Você já parou para pensar o que a tecnologia e a vasta disponibilidade de informação têm proporcionado para as nossas vidas?
Para o nosso cotidiano, elas têm possibilitado inúmeras facilidades, desde uma reunião não presencial em tempos de Covid, abastecer a dispensa sem sair de casa, e até descolar um encontro com alguém que você nunca viu na vida.
Leia também:
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
- Por que o mercado só fala em rotação das carteiras (e o que você deveria fazer)
- A difícil arte de analisar se vale a pena investir em uma ação
Isso tudo é verdade. Mas no mundo dos negócios, a tecnologia e a quantidade brutal de informação associada a ela têm resultado em uma mudança drástica nas relações de poder.
Se antes fornecedores de serviços e intermediários se aproveitavam da falta de concorrência, informação e transparência para abusar dos consumidores, os clientes estão aproveitando a chegada da tecnologia para virar esse jogo e mostrar quem realmente dita as regras.
Vamos pensar no caso dos canais de televisão. Quando eu era criança, só conseguia assistir aquilo que a emissora quisesse que eu assistisse e ponto final.
Se eu estivesse a fim de um filme de comédia, mas estivesse rolando um drama na Sessão da Tarde, o problema era meu.
Leia Também
Se quisesse curtir uma série de suspense, mas a emissora decidisse que eu iria ver o show de fim de ano do Roberto Carlos, eu não tinha muita escolha.
No entanto, com a ascensão da banda larga e do streaming, uma infinidade de filmes, séries, shows e afins chegam com uma facilidade absurda aos usuários finais sem um intermediário para impor o que ele ou ela vai ou não assistir.
Eu nem preciso dizer que nessa batalha Netflix e Youtube sairão vencedores sobre as emissoras tradicionais e também sobre os canais de TV a cabo, que têm a coragem de reprisar o mesmo filme velho oito vezes na semana e ainda cobrar caro por isso. Vitória do cliente.
O setor de adquirência
Mas a verdade é que essa transformação está acontecendo em vários outros setores, muito além da indústria do entretenimento.
Se você é um bom taxista, me desculpe, mas o surgimento do Uber nada mais é do que uma resposta a anos de insatisfação com preços elevados e serviços ruins prestados por boa parte dos táxis ao redor do país. Vitória do cliente mais uma vez.
Eu poderia ficar aqui mencionando diversos outros casos similares, mas o exemplo mais emblemático que vem na minha cabeça quando surge esse assunto é o setor de adquirência – das maquininhas de pagamento.
No Brasil, a Cielo (CIEL3) e a Redecard dominavam o setor cerca de dez anos atrás, beneficiadas por uma regra antiquada que permitia que cartões Visa fossem aceitos apenas nas maquininhas da Cielo, enquanto cartões Mastercard só funcionariam em maquininhas da Redecard.
Na prática, os lojistas eram forçados a pagar dois aluguéis (caros) para conseguir oferecer uma solução completa de pagamento para os seus consumidores.
Ótimo para a Cielo e Redecard – que não precisavam concorrer entre si, ganhavam com taxas elevadas de aluguel e ainda cobravam caro por cada transação –, péssimo para os lojistas.
Quem ri por último
Naquela época, poderia até parecer que a falta de concorrência proporcionada pela regulação estava favorecendo a Cielo. Mas o resultado foi justamente o contrário.
Os vários anos de tranquilidade e resultados fáceis do passado fizeram a Cielo perder completamente a sua capacidade de inovação.
Quando as exclusividades acabaram e o mercado se abriu, a companhia acreditou que bastaria manter a formulinha de receita com aluguéis e tarifas elevadas para colher os lucros polpudos que se acostumou ao final de cada ano.
Ledo engano.
Novas companhias logo entraram no setor fazendo não apenas o "arroz com feijão" que a Cielo e a Rede ofereciam, mas com preços menores, soluções de gestão e serviços que as primeiras não ofereciam.
Para a Cielo, a competição e a falta de capacidade de reação têm sido desastrosas.
Ela não apenas perdeu clientes como ainda foi obrigada a baixar as tarifas (yield) para os que permaneceram em sua base, afetando seriamente o lucro da companhia.
Vitória dos clientes, mais uma vez.
Só um lado vence?
Nesta altura, é bom esclarecer que a vitória de um lado não necessariamente representa a derrota do outro.
No caso do setor de pagamentos, a vitória dos clientes não significou a derrota das companhias do setor.
Perdeu apenas quem não conseguiu se atualizar e oferecer um serviço a altura do que os usuários desejam.
Se as mais despreparadas perderam espaço, a revolução abriu portas e oportunidades para outras companhias do setor brilharem simplesmente porque foram capazes de oferecer soluções melhores.
A Pagseguro e a Stone são ótimos exemplos dessa mudança. Elas surgiram com o propósito de melhorar a experiência para os clientes insatisfeitos com os serviços da Cielo e da Redecard.
Apesar da enorme valorização nos últimos meses, ainda vemos valor a ser destravado nas duas companhias nos próximos anos.
Mas há uma oportunidade ainda melhor. Uma empresa americana está provocando uma verdadeira revolução no setor de meios de pagamentos com a rápida ascensão do e-commerce, facilitando ainda mais a vida de clientes e lojistas no ambiente das transações online.
Não é à toa que ela foi uma das primeiras escolhas de João Piccioni quando ele começou a montar a carteira da sua série as Melhores Ações do Mundo (M.A.M).
Se quiser conferir mais sobre essa companhia, veja mais informações nesta reportagem.
Lembre-se do cliente
Se você possui algum negócio, seja ele qual for, fica a dica: seu cliente possui mais informações a disposição dele do que jamais teve antes.
Em menos de trinta segundos ele é capaz de encontrar o seu estabelecimento no Google, descobrir se você presta bons serviços, por bons preços, e como se compara com a concorrência.
Isso serve para padaria, banco, metalúrgica, consultório odontológico e até corretora.
Um grande abraço e até a próxima!
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total