Comprada em dólar, Ace Capital vê impeachment como melhor cenário para o país
Crise política apenas acelerou uma inevitável alta da moeda norte-americana, segundo diretor de investimentos da Ace, gestora formada por ex-profissionais da tesouraria do Santander

O impeachment do presidente Jair Bolsonaro se tornou o melhor cenário para o país diante da "crise dentro da crise" em meio à bombástica saída de Sergio Moro do governo. A avaliação é de Fabricio Taschetto, diretor de investimentos da gestora de fundos ACE Capital.
A alternativa à saída de Bolsonaro hoje seria a continuidade do governo pelos próximos três anos como um “pato manco”, ou seja, sem condições de governar, na visão do gestor.
“O ideal é sempre o presidente ir até o final do mandato, mas é melhor ter um fim horroroso do que um horror sem fim”, me disse Taschetto, em uma entrevista por telefone.
Para Taschetto, o impeachment de Bolsonaro abriria espaço para a retomada da pauta de reformas no médio prazo, ainda que num passo bem mais tímido do que o prometido pela equipe econômica no início do governo.
Aposta no dólar
Formada no ano passado por ex-profissionais da tesouraria do Santander, a Ace já tinha uma visão bastante pessimista para os ativos financeiros diante do choque provocado pelo coronavírus na economia.
Mesmo com o salto do dólar nas últimas sessões para perto de R$ 5,75 na máxima desta sexta-feira, a gestora segue comprada na moeda norte-americana. “A alta do dólar é hoje uma das minhas maiores convicções”, afirmou.
Leia Também
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Para ele, a crise política apenas acelerou uma inevitável depreciação cambial diante da estagnação da economia e da queda da taxa básica de juros (Selic). A Ace projeta uma retração de 6% do PIB brasileiro neste ano e um aumento da taxa de desemprego para a casa dos 15%.
“O Brasil precisa ficar barato o suficiente para viabilizar investimentos, o país viveu com o câmbio artificialmente valorizado por 30 anos” – Fabricio Taschetto, Ace Capital
Corte da Selic
Apesar da disparada do dólar, Taschetto mantém a visão de que o Banco Central reduzirá a Selic na próxima reunião do Copom, em maio. Mas se a valorização continuar, o corte pode ser menor que o 0,75 ponto percentual esperado e ficar em meio ponto.
Embora acredite que o impeachment de Bolsonaro é o melhor cenário hoje, o diretor da Ace avalia que o presidente está certo quando defendeu um menor nível de isolamento social na pandemia do coronavírus.
“A quarentena foi desproporcional para o que está acontecendo em termos sanitários, é como prescrever quimioterapia para um paciente com dor de cabeça.”
Compra de bolsa
Mesmo com uma visão pessimista, Taschetto disse que aproveitou a forte queda de hoje do Ibovespa, que considerou exagerada, para comprar uma posição em bolsa.
A alocação, contudo, foi mais tática, em busca de um ganho no curto prazo. “Não estou achando que o Ibovespa vai voltar para os 100 mil pontos.” Para o médio prazo, ele avalia que o desempenho da bolsa vai depender também do cenário externo.
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas