Outubro terminou com uma magra captação líquida de R$ 49 milhões pelo Tesouro Direto, sistema que permite a negociação de títulos públicos pela internet. E repetindo o comportamento dos últimos cinco meses, a demanda seguiu concentrada nos papéis atrelados à Selic, apesar da trajetória de queda da taxa básica de juros, que encerrou outubro em 5% e deve cair a 4,5% até o fim de 2019.
As vendas totais no mês foram de R$ 1,992 bilhão, enquanto os resgates totalizaram R$ 1,943 bilhão. Das vendas, R$ 847 milhões, ou 42,5%, ficaram concentrados no Tesouro Selic (LFT). Na sequência ficaram os papéis atrelados à inflação (38,4%) e os prefixados (19,1%).
Ao longo do mês foram realizadas 449.817 operações de venda de títulos a investidores. Segundo o Tesouro, a utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil que correspondeu a 87,3% do total. O valor médio por operação foi de R$ 4.429,71.
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Rentabilidades
No mês, o papel mais rentável foi o Tesouro IPCA+ 2045, que registrou variação de 8,52%. O Tesouro Selic rendeu 0,43%. Em 12 meses, destaque também para o Tesouro IPCA+ 2045, com alta de 78,11%.
Olhando o estoque, temos que os ativos atrelados a índice de preços representam 48,2% dos R$ 59,2 bilhões. As LFTs aparecem na sequência, com 33,8% e, por fim, os títulos prefixados, com 18,1%.
Investidores
Em outubro, 19.397 novos investidores operam via Tesouro Direto, elevando o saldo de investidores ativos para 1,171 milhão. Crescimento de 61,8% em 12 meses.
Já o número de pessoas cadastradas cresceu em 236.886 no mês, para 5,238 milhões, um aumento de 86% em 12 meses.