🔴 [SAVE THE DATE] ONDE INVESTIR 2º SEMESTRE – A PARTIR DE 1º DE JULHO – INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Quem dá menos?

Oxford Economics acredita que BC deveria cortar a Selic para 3%

Consultoria lista quatro razões para atuação mais agressiva e fala que BC poderia testar juro zero ou negativo em termos reais

Eduardo Campos
Eduardo Campos
25 de outubro de 2019
19:31
Montagem de meteoro no espaço em direção para baixo com o texto juros em cima; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Acreditamos que o Banco Central (BC) não deveria perder tempo e poderia cortar a Selic para 3% ao ano. Essa é a abertura do relatório da Oxford Economics, que advoga por uma atuação mais agressiva e até mesmo juro real zero ou negativo.

O economista-chefe para América Latina, Marcos Casarin, assina o relatório e avalia que o movimento mais agressivo que o cenário-base da Oxford, de 4,5%, seria justificado por uma inflação persistentemente abaixo da meta, baixo crescimento (hiato do produto aberto) e pela redução da chamada taxa neutra ou estrutural.

“Nossas simulações mostram que dependendo dos spreads bancários, o estímulo monetário adicional poderia impulsionar o crescimento de 2021 em 0,7 ponto percentual, para 2,8%, mantendo a inflação em linha com as metas”, diz o relatório.

Juro baixo, com inflação nas metas é um cenário a se comemorar, mas que vai exigir cada vez mais dedicação dos investidores. Por isso, antes de seguir adiante, deixo umas dicas de leitura sobre investimentos com Selic nesses patamares. Há dicas para investidores conservadores e para os de perfil mais arrojado. Também deixo como sugestão o nosso e-book sobre investimentos em bolsa de valores. Além desse guia completo sobre investimentos em ações.

Quatro razões para agressividade

A consultoria lista ao menos quatro motivos que justificariam essa atuação mais agressiva do BC, que poderia até mesmo testar o “zero lower bound” em termos reais (juro nominal descotado da inflação).

A primeira razão é simples: é dever do BC fazer isso. A missão da autoridade monetária é garantir a convergência da inflação à meta com a menor flutuação possível do produto. Como as coisas estão caminhando agora, diz o economista, o BC não só vai errar a meta para baixo pelo terceiro ano consecutivo, como ignorar que o hiato do produto está negativo em 3,5% desde 2017. “Assim, uma política monetária mais frouxa é demandada para o BC cumprir o seu mandato.”

Leia Também

Segundo motivo. O Brasil não tem outras ferramentas para estimular o crescimento econômico. Desde a aprovação da emenda do teto de gastos, em 2016, um afrouxamento fiscal é algo praticamente proibido até pelo menos 2027. Sem capacidade de fazer política fiscal e com o PIB rodando  5% abaixo do nível de 2014, a política monetária é única ferramenta disponível para estimular o crescimento.

Terceiro. A taxa atual, na casa de 1% a 1,5% em termos reais, não é estimulativa o suficiente. A casa fez novas estimativas para o que seria o juro neutro ou de equilíbrio, e a taxa atual estaria apenas 0,2 ponto abaixo dela. O juro está menos estimulativo do que se pensa.

O quarto ponto é mais estrutural. O Brasil sempre foi um “anormal” entre os demais emergentes com juros nominais e reais muito acima dos pares. Atualmente, o país não ocupa mais o topo do ranking de juros (México está com 7,75%), mas a Oxford acredita que essa é uma chance de ouro (inflação baixa e juro zero no mundo) para o país assegurar seu lugar no clube de países com taxa civilizadas.

“Afinal, Peru, Colômbia e até o Paraguai têm juros estruturalmente mais baixos que o Brasil, apesar de serem economias mais pobres e com regimes de metas de inflação menos maduros.”

Abaixo de zero

Para a consultoria, o BC tem muito pouco a perder se testar juros reais zero ou mesmo negativos. Pela modelagem econômica da Oxford, uma Selic de 3% no primeiro trimestre de 2020 teria impacto significativo no crescimento econômico (a depender também dos spreads bancários), enquanto o custo em termos inflacionários seria limitado.

No cenário mais conservador, sem mudança dos juros pelos bancos comerciais, o ganho em termos de crescimento seria pequeno, coisa de 0,4 ponto, com efeito máximo em 2022. Já a inflação atingira um pico de 4,1% no fim de 2020, ainda assim ao redor da meta de 4%.

No cenário mais otimista, mas ainda realista na visão da casa de análise, no qual os bancos mantêm os spreads, mas repassam a queda de 1,5 ponto da Selic para o tomador final, o trade-off fica mais favorável. O ganho máximo para o PIB sobe a 1 ponto com reflexo máximo em 2021, mas impactos já em 2020.

No lado da inflação, mesmo com dólar acima de R$ 4, o modelo sugere IPCA na linha de 4,2% em 2020, pouco acima da meta de 4%. Para 2021, o modelo mostra uma queda inflação para 3,6% (resultado de uma apreciação cambial e menor prêmio de risco advindo da queda da relação dívida/PIB).

Para a Oxford, testar o juro real zero ou abaixo disso é um “no-brainer” para o BC, pois os benefícios em termos de crescimento e sobre o perfil da dívida pública confortavelmente ultrapassam os custos associados com a maior inflação.

“Acreditamos que o único impedimento para esse cenário se tornar o nosso cenário-base é o próprio BC. Ao invés de olhar para seu passado conservador, o BC deveria olhar para fora e buscar inspiração”, diz o relatório.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tijolo por tijolo: Ibovespa busca caminho de volta a novos recordes em meio ao morde-assopra de Trump e feriado nos EUA

26 de maio de 2025 - 8:08

Depois de ameaçar com antecipação de tarifas mais altas à UE, agora Trump diz que vai negociar até 9 de julho

conteúdo EQI

Fim da alta da Selic? Seleto grupo de investidores já está protegendo a rentabilidade da carteira e ‘travando’ retornos acima de 14,75% ao ano; veja como

23 de maio de 2025 - 10:00

Focus projeta máxima da Selic em 14,75% em 2025, e é hora de buscar oportunidades para poder manter retornos de dois dígitos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio

23 de maio de 2025 - 8:06

Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa

22 de maio de 2025 - 8:26

Apesar da forte queda de ontem, bolsa brasileira segue flertando com novas máximas históricas

FERIADO CRIPTO

Bitcoin Pizza Day: como tudo começou com duas pizzas e chegou aos trilhões

22 de maio de 2025 - 7:31

No dia 22 de maio, o mercado de criptomoedas comemora a transação de 10 mil BTC por duas pizzas, que marcou o início do setor que já supera os US$ 3,5 trilhões

SECAS E ENCHENTES

Impacto do clima nos negócios de bancos e instituições financeiras mais que dobra, aponta pesquisa do BC

21 de maio de 2025 - 10:55

Levantamento mostra que os principais canais de transmissão dos riscos climáticos são impactos em ativos, produção e renda, o que afeta crédito e inadimplência

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta

21 de maio de 2025 - 8:29

Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China

20 de maio de 2025 - 8:15

Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: IBC-Br e CMN no Brasil, ata do BCE na Europa; veja o que movimenta a semana

19 de maio de 2025 - 7:03

Semana não traz novos balanços, mas segue movimentada com decisão de juros na China e indicadores econômicos relevantes ao redor do mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA

15 de maio de 2025 - 8:09

Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China

DINHEIRO NO BOLSO

Petrobras (PETR4) atualiza primeira parcela de dividendos bilionários; confira quem tem direito a receber a bolada

14 de maio de 2025 - 12:26

O montante a ser pago pela estatal se refere ao último balanço de 2024 e será feito em duas parcelas iguais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca

14 de maio de 2025 - 8:20

Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo

ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?

Dinheiro esquecido: R$ 9,13 bilhões ainda estão dando sopa e esperando para serem resgatados

13 de maio de 2025 - 19:50

Dados do BC revelam que 42,1 milhões de pessoas físicas ainda não reivindicaram os valores deixados nos bancos

MERCADOS HOJE

Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60

13 de maio de 2025 - 18:15

A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado

NEGOCIAÇÕES

FGC avalia empréstimo de ‘curtíssimo prazo’ ao Banco Master enquanto negócio com BRB não sai, segundo jornal

13 de maio de 2025 - 17:42

Segundo pessoas próximas ao Fundo Garantidor de Créditos, esses recursos seriam suficientes para ajudar no pagamento de dívidas de dois a três meses

NOVO RECORDE

Ibovespa renova máxima histórica e busca os 139 mil pontos nesta terça-feira (13); entenda o que impulsiona o índice

13 de maio de 2025 - 13:07

“Última” máxima intradiária do Ibovespa aconteceu em 8 de maio, quando o índice registrou 137.634,57 pontos

EXPECTATIVAS DESANCORADAS

Ata do Copom: Juros podem até parar de subir, mas Galípolo e diretores do BC jogam água fria sobre momento da queda da Selic

13 de maio de 2025 - 11:42

Copom volta a sinalizar que o fim do atual ciclo de aperto monetário está perto do fim, mas uma alta residual da taxa de juros ainda segue na mesa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA

13 de maio de 2025 - 8:22

Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)

12 de maio de 2025 - 20:00

Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras

RENDIMENTO NA LUPA

É o ano dos FIIs de papel? Fundos imobiliários do segmento renderam 4,4% em 2025, mas FIIs de tijolo cresceram no último mês

12 de maio de 2025 - 14:10

Na relação de preço pelo valor patrimonial dos fundos imobiliários, os dois setores seguem negociados com desconto neste ano

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar