FGC é do governo? Fundos têm cobertura? Entenda o que é o FGC e quais investimentos ele garante
Ainda existe muita confusão a respeito do que é o FGC e quais investimentos estão ou não cobertos. Nesse vídeo, eu desfaço os mitos e explico o funcionamento do fundo
Ressabiado, o investidor pessoa física brasileiro rapidamente aprendeu a perguntar, ao receber ofertas de investimento fora do tripé poupança, CDB e fundo do bancão: "Tem FGC?" A sigla que significa Fundo Garantidor de Créditos se tornou sinônimo de segurança para os poupadores que buscam rentabilidades maiores fora dos grandes bancos, além de discurso de venda de corretoras e distribuidoras de valores.
Mas ainda existem mitos e confusões cercando o FGC e suas funções. Por exemplo, tem muita gente que acha que o fundo é uma entidade governamental, ou fica na dúvida quanto aos investimentos que podem contar com a sua garantia. E você, sabe o que é o FGC, quais investimentos ele cobre e como ele funciona? Eu respondo a essas questões no vídeo a seguir:
Confira a seguir a transcrição do vídeo sobre o FGC
Se você já pesquisou sobre investimentos alguma vez, já deve ter ouvido falar do Fundo Garantidor de Créditos, a garantia da caderneta de poupança. O FGC, como é mais conhecido, também é responsável por garantir os depósitos em conta-corrente nos bancos, além de uma série de investimentos de renda fixa. Ele se tornou um grande conhecido do investidor pessoa física desde que a aplicação em CDBs de bancos médios começou a se tornar popular. Mas ainda existe muita confusão a respeito do que o FGC é e de quais aplicações financeiras ele protege. E é disso que eu vou falar nesse vídeo.
O Fundo Garantidor de Créditos é uma entidade privada sem fins lucrativos, mantida a partir das contribuições obrigatórias dos próprios participantes do sistema financeiro, como é o caso dos bancos. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, o FGC não é do governo. Ele tem a função de proteger os investidores, contribuir para a manutenção da estabilidade do sistema financeiro e para a prevenção de uma crise bancária sistêmica.
Além da poupança e das contas-correntes bancárias, o FGC também garante os CDBs, RDBs, as LCIs e LCAs, as Letras de Câmbio e as Letras Hipotecárias. Vale lembrar também os investimentos que o fundo não protege, mas que costumam levantar dúvidas entre os investidores: cotas de fundos de investimento, COE, debêntures, CRI e CRA.
Leia Também
A proteção do FGC garante que você vai receber seu dinheiro investido de volta, junto com a rentabilidade devida, caso a instituição financeira emissora do investimento sofra intervenção, liquidação extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central, do seu estado de insolvência. Em outras palavras, o FGC ressarce os investidores, dentro dos seus limites de garantia, caso a instituição financeira associada quebre.
O limite de cobertura é de R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. No caso de contas conjuntas, esse limite é válido por conta, e não por CPF. Então se uma conta tem dois titulares, por exemplo, cada um terá direito a uma cobertura de R$ 125 mil.
Mas o que esse limite de cobertura representa? É assim: se você tem sozinho, em um mesmo banco, poupança, CDB e LCI, a cobertura total dos três produtos será de R$ 250 mil. Qualquer investimento naquela instituição que exceder esse valor fica de fora da garantia, e só vai ser reembolsado se a instituição conseguir dar um jeito de pagar os seus credores. Por isso, se você pretende investir mais de R$ 250 mil em produtos com garantia, o ideal é diversificar os emissores.
Existe ainda um limite global de R$ 1 milhão para todos os investimentos cobertos que você tiver sob o seu CPF, em todas as instituições financeiras associadas ao FGC. Ele começou a valer para aplicações feitas a partir de 22 de dezembro de 2017. Ou seja, investimentos com cobertura realizados antes dessa data não contam com esse limite.
A garantia do FGC é importante principalmente para quem investe em títulos de renda fixa emitidos por bancos médios e financeiras, que são mais vulneráveis por terem porte menor. Em geral, o ressarcimento, em caso de quebra da instituição, ocorre dentro de alguns dias, mas pode levar meses. E do momento da intervenção até o pagamento, os investidores não podem movimentar as suas contas e também não têm rentabilidade. Ou seja, mesmo quando existe a cobertura do FGC, você ainda corre esses riscos.
Gostou do vídeo? Então não se esqueça de se inscrever no canal do Seu Dinheiro no YouTube e deixar as suas dúvidas e ideias para outros vídeos nos comentários.
Mais algumas coisas que você deve saber sobre o FGC
Entidades associadas
- Bancos múltiplos;
- Bancos comerciais;
- Bancos de investimento;
- Bancos de desenvolvimento;
- Caixa Econômica Federal;
- As sociedades de crédito, financiamento e investimento;
- Sociedades de crédito imobiliário;
- Companhias hipotecárias;
- Associações de poupança e empréstimo.
A lista completa das instituições participantes você encontra no site da entidade.
Tipos de depósitos garantidos pelo FGC
- Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, como os depósitos em conta-corrente;
- Depósitos em caderneta de poupança;
- Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Recibos de Depósito Bancário (RDB);
- Depósitos em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões etc.;
- Letras de Câmbio (LC);
- Letras Hipotecárias (LH);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Operações compromissadas que tenham como objeto títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada.
Sobre a não cobertura a cotas de fundos de investimento
Do ponto de vista da segurança do investidor, os fundos de investimento sequer precisariam de proteção do FGC. Isto porque eles têm CNPJ próprio, o que garante que o patrimônio dos cotistas, alocado no fundo, fique completamente segregado do patrimônio das instituições financeiras responsáveis por ele, como a gestora ou a administradora.
Caso alguma delas quebre, basta que os cotistas se reúnam em assembleia para trocar de instituição. Seus recursos continuam intactos. Eles não estão expostos ao risco da gestora ou da administradora, apenas ao risco dos ativos que compõem a carteira do fundo.
Mas e se o fundo investir em ativos como CDB, LCI e LCA? Ele tem direito ao ressarcimento do FGC caso o emissor vá à lona? A resposta é não. A garantia do FGC não vale quando o investidor do ativo protegido é um fundo de investimento.
Mas isso pode não ser exatamente um problema, uma vez que as carteiras dos fundos costumam ser bastante diversificadas. Perdas com um ativo podem facilmente ser compensadas por ganhos com outros ativos. Além disso, os gestores geralmente têm mais condições de avaliar a qualidade dos emissores do que o pequeno investidor.
De qualquer maneira, ainda que houvesse cobertura do FGC, os valores de limite provavelmente seriam muito baixos, considerando o tamanho das posições dos fundos de investimento.
Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro
Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA
Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê
A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo
Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord
Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano
Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora
Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe
Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência
Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho
Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente
CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC
Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida
Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI
Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço
Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%
A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos