O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), visitou nesta segunda-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein e disse que o texto da reforma da Previdência deve ser fechado na próxima sexta-feira, 15, e enviado ao Congresso Nacional na semana que vem.
"O presidente deverá estar sexta-feira com o ministro Paulo Guedes para fechar o texto final que será encaminhado ao Congresso na semana que vem. Mas ele mesmo falará sobre isso tão logo esteja em Brasília", disse Doria, comentando na sequência que a previsão de enviar a proposta ao Congresso na semana que vem não foi manifestada por Bolsonaro, mas que é uma avaliação própria.
Os dois não conversaram sobre o conteúdo da reforma, acrescentou o governador. "Esta semana ele sairá do hospital, ele está bastante convicto disso", reforçou o governador paulista.
A visita de Doria a Bolsonaro durou cerca de 20 minutos e foi de "cortesia", disse o tucano. O governador prometeu atuar para mobilizar a bancada tucana no Congresso a votar favorável à reforma da Previdência.
Porta-voz: Previdência só quando der
Apesar dos sinais dados por Doria, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro não deve analisar o texto da Previdência enquanto estiver internado no Einstein. Segundo ele, o presidente não tem previsão de alta, embora o próprio Bolsonaro tenha falado que espera sair ainda esta semana. "Inicialmente estaria descartada a apresentação no hospital", afirmou.
Segundo o porta-voz, a proposta da reforma da Previdência será apresentada "assim que o presidente poder analisá-la", sem especificar uma data. Ele disse, ainda, que não pode "afiançar" que a apresentação do texto acontecerá esta semana, mas assegurou que Bolsonaro quer fazer isso o quanto antes.
"A proposta será apresenta, as linhas de ação, assim que ele se encontrar em condições. Não posso afiançar que será esta semana. Se ele estiver em Brasília, já em condições de deliberar, ele tem todo interesse de debruçar-se sobre esse assunto que é de extrema importância. Quanto mais rápido ele deliberar, mais rápido teremos condições de aprovar", disse.
*Com Estadão Conteúdo.