Produção da Petrobras avança no pré-sal e especialistas aprovam estratégia
Estatal conseguiu bater novos recordes diários de produção no terceiro trimestre, deixando para trás dificuldades enfrentadas no trimestre anterior
Com a entrada de novas plataformas no pré-sal, a Petrobras conseguiu bater novos recordes diários de produção no terceiro trimestre, deixando para trás dificuldades enfrentadas no trimestre anterior. De julho a setembro, foram extraídos 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d, que inclui petróleo e gás) no Brasil. No período, teve destaque o mês de agosto, quando a produção atingiu nível recorde, de 3,1 milhões de boe/d. A projeção é que a empresa alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de boe/d.
A maior parte do volume produzido no período saiu da região de águas ultraprofundas do pré-sal, que já responde por 60,4% do resultado da empresa. "Ao longo da nossa trajetória, temos sido desafiados a produzir em lâminas d´água cada vez mais profundas, atualmente superiores a 2.100 metros e a 300 km da costa", destacou a Petrobras no relatório divulgado nesta sexta-feira, 18.
"A Petrobras está atravessando um momento muito positivo com relação ao seu desempenho operacional. Isto é muito bom para todo o setor de óleo e gás do País porque aumenta a confiança no potencial de crescimento do setor", disse Edmar Almeida, professor do Grupo de Economia da Energia (GEE) da UFRJ.
Ele destaca ainda que o "bom desempenho operacional é uma dimensão fundamental para a recuperação da empresa", que entrou em crise em 2014, após o preço da commodity despencar no mercado internacional e ainda ser alvo da Operação Lava Jato, que investigou escândalos de corrupção envolvendo a companhia.
Almeida afirma ainda que o desempenho operacional da companhia petroleira deve ser revertido em resultado financeiro no terceiro trimestre.
Para o diretor e sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, nenhum outro setor possui tanta capacidade de gerar emprego e renda no Brasil como o de petróleo e gás natural.
Leia Também
Além do crescimento no pré-sal, ele destacou a utilização das refinarias pela Petrobras, que passou de 76% para 80% do segundo para o terceiro trimestre. Com isso, caíram as importações. "Desde a administração de Pedro Parente, a Petrobras vem buscando um ponto ótimo no refino. Dessa vez, optou por ampliar a produção interna, o que deve ter contribuído para reduzir os custos", afirmou Pires.
Ele ainda chama atenção para o fato de que, na comparação com igual trimestre do ano passado, houve queda do comércio dos principais derivados. As vendas de gasolina passaram de 387 mil barris por dia (bpd) para 377 mil bpd, no período, e as de diesel, de 843 mil bpd para 770 mil bpd. Isso ocorreu por conta do encolhimento do mercado consumidor interno, que acompanha o ritmo da economia.
Sem ter como escoar internamente, a Petrobras optou por exportar petróleo e derivados. O volume vendido ao exterior passou de 322 mil bpd para 583 mil bpd, alta de 81,1%. "Falta investimento no refino, o que faz com que a capacidade de produção de combustíveis seja limitada. Por isso a tendência, cada vez mais, é que o País se torne exportador de petróleo e comprador de derivados", disse Adriano.
Já Maurício Canedo, especialista da Fundação Getulio Vargas (FGV), ressalta que o desempenho da estatal comprova a aposta correta da empresa no pré-sal, que definitivamente ocupou a posição de fronteira de crescimento da produção, enquanto os campos de pós-sal se mantêm estagnados. "A rigor, a meta anual (de 2,7 milhões de boe/d) está garantida, com possibilidade de pequenas variações para cima ou para baixo", afirmou.
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador