Guedes: Eleição do Bolsonaro significa que o Brasil não ia virar a Venezuela, mas não garantiu a ele que o Brasil não vire a Argentina
Ministro da Economia falou que o sonho do crescimento econômico vem com as reformas e reconhece que Previdência é o primeiro passo, mas não é suficiente. Guedes também falou sobre Selic, Congresso e relação com o STF

O ministro da Economia, Paulo Guedes, desceu à portaria do Ministério após reunião com a bancada do partido Novo e passou meia hora falando com os repórteres. A mensagem foi uma só: crescimento sustentado, juro menor, prosperidade e distribuição de renda só com as reformas econômicas.
O ministro também reconheceu que a reforma da Previdência sozinha não resolve, mas é primordial por ser o primeiro passo. Há duas dimensões da Previdência, o primeiro é estancar a sangria, conter o buraco fiscal que ameaça engolir o Brasil. O segundo é “desanuviar” o futuro para os investimentos, pois traz confiança fiscal em um horizonte de 10 anos, 15 anos.
“O Brasil vai retomar o crescimento e vai crescer por 10 anos, 15 anos”, disse o ministro, complementando que as outras reformas também são necessárias, como a tributária, pacto federativo e choque de energia (eu não estava lá, mas uma amiga me salvou com o áudio).
Nem Venezuela nem Argentina
Perguntado se faltou mais ação do governo ou mesmo melhor comunicação, Guedes disse que o que falou foi aprovar as reformas. “Me perguntaram isso: A economia não está respondendo. Respondendo a quê? Não fizeram nada ainda”, disse.
Segundo Guedes, temos de começar pela coisa mais importante, pois “voo de galinha” já fizemos várias vezes e foram, justamente, estímulos artificiais que derrubaram o último governo.
“O último governo caiu, exatamente, com irresponsabilidade fiscal, com juro baixo, tentando artificialmente estimular a economia. Nós não vamos fazer truques nem mágicas, nós vamos fazer as reformas sérias, com fundamentos econômicos. Aprovada a reforma o horizonte de investimentos clareia”, disse.
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Na sequência, o ministro falou sobre a eleição de Bolsonaro e os riscos que a não aprovação das reformas ou mesmo reformas pouco profundas podem trazer.
“Vocês têm que entender o seguinte. A eleição do Bolsonaro significa que o Brasil não ia virar a Venezuela, mas não garantiu a ele que o Brasil não vire a Argentina”, disse.
Guedes disse que o governo Kirchner “quebrou a economia” e que Mauricio Macri entrou e não fez as reformas com a profundidade necessária. Então, a inflação por lá está acima de 30% e a situação fiscal é dramática.
“Com a reforma da Previdência temos 15, 20 anos de clareamento. O Brasil não vira mais a Argentina, ao contrário, o Brasil vai começar a crescer. É importante vocês entenderem isso porque parece que a economia estava crescendo e caiu. Não! A economia está estagnada, esse era o nosso diagnóstico desde a campanha”, explicou.
Pibinho
Questionado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, Guedes disse que tal resultado “não é novidade para nós”, pois ele e equipe sempre disseram que a economia brasileira está estagnada.
“O modelo intervencionista derrubou a taxa de crescimento no Brasil. O Brasil está parado, economia estagnada à espera das reformas”, disse.
Segundo Guedes, as pessoas têm de entender que precisamos das reformas para retomar o crescimento.
“Estamos absolutamente seguros que mudando, fazendo as reformas, o Brasil vai retomar o crescimento econômico sustentado. É um país que deveria estar crescendo 3%, 3,5% ao ano e simplesmente a economia colapsou. E isso foi parte do diagnóstico na campanha”, afirmou.
Guedes também falou sobre a decepção com o ritmo da retomada. Vale lembrar que logo após a eleição, chegamos a ver estimativas de crescimento de 3,5% e, agora, temos projeções menores que 1% para o PIB de todo o ano de 2019.
“Houve um otimismo, todo mundo pensou que a economia já fosse crescer 2%, 3% neste primeiro ano exatamente pela potência da plataforma liberal, que é uma plataforma de crescimento, de redução e simplificação de impostos, estímulo ao investimento, baixar o juro, botar energia barata aumentando a competição. Esse sonho do crescimento está ao alcance das nossas mãos, basta implementarmos as reformas. Como está demorando a implementação das reformas, as previsões foram revistas para baixo”, disse.
Tem que cortar o juro?
Perguntado se o Banco Central (BC) deveria cortar a Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano, para estimular a econômica, Guedes disse que o BC poderia repetir o filme que vimos no governo Dilma Rousseff, de reduzir a taxa e depois vermos a inflação sair de 3% a 4% para 11%.
“Você só pode baixar os juros se você tiver um regime fiscal em pé. Na hora que você fizer a reforma da Previdência as expectativas vão ser de equilíbrio [fiscal] e os juros vão começar a descer no mercado e o BC deve sancionar”, afirmou.
Segundo Guedes, tudo isso exige reformas antes, pois não se pode fazer voluntarismo com a política econômica e levar o Brasil para o buraco.
“De medida de estímulo em medida de estímulo, o Brasil, que era um país que crescia 7% ao ano quando eu era jovem, virou um país que não cresce quando vocês são jovens. Foi sempre essa pressa em fazer a coisa errada. Não tenho pressa em fazer a coisa errada. Quero fazer a coisa certa”, explicou.
Congresso e o pacto dos Poderes
Ao lado do deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), que declarou apoio às reformas, Guedes disse se sentir “revigorado” pela atuação “dessa turma”. Segundo o ministro, o Congresso está se renovando, é atuante e vai assumir o protagonismo político.
Guedes listou os encontros que teve com parlamentares de outras legendas, como PP, e afirmou que “os partidos de centro são decisivos”, pois as urnas trouxeram uma aliança de centro-direita.
Sobre o PSL, partido do presidente, Guedes disse que esse é um partido “que está chegando agora”, pulou de 2 para mais de 50 deputados, então é natural que tenha "dificuldade de dar os primeiros passos" no Congresso, pois não conhece o ambiente direito. Mas disse ter certeza que os deputados do partido vão estar convergindo para votação em bloco.
Para o ministro, os três Poderes estão alinhados e citou o pacto discutido no começo da semana entre Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, e Dia Toffoli. “Aquilo tudo é sinal de entendimento”.
O enredo maior, na visão do ministro, é que temos uma sociedade dinâmica, aberta e uma democracia que “caminha com duas pernas”. Durante 30 anos tivemos uma aliança social-democrata de centro-esquerda e, agora, temos uma aliança de conservadores e liberais na centro-direita.
Segundo o ministro, a maior fatia do eleitorado brasileiro é de centro. Quanto o centro estava com a esquerda “tivemos o caminho que levou o Brasil para a estagnação”, apesar de “ter feitos coisas boas também”. Agora, a aliança é para retomar o crescimento.
Um apelo à mídia
Guedes ponderou que ai invés de só ver coisa errada (como as dificuldades políticas nessa nova aliança), ele enxerga um ministério com ministros solidários e que estão colaborando uns com os outros.
“Há uma colaboração absoluta no sentido de um governo harmônico, que está tentando acertar e vocês podem nos ajudar muito com a narrativa do que efetivamente está acontecendo”, disse Guedes aos repórteres.
Ainda de acordo com o Ministro, é natural que haja crítica, mas que também poderiam ocorrer aplausos para os acertos “e fazer essa compreensão de que são mudanças profundas, não são de um, dois meses”.
STF e hostilidade aos negócios
Segundo Guedes, que recentemente teve uma série de encontros com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a parte da legislação é decisiva para destravar a economia e que volta e meia temos essas “aparentes interferências, mas que são questões jurídicas legítimas”.
Hoje, o STF decide se o governo pode vender estatais sem aval do Congresso e na semana o ministro Edson Fachin suspendeu a venda a Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras, com base em decisão liminar de Lewandowsky.
Segundo o ministro, a Constituição diz que existe livre iniciativa e livre mercado no país, e que há sim necessidade de lei para criar uma estatal. Mas que decisões de compra e venda seriam das próprias empresas. “Se tudo que tiver de fazer tiver de ser avaliado, os investimentos não virão”, disse.
O ministro falou que tenta dar esse ângulo econômico para que os juízes entendam os efeitos que podem ser “devastadores caso haja uma interferência em companhia de Petróleo”. A preocupação do ministro é com a segurança jurídica para a futura exploração dos blocos do pré-sal. “Os magistrados é que decidem minha obrigação é falar sobre economia”, ponderou.
Ainda de acordo com Guedes, se o Brasil for um país juridicamente hostil aos investimentos, vai continuar sendo um país rico em recursos e pobre porque não consegue explorar seus recursos adequadamente.
O ministro disse que essa proximidade entre o ângulo legal e o econômico tem que ser objeto de conversas mais frequente.
“Me arrependo de ter ido só na emergência. Gostaria que fosse entendimento regular. Não tento influenciar, só tento esclarecer”, disse.
Encerrando, Guedes disse que o Brasil é hostil para se fazer negócios, trata mal os empreendedores e os investidores externos.
“O Brasil tem muita riqueza, mas é um país pobre. Dificulta a exploração econômica e a distribuição dessa riqueza para a população. Temos que esclarecer isso, eles decidem sobre coisas com impacto enorme, que pode ser extraordinário ou devastador.”
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