A Polícia Federal deflagrou, na manhã de desta sexta-feira, 23, a 64ª fase da Operação Lava Jato, para apurar crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais.
Os supostos crimes estariam relacionados ao Banco BTG Pactual e a Petrobrás na exploração do pré-sal e ‘em projeto de desinvestimento de ativos’ na África, disse o Estadão.
Ao todo, são 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação estão a ex-presidente da estatal, Graça Foster e o executivo do banco, André Esteves.
Segundo a PF, os crimes estariam relacionados a recursos contabilizados em planilha denominada “Programa Especial Italiano” gerida por grande empreiteira nacional.
"A investigação é complexa e trata de fatos abordados em diferentes inquéritos policiais, tendo sido impulsionada por acordo de colaboração premiada celebrado entre a Polícia Federal e ex-Ministro de Estado investigado", diz a PF.
A PF explica que também é objeto desta fase esclarecer a existência de corrupção envolvendo instituição financeira nacional e estatal petrolífera na exploração do pré-sal e em projeto de desinvestimento de ativos no continente africano.
A ação pode pode ter lesado os cofres públicos em pelo menos 1,5 bilhão de dólares, que equivalem hoje a aproximadamente 6 bilhões de reais.
Outro lado
O BTG disse que "o objeto da referida busca e apreensão foi alvo de uma investigação independente conduzida pelo escritório de advocacia internacional Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, LLP, especializado em investigações e auditorias, contratado em 2015 por um comitê independente formado justamente para fazer uma auditoria externa e imparcial sobre as alegações na época relacionadas a atos ilícitos. A referida auditoria concluiu não existir qualquer indício de irregularidade. O relatório é público e pode, inclusive, ser acessado no site do banco."
O Seu Dinheiro também tentou contato com a Petrobras, mas não recebeu um posicionamento oficial até o momento.