🔴 FERRAMENTA LIBERADA: GANHOS MÉDIOS DE R$ 538 POR DIA – VEJA COMO ACESSAR

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
Hora do adeus?

Bolsonaro ataca PSL e avalia trocar de partido

Motivo da insatisfação é a dificuldade da família do presidente de controlar a legenda e seus diretórios regionais; nova UDN estaria entre as opções

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
9 de outubro de 2019
12:44 - atualizado às 14:49
Imagem: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro atacou nesta terça-feira, 8, o PSL, partido pelo qual se elegeu, no ano passado, e indicou que poderá mudar de sigla. O motivo da insatisfação é a dificuldade da família Bolsonaro para controlar a legenda e seus diretórios regionais, que não aceitam a imposição dos nomes do grupo, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Mesmo rachado, o partido terá na próxima campanha a maior fatia dos fundos públicos usados para financiar candidatos - estimada em R$ 400 milhões -, porque foi o mais votado na disputa de 2018, na esteira da eleição de Bolsonaro.

A saída do presidente, porém, já é dada como certa pela cúpula do PSL, que teme uma debandada. Dirigentes do partido ouvidos pelo Estado afirmam que o presidente pode levar até 15 dos 53 deputados federais, além de dois dos três senadores - Flávio Bolsonaro (RJ) e Soraya Thronicke (MS).

Embora ainda não tenha definido o seu destino, Bolsonaro avalia vários cenários políticos e deseja um partido que possa controlar, para impulsionar sua candidatura à reeleição, em 2022. A União Democrática Nacional (UDN) já pediu registro como partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e quer que o presidente se filie à sigla.

"Estamos de braços abertos para a família Bolsonaro", disse Marcus Alves de Souza, presidente da UDN. O jornal apurou que o dirigente da sigla em formação tem conversado com interlocutores do clã Bolsonaro.

O conflito do presidente com a cúpula do PSL ficou evidente nesta terça após ele ser abordado, diante do Palácio da Alvorada, por um apoiador que disse ser pré-candidato da legenda no Recife. Bolsonaro pediu a ele para "esquecer" o PSL e afirmou que o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do partido, "está queimado para caramba".

O militante estava gravando um vídeo quando Bolsonaro fez o apelo que escancarou a queda de braço no PSL. "Oh, cara, não divulga isso não. O cara (Bivar) está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", afirmou o presidente.

A articulação de Bolsonaro ganha luz no momento em que partidos de centro se articulam em torno da possível candidatura do apresentador de TV Luciano Huck à Presidência.

Em fevereiro, o Estado revelou que o clã Bolsonaro negociava migrar para a UDN, sigla extinta após o golpe militar de 1964. Em abril, o advogado Marco Vicenzo, outro articulador da criação do partido, protocolou no TSE um pedido de refundação da legenda alegando a necessidade de reparar "injustiças históricas praticadas em desfavor" do partido. Se aceito, a legenda pode ser refundada sem o protocolo tradicional de criação de um partido, descartado por pessoas próximas ao clã Bolsonaro que consideram inviável. A legenda também mudaria de nome e passaria a ser chamada de "Conservadores". Aliados da família dizem que outra opção é o Patriota, partido que chegou a negociar com Bolsonaro antes das eleições.

Ligação

Por telefone, Bolsonaro exigiu de Bivar, na segunda-feira, 7, o comando do PSL. Disse que, caso a situação continuasse como está, deixaria o partido. Bivar recusou o ultimato. O deputado controla o PSL desde 1994, quando a sigla ainda era nanica.

Nos bastidores, Bivar acusa o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho "03" do presidente, de tentar "dar um golpe" para destituí-lo. Chegou a dizer até mesmo que Eduardo incentivou a confecção de uma lista para antecipar a eleição interna no partido.

O grupo político ligado a Bivar divulgou nesta terça um manifesto exaltando a importância do partido nas eleições de 2018. Defendeu, ainda, a redistribuição de postos de comando da legenda nos municípios.

Na prática, a medida pode desfazer arranjos impostos no Rio pelo senador Flávio Bolsonaro, filho primogênito do presidente, e, em São Paulo, por Eduardo. Em São Paulo, dirigentes regionais foram à Justiça para reverter atos de Eduardo. No Rio, Flávio teve de recuar da decisão de expulsar filiados com cargos no governo de Wilson Witzel (PSC) - que tem criticado o governo federal.

No documento divulgado na terça, aliados de Bivar afirmaram que ele atendeu a todos os pedidos de Bolsonaro em 2018. Lembraram que o deputado chegou a se afastar da presidência do partido - na época, quem assumiu o comando do PSL foi Gustavo Bebianno, a pedido de Bolsonaro. Bebianno foi empossado ministro da Secretaria-Geral da Presidência, mas caiu após atrito com Carlos Bolsonaro, o filho "02" do presidente.

"Se Bivar não tivesse aberto as portas, o presidente fatalmente não teria tido legenda para concorrer em 2018", afirmou o deputado Júnior Bozzella (SP), signatário do manifesto em favor de Bivar. Os apoiadores do deputado organizaram um jantar em desagravo a ele nesta terça em Brasília.

Bivar tirou das mãos da deputada Bia Kicis (DF), aliada do presidente, o comando da legenda no Distrito Federal, e prepara o rompimento do contrato da advogado eleitoral Karina Kufa, que cuidou da campanha de Bolsonaro e é diretamente ligada a Eduardo.

A possibilidade de uma debanda do PSL está no radar de Bivar desde de agosto, quando a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP), tentou aprovar uma emenda para permitir um novo período de janela partidária. Com isso, autorizava parlamentares a trocar de legenda sem punições. Na ocasião, Bivar convocou outros dirigentes de partidos, entre eles Paulinho da Força (Solidariedade) e Marcos Pereira (Republicanos), para discutir a proposta. Mas articulou a derrubada do projeto, evitando a possibilidade da desfiliação em massa.

Líder do PSL no Senado, Major Olimpio (PSL-SP) disse não ver Bolsonaro saindo do partido. "Eu realmente estou perplexo com a manifestação do presidente", afirmou ele. "É como alguém morar sozinho e fugir de casa. O PSL é o único partido 110% fiel ao presidente, em todas as votações."

Eduardo Bolsonaro

O grupo político do presidente Jair Bolsonaro tem enfrentado resistências para controlar o PSL nos Estados. Em São Paulo, dirigentes regionais foram à Justiça para reverter atos do deputado Eduardo Bolsonaro, que assumiu o comando estadual da sigla em junho. No Rio, o senador Flávio Bolsonaro teve de recuar da decisão de expulsar filiados com cargos no governo de Wilson Witzel (PSC) - que tem criticado o governo federal.

"Filho 03" de Bolsonaro, Eduardo determinou até agora o afastamento dos presidentes de 73 dos 280 diretórios do PSL em São Paulo. Alegou irregularidades como ausência de prestação de contas, dupla filiação e até casos de condenação por estelionato. Dos 73 afastados, que rebatem as acusações, pelo menos dez já conseguiram suspender na Justiça a substituição.

Os dirigentes criaram um grupo de WhatsApp para compartilhar modelos de petições enviadas aos tribunais, bem como cópia das prestações de contas entregues. Também circula uma sugestão de carta ao presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, pedindo a volta do senador Major Olimpio (SP) à presidência do partido no Estado.

"Não quero voltar à direção do PSL, mas não me omito ao assistir à destruição do partido no Estado", disse Olimpio, que vê uma "caça às bruxas". Procurado na terça, Eduardo Bolsonaro não deu resposta até a conclusão desta edição.

Recuo

Presidente da legenda no Rio, Flávio Bolsonaro chegou a determinar no mês passado a saída do PSL da base do governo Witzel e ameaçou expulsar os filiados com cargos na administração. Diante da oposição de deputados, teve de rever sua posição.

Formalmente, o PSL deixou a base do governador fluminense, mas delegou aos filiados a possibilidade de decidir se mantêm seus indicados na administração estadual. Atualmente, indicados do PSL ocupam 40 cargos, incluindo duas secretarias estaduais.

Bivar: presidente não tem mais relação

Ainda sobre o tema, o presidente do PSL disse nesta quarta-feira (9) considerar que Bolsonaro já decidiu pela saída do partido.

"Quando ele diz a um estranho para esquecer o PSL, mostra que ele mesmo já esqueceu. Mostra que ele não tem mais nenhuma relação com o PSL", afirmou.

Bivar disse não entender o que motivou o presidente a dar tais declarações. "Ontem mesmo, eu recebi um convite para ir a uma cerimônia no Palácio do Planalto e tinha um jantar marcado com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Então, não vi indicativo nenhum", comentou.

Para ele, a intenção do presidente ao atacar o PSL é mostrar que não tem envolvimento com denúncias sobre irregularidades envolvendo a candidaturas de mulheres que seriam laranja para obter recursos públicos. "Acho que ele quis sair porque tem preocupação com as denúncias de laranjas. Ele quer ficar isento dessas coisas", afirmou Bivar.

Na semana passada, o Ministério Público de Minas Gerais denunciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por irregularidades envolvendo candidaturas de mulheres nas eleições de 2018. Antônio presidia o PSL mineiro à época.

Cálculo político

Outro fator apontado pelo presidente do PSL para justificar o ataque de Bolsonaro à legenda seria um cálculo político do presidente para garantir a sua reeleição. "Ninguém é eleito presidente sem ter acertos. Como ele vem em um processo de reeleição, talvez ele saiba qual é o melhor caminho a ser seguido. Espero que ele tenha sucesso", disse.

Ainda que a saída de Bolsonaro possa provocar uma debandada no PSL, Bivar afirma não se preocupar com um eventual esvaziamento da legenda. "Redução ou aumento da bancada não representa nada, o importante é manter a nossa linha de conduta e dignidade", afirmou.

Ele diz ainda que as bancadas no Congresso continuarão apoiando as pautas do governo. "Nenhuma turbulência vai alterar o comportamento do partido", disse.

Questionado sobre se pretendia procurar Bolsonaro para conversar, Bivar afirmou não ver motivos para procurá-lo agora. "Tenho que respeitar a posição dele, não vou ser invasivo ou inconveniente", afirmou.

As informações são do Estadão Conteúdo e do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

ÀS VÉSPERAS DA ELEIÇÃO

Entrada da casa própria vai sair de graça? Governo libera verba para que parlamentares quitem parte de imóveis do Casa Verde e Amarela em suas regiões

11 de setembro de 2022 - 13:04

Uma brecha na lei de criação do programa habitacional permitirá o uso de emendas parlamentares para reduzir ou quitar a entrada nos financiamentos

IMPASSE CONTINUA

Vitória do governo ameaçada? FUP vai à Justiça para anular resultado de assembleia que elegeu novo conselho da Petrobras (PETR4)

19 de agosto de 2022 - 20:20

A FUP vai centrar argumentação contra a eleição a conselheiros de dois nomes barrados pelo Comitê de Elegibilidade da estatal

A CONTRAGOSTO

Indicados pelo governo — incluindo dois nomes barrados pela Petrobras (PETR4) — são aprovados para conselho de administração da estatal

19 de agosto de 2022 - 16:22

Jônathas Castro e Ricardo Soriano foram rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, mas eleitos hoje com os votos da União

Alguém tem que pagar...

Governo vai baixar preço do diesel e da gasolina com novo decreto, mas medida atrasará cumprimento de metas ambientais

22 de julho de 2022 - 13:08

A notícia é ruim para o meio ambiente, mas boa para os caminhoneiros: segundo o ministro de Minas e Energia o decreto provocará um queda de mais de R$ 0,10 na gasolina e no diesel

PRÉVIA DO BALANÇO

Petrobras (PETR4) registra queda na produção do segundo trimestre — veja o que atrapalhou a estatal

21 de julho de 2022 - 18:24

Considerado uma “prévia” do balanço, o relatório mostra que a petroleira produziu 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed)

SUGESTÃO REJEITADA

Governo ignora parecer da Petrobras (PETR4) e indicará dois nomes barrados pela estatal para o conselho de administração

20 de julho de 2022 - 20:00

Jônathas de Castro, secretário da Casa Civil e Ricardo Soriano de Alencar, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, foram bloqueados por conflito de interesses

MAIS UM FIASCO?

Bolsonaro promete 50 embaixadores em reunião para falar de fraude em urnas eletrônicas, mas Estados Unidos, Japão e Reino Unido não confirmam presença

17 de julho de 2022 - 17:16

Os presidentes do STF e TSE também devem faltar ao encontro, convocado pelo presidente para discutir a nunca comprovada fraude nas eleições de 2014 e 2018

ELEIÇÕES 2022

As alianças se consolidam: Rodrigo Garcia e Tarcísio selam acordos na disputa por um lugar no segundo turno em São Paulo

8 de julho de 2022 - 11:55

Tarcísio de Freitas (Republicanos) consegue apoio de Kassab; Rodrigo Garcia (PSDB) fecha com União Brasil

DESESTATIZAÇÃO NA B3

Barrados no baile: com IPO suspenso pela justiça, Corsan e governo do RS estudam medidas para retomar privatização

7 de julho de 2022 - 19:33

Os planos da estatal de saneamento do Rio Grande do Sul foram barrados pelo Tribunal de Contas do Estado, que pede ajustes na modelagem da oferta

POLÊMICA NA ESTATAL

Caixa revela que sabia de denúncia de assédio contra Pedro Guimarães desde maio e aponta presidente interina

30 de junho de 2022 - 20:14

A Corregedoria aguardou até que o denunciante apresentasse um “conjunto de informações” suficiente para prosseguir com a investigação contra Pedro Guimarães

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar