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Centauro pretende captar até R$ 908 milhões no primeiro IPO na bolsa brasileira em 2019

Grupo SBF

Centauro

A rede de varejo de produtos esportivos Centauro deu início nesta semana à fase de apresentações a investidores no mercado de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A primeira abertura de capital na bolsa brasileira neste ano pode movimentar até R$ 908 milhões.

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O volume previsto para o IPO do Grupo SBF, dono da Centauro, tem como base o teto da faixa indicativa do preço por ação, definido entre R$ 12,10 e R$ 14,70. O valor final será determinado conforme a demanda do mercado pelos papéis.

Se as ações saírem no teto da faixa, a Centauro pode chegar à bolsa avaliada em R$ 3,157 bilhões.

Entre 10% e 15% das ações na oferta serão destinadas aos investidores no varejo. Os pedidos de reserva começam no próximo dia 1º e vão até 12 de abril. A definição do preço por ação acontece no dia 15.

Essa é a segunda tentativa de abertura de capital da empresa, que desta vez pode ser prejudicada pelo aumento da temperatura política em Brasília.

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Coordenadores e credores

Um dado importante para você ficar de olho, caso se interesse em virar sócio da Centauro na bolsa: parte dos recursos captados no IPO será usada para pagar dívidas com alguns dos bancos que coordenam a oferta, como Bradesco BBI, o Itaú BBA e o BB Investimentos.

Para reduzir a possibilidade de um conflito de interesses, o BTG Pactual vai atuar como coordenador adicional da operação. Além dos quatro bancos, o Goldman Sachs e o Credit Suisse atuam na oferta.

Embora pretenda usar a maior parte dos recursos para abater dívidas, a situação financeira da Centauro é relativamente tranquila. A companhia encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 115,3 milhões, menos da metade do Ebitda (medida de geração de caixa) anual, que foi de R$ 260,7 milhões em 2018.

Outra parcela do dinheiro obtido no IPO será usado na abertura e reforma de lojas da Centauro, que possui uma rede com 192 unidades, localizadas principalmente em shoppings.

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No ano passado, a varejista registrou lucro líquido de R$ 148,7 milhões, queda de 38,3% em relação ao resultado de 2017. A receita líquida, porém, aumentou 15,6%, para R$ 2,275 bilhões.

O grupo SBF é controlada atualmente por Sebastião Vicente Bomfim Filho, sócio-fundador e que detém 62% das ações, e pela GP Investimentos, que possui o controle dos 36% restantes. Nenhum dos dois sócios venderá suas ações no IPO.

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