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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Análise

IPCA reforça corte da Selic em dezembro, mas ilustra “cautela” do BC

Inflação é a menor em 20 anos, mas olhando com cuidado já é possível ver elementos que justificam postura mais cautelosa do BC

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Imagem: Shutterstock

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a menor em 20 anos em outubro, variação de 0,10%. Em 12 meses, estamos correndo abaixo do centro da meta de 2,75%, com leitura de 2,54%. Ainda assim, se olharmos com cuidado já é possível enxergar alguns elementos que levaram o Banco Central (BC) a falar em “cautela” com novos cortes da Selic.

De forma resumida, temos que a inflação baixa do mês decorreu, basicamente, da queda no preço da energia (mudança de bandeira tarifária). Outros componentes, notadamente serviços, que captam o momento do ciclo econômico, tiveram breve avanço. A tímida reação da atividade já estaria começando a chegar à inflação?

Antes que o leitor me xingue, não há nada que assuste ou aborte a sinalização de novo corte de meio ponto da Selic, feita pelo próprio BC, na reunião de dezembro do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas o resultado ajuda a embasar a mensagem de cautela passada na última decisão do BC.

Voltando à ata da última reunião do Copom temos que “o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo”.

O próprio BC explica o motivo. Estamos em águas nunca navegadas em termos de juros nominais (5%) e reais (ao redor de 1%). Ou como diz o BC: “faltam comparativos na história brasileira para o atual grau de estímulo”.

“Tendo em vista que a política monetária opera com defasagens sobre a economia, especialmente sobre o nível de preços, os fatores avaliados tendem a aumentar a incerteza sobre os canais de transmissão da política monetária”, diz o BC.

Não por acaso, essa preocupação passou a fazer parte do balanço de riscos, que lista os vetores que podem levar a inflação a ficar abaixo ou acima do esperado.

Essa incerteza de que como a formação de preço e a atividade vão reagir ao juro historicamente baixo, se contrapõe à fraqueza da atividade e a possibilidade de inércia inflacionária. A interação dessas duas forças, somadas à continuidade da agenda de reformas e cenário externo, é que ditarão até que ponto o BC segue cortando o juro.

A mediana do mercado está em 4,5%, mas os grandes bancos e outras casas firmam posição em 4%, avaliando que há espaço para redução e meio ponto em dezembro e mais dois ajustes de 0,25 ponto em fevereiro e março de 2020.

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