🔴 É HOJE: CHANCE DE BUSCAR ATÉ R$ 1 MILHÃO PARTINDO DE R$ 3.125 NO DESAFIO MIL MILIONÁRIOS – PARTICIPE AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Direção defensiva

O sinal está amarelo para os mercados — e o Ibovespa redobrou a atenção na semana

O Ibovespa teve leve alta nesta sexta-feira, mas o saldo da semana foi negativo. Os mercados exibem certa cautela, aguardando ansiosamente a decisão de política monetária do Fed e do Copom

Victor Aguiar
Victor Aguiar
26 de julho de 2019
10:29 - atualizado às 9:44
Sinal amarelo
Ibovespa fechou a semana abaixo dos 103 mil pontos; mercados estão atentos às decisões de política monetária no mundo - Imagem: Shutterstock

Entre a segunda metade de maio e o início de julho, o Ibovespa entrou numa trajetória amplamente positiva. Com a tramitação da reforma da Previdência avançando no Congresso, o índice encontrou pistas livres e faróis abertos — e aproveitou para chegar rápido às máximas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em pouco mais de um mês e meio, o Ibovespa saiu do nível dos 90 mil pontos e chegou ao patamar inédito dos 105 mil pontos, refletindo o otimismo dos mercados em relação à aprovação das novas regras da aposentadoria e à melhoria da situação fiscal do país.

Só que, passada a primeira semana de julho, o trajeto dos agentes financeiros começou a ficar mais congestionado. Em primeiro lugar, o Congresso entrou em recesso e, com isso, a tramitação da Previdência só será retomada em agosto. Em segundo, a proximidade do fim do mês traz consigo uma espécie de ponto de inflexão para os mercados.

O dia D será na próxima quarta-feira (31), quando o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central do Brasil (BC) divulgam suas decisões de política monetária. E, embora os mercados apostem que ambas as instituições irão promover cortes nas taxas de juros dos dois países, um sinal amarelo se acendeu no semáforo.

E, com o alerta visual, o Ibovespa tem dirigido com a atenção redobrada: o principal índice da bolsa brasileira até teve uma ligeira alta de 0,16% nesta sexta-feira (26), aos 102.818,93 pontos, mas, na semana, acumulou baixa de 0,61% — é a terceira semana consecutiva em que o Ibovespa termina com saldo negativo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas veja bem: a cor do sinal é amarela, e não vermelha. Isso porque não é possível dizer que os mercados tenham freado, já que, no mês de julho, o Ibovespa ainda acumula alta de 1,83%. E, é sempre bom lembrar, o índice se mantém acima do nível de 100 mil pontos desde 19 de junho.

Leia Também

O dólar à vista também reflete essa cautela e apresenta um comportamento semelhante ao do Ibovespa: a moeda americana caiu 0,25% hoje, a R$ 3,7725, mas fechou a semana com ganho de 0,71% — no mês, o dólar à vista ainda tem queda de 1,77%.

Mas o que, exatamente, causa esse sentimento de cautela aos mercados? Bom, um evento na Europa nesta semana era visto como uma espécie de prévia para as decisões do Fed e do BCB — e os sinais vindos do velho continente não corresponderam às expectativas dos agentes financeiros.

De olho nos juros

Na quinta-feira (26), o Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se para deliberar sobre a política monetária da zona do euro. E, considerando a fraqueza da economia da região, os mercados trabalhavam com dois cenários: ou a manutenção dos juros — mas com uma sinalização de corte para a próxima reunião —, ou uma redução imediata.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Só que o órgão não fez nenhuma das duas coisas. A instituição manteve os juros no patamar atual e não mostrou urgência para diminuir as taxas no bloco — pelo contrário: o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que os diretores sequer discutiram a hipótese de corte já na última quinta-feira, e que, atualmente, o grupo ainda não vê sinais de recessão iminente na região.

Essa quebra de expectativa funcionou com uma espécie de choque de realidade aos mercados, que mostravam-se cada vez mais confiantes quanto à possibilidade de cortes agressivos de juros por parte do Fed e do BCB na próxima quinta-feira. Assim, a postura das autoridades europeias obrigou um ajuste nos ativos globais.

Vale ponderar que o diagnóstico do BCE quanto ao estado da economia da zona do euro não pode ser entendido como uma notícia ruim: ora essas, estar longe da recessão é ótimo. Só que os mercados davam como certo que os estímulos monetários estavam prestes a serem disparados — e, quanto menores os juros, mais atrativo é o mercado de ações.

Desta maneira, a sinalização do BCE provocou uma recalibragem nas apostas: o cenário de corte agressivo de taxas nos EUA e no Brasil parece mais distante, e a maior parte do mercado, agora, parece acreditar numa redução de 0,25 ponto percentual nas taxas dos dois países nesta quarta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, de qualquer jeito, quem apostava numa redução de 0,50 ponto percentual teve que recalcular a rota: com isso, as bolsas globais tiveram um dia bastante negativo na última quinta-feira, inclusive o Ibovespa.

Sinais

Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os agentes financeiros passaram os últimos dias atentos aos sinais emitidos pelas economias locais, numa tentativa de se antecipar ao movimento dos bancos centrais.

E um dado se destacou nesta sexta-feira: o PIB dos EUA no segundo trimestre, mostrando crescimento à taxa anualizada de 2,1%, uma desaceleração em relação ao avanço de 3,1% registrado entre janeiro e março deste ano — e esse ritmo mais lento de expansão dá força ao argumento de que o Fed deve cortar juros.

No entanto, parte do mercado aguardava por um dado ainda mais fraco do PIB americano — assim, por mais que o número tenha desacelerado, pode haver a percepção de que a economia do país não está tão desaquecida quanto o imaginado e, assim, o Fed não teria tanta urgência para reduzir as taxas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Considerando essas duas interpretações, o saldo aponta para um consenso cada vez maior no mercado de que o BC americano deve reduzir os juros do país em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira — um meio termo entre a agressividade e a suavidade.

E as bolsas americanas reagiram de acordo: o Dow Jones fechou o pregão desta sexta em alta de 0,19%, o S&P 500 avançou 0,74% e o Nasdaq teve ganho de 1,11% — este último foi positivamente influenciado pelo bom desempenho das ações do setor de tecnologia, como Alphabet e Twitter, que reportaram balanços trimestrais fortes.

Balanços, balanços, balanços

A temporada de resultados trimestrais também influenciou o comportamento do Ibovespa, uma vez que diversos pesos-pesado do índice divulgaram seus números ao longo da semana, com destaque para Bradesco, Santander Brasil, Ambev e Cielo.

Nesta sexta-feira, outras duas empresas que compõem o Ibovespa reportaram seus balanços: a Usiminas e a Ecorodovias. E as ações de ambas as companhias reagiram positivamente: os papéis PNA da siderúrgica (USIM5) subiram 1,38%, enquanto os ativos ON da operadora de concessões rodoviárias (ECOR3) avançaram 2,79%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas não foram apenas os balanços que mexeram com o noticiário corporativo. Hoje, por exemplo, as ações da Petrobras reagiram negativamente aos dados operacionais divulgados pela estatal: os papéis PN (PETR4) recuaram 2,79%, enquanto os ONs (PETR3) tiveram baixa de 3,12%.

Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, os dados de produção mostraram certa fraqueza no lado operacional da companhia. A estatal produziu 2,553 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre, uma queda de 0,4% na base anual.

"Uma produção mais fraca pode sinalizar um segundo trimestre não muito forte para a empresa", diz Pereira, destacando ainda que a estatal cortou em 3,6% sua perspectiva de produção no ano, para 2,7 milhões de boed. "Essa revisão muda um pouco a perspectiva para a companhia".

E a Selic?

Por aqui, os mercados também parecem convencidos de que o Banco Central irá promover um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta quarta-feira — e, com esse cenário em mente, os agentes financeiros têm promovido ajustes pontuais nos DIs.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta sexta-feira, as curvas de juros com vencimento em janeiro de 2020 ficaram estáveis em 5,59%, enquanto as para janeiro de 2021 subiram de 5,45% para 5,46%. Na ponta longa, os DIs para janeiro de 2023 recuaram de 6,35% para 6,31%, enquanto os com vencimento em janeiro de 2025 tiveram baixa de 6,90% para 6,87%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar