Para secretário de Produtividade, chegou a hora de dar valor a quem produz no Brasil
Carlos da Costa apresentou equipe que vai trabalhar para aumentar a produtividade, gerar empregos e livrar as empresas das “bolas de ferro” que dificultam o crescimento
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, afirmou que os objetivos da sua pasta são aumentar a produtividade brasileira, gerar empregos e tornar as empresas brasileiras livres “de amarras e bolas de ferro” que dificultam a geração de valor no país.
Costa apresentou a nova estrutura, que faz parte do Ministério da Economia, em evento para empresários no Itamaraty. Foram redesenhadas 12 secretarias que estavam em quatro ministérios. Agora, além da secretaria especial há uma secretaria-executiva e quatro secretarias temáticas.
Costa fez um discurso liberal ao destacar que é o setor produtivo e não o governo e governantes que geram crescimento econômico. O Estado tem atuado como fator de atraso para o desenvolvimento das empresas e trabalhadores e sua meta e mudar essa relação. “Temos que destruir o que não funciona.”
O secretário fez questão de afirmar que não houve influência política na formação da equipe e ressaltou que chegou a hora de “dar o devido valor a quem produz e cria valor”, para que não seja mais necessário vir a Brasília “de pires na mão”, pedindo proteção, subsídios ou outra forma de sobreviver.
Segundo Costa, seu grupo vai trabalhar com coragem para “destruir as barreiras à competitividade” e que os sobreviventes até aqui, são heróis.
Carlos da Costa foi aplaudido enquanto falava sobre o lema “mais Brasil e menos Brasília” e dizia que “temos de lembrar que somos servidores públicos e ouvir o que vocês têm a dizer, vocês são a verdade”.
O secretário especial falou em construir uma agenda positiva com as associações e federações do setor privado, que segundo Costa, estão cansadas de andar de pires na mão “para pedir medidas compensatórias aos problemas causados pelo Estado”.
A ideia de Costa é utilizar as “mesas executivas”, que reúnem governo e setor privado com o foco de trabalhar para reduzir o que dificulta a atividade produtiva.
Costa voltou a ser aplaudido ao falar dos assuntos proibidos nessa relação governo/empresariado: subsídios, proteção e gasto público.
Em breve conversa com a imprensa após sua apresentação, Costa afirmou que não há uma meta formal para a criação de empregos, mas lembrou que ao longo da campanha do presidente Jair Bolsonaro o número falado foi de 10 milhões de postos de trabalho. Costa também afirmou que há milhões de dólares prontos para aportar no Brasil, mas que antes é preciso melhorar a segurança jurídica e facilitar o ambiente de negócios.
Secretarias
Secretário-adjunto – Igor Calvet – Especialista em políticas públicas e ex-secretário do extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade - César Mattos – Economista e ex- conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura – Diogo Mac Cord – Mestre em administração pública por Harvard com passagens pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Fiesp e KMPG.
Secretário de Políticas Públicas para o Emprego – Fernando de Holanda Babosa Filho – Pesquisador do Ibre-FGV e ex-secretário-adjunto de Política Econômica no extinto Ministério da Fazenda. Barbosa afirmou que sua secretaria vai realizar o planejamento, execução e mensuração das medidas voltadas ao treinamento da mão de obra.
Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação – Caio Megale – Ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, com passagem como economista do Lloyds Asset, Máxima Asset, Gávea Investimentos e Mauá Investimentos.
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