Fed mantém taxa de juros e reafirma paciência
BC americano afirmou taxa entre 2,25% e 2,5% e voltou a falar em sólido crescimento econômico. Presidente Jerome Powell disse que comitê está confortável com atual política monetária

O Federal Reserve (Fed), banco central americano, manteve a taxa básica de juros entre 2,25% e 2,5%, e reafirmou “paciência” no ajuste das condições futuras da política monetária.
O resultado veio dentro do esperado pelo mercado e junto com a decisão, foi anunciada uma redução na taxa que o Fed remunera o excesso de reservas bancárias depositadas junto à instituição, de 2,4% para 2,35%.
A reação do mercado foi brevemente positiva. O Dow Jones subiu 0,20%, acelerando de 0,11% antes da decisão. O S&P ganhava 0,18%, contra 0,10%, e o Nasdaq tinha valorização de 0,21%, desacelerando de 0,4%. Mas na última meia hora de pregão o humor mudou e os índices fecharam em baixa de 0,61%, 0,57% e 0,75%, respectivamente, mesmo com o tom neutro da decisão e da entrevista do presidente Jerome Powell.
No comunicado apresentado após a decisão, o Fed fala que a economia cresce a uma “taxa sólida”, contrastando com a avaliação de desaceleração com relação a essa “taxa sólida” na sua reunião de março.
No lado da inflação, o BC fala que as medidas “recuaram” e estão rodando abaixo de sua meta de 2%, em comparação com a avaliação anterior de preços ao redor da meta.
Entrevista
O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que os dados de crescimento e do mercado de trabalho vieram mais fortes do que o antecipado, enquanto a inflação surpreendeu para baixo, refletindo a queda no preço do petróleo no começo do ano.
Ainda assim, o Powell reafirmou ao longo da entrevista que o Fed está confortável com o desenho atual da política monetária e que o comitê não leva em conta flutuações de curto prazo. “O comitê está confortável com a nossa política atual.”
A inflação baixa, disse ele, permite que o Fed seja paciente em determinar os próximos passos da política monetária e que movimentos de alta ou baixa são considerados apenas quando há mudanças de tendência nos preços, mas que esse não parece ser o caso agora.
Com relação ao crescimento, Powell disse esperar um resultado “saudável” para o restando do ano, com alguma recuperação do consumo e do investimento.
O Fed também vê condições financeiras melhores que na reunião de março, reflexo das ações de política monetária e fiscal não só nos EUA, mas de outros países.
O sistema financeiro está sólido e bem capitalizado e eventual preocupação com o estoque de dívida não financeira decorre do impacto que esse ambiente poderia ter no crescimento futuro da economia.
Sobre as reclamações e pressões do presidente Donald Trump, Powell voltou a dizer que o Fed não é uma instituição política com preocupações de curto prazo e que a instituição mantém o foco na sua missão de manter a inflação próxima de 2% com pleno emprego.
Agenda econômica: inflação no mundo e atividade no Brasil são os destaques da semana
A inflação medida pelo IPCA é o principal dado da agenda econômica local; no exterior, atenção para o BCE e os juros da zona do euro
Powell derruba as bolsas mundo afora ao dar um alerta que o mercado não queria ouvir — veja o recado do presidente do Fed em Jackson Hole
O tão aguardado discurso do chefão do maior banco central do mundo aconteceu depois da divulgação de dados que mostraram que a inflação perdeu força nos EUA e, ainda assim, os investidores não gostaram do que ouviram; entenda por quê
O conclave dos banqueiros centrais vai começar: saiba o que esperar do simpósio de Jackson Hole
Foi em Jackson Hole que Jerome Powell previu erroneamente que a inflação nos Estados Unidos seria um fenômeno transitório
Agenda econômica: simpósio de Jackson Hole é destaque; semana também conta com dados de inflação no Brasil e nos EUA
O simpósio de Jackson Hole deve trazer sinalizações importantes por parte do Federal Reserve (Fed) quanto ao futuro dos juros no país
Fed carrega na tinta da ata e pinta um quadro que o mercado não gostou; entenda
Wall Street seguiu operando em queda depois da divulgação do documento, que deixou em aberto os próximos passos que o banco central norte-americano pode adotar
Agenda econômica: ata do Fed, dados de varejo nos EUA e inflação na zona do euro são os destaques da semana
A ata da última reunião do Fed é o principal dado da agenda econômica; a inflação ao consumidor (CPI) na Europa também é destaque
Máquina de gerar empregos dos EUA passa por cima do S&P 500 — entenda o que atropelou o índice hoje
O mercado de trabalho norte-americano adicionou 528.000 novas vagas em julho, superando facilmente uma estimativa da Dow Jones de um aumento de 258.000; a taxa de desemprego fica abaixo do previsto e cai para 3,5%
‘Estou confiante de que teremos uma recessão nos EUA dentro dos próximos 18 meses’, diz ex-secretário do Tesouro americano
Lawrence Summers esteve presente na Expert XP 2022, onde fez duras críticas ao Fed e à política monetária dos Estados Unidos.
A explosão de ganhos patrocinada pelo Fed: entenda por que o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones renovaram máximas
O banco central norte-americano elevou pela segunda vez seguida a taxa de juro em 0,75 ponto percentual, mas calibre do aumento não assustou os investidores em Wall Street
Powell fala o que os investidores queriam ouvir — saiba o que o chefe do Fed disse e que fez Wall Street disparar
O banco central norte-americano anunciou a segunda alta de 0,75 ponto percentual seguida da taxa de juro, mas o mercado não se assustou com o calibre do aperto; entenda o que ajudou as bolsas a subirem
Leia Também
-
Tony Volpon: Recessão nos EUA ou pouso suave? O que esperar da maior economia do mundo em 2024 — e um conselho para o seu bolso
-
Nem tudo o que reluz é ouro? Metal precioso atinge cotação recorde no mercado à vista — e analistas acreditam que o preço vai continuar subindo
-
Powell responde à pergunta do milhão: o Fed vai finalmente cortar os juros nos EUA?
Mais lidas
-
1
Os “bilionários da vergonha”: Forbes cria lista de ricaços suspeitos com menos de 30 anos — e um deles pode ser condenado a 115 anos de cadeia
-
2
Provocamos o ChatGPT e ele revelou 6 números para apostar na Mega da Virada; saiba quais são
-
3
Misterioso vencedor da Mega-Sena joga R$ 1 milhão 'pelo ralo', ChatGPT revela números para apostar na Mega da Virada e o 'fim da Binance': confira os destaques do na semana