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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
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Fed corta juros e indica pausa para avaliação

Decisão do BC americano foi novamente dividida. Com dois diretores votando pela estabilidade. Powell diz que atual instância da política monetária deve seguir apropriada

Eduardo Campos
Eduardo Campos
30 de outubro de 2019
15:05 - atualizado às 16:26
Jerome Powell, presidente do federal reserve olha ressabiado para o público
O presidente do maior Banco central do mundo discursa hoje. Quais as expectativas? - Imagem: Federal Reserve

O Federal Reserve (Fed), banco central americano, fez novo corte de juro, o terceiro seguido, trazendo a taxa básica para o intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano, de 1,75% a 2%. Como das outras vezes, a decisão não foi unânime, com dois votos pela manutenção.

A reação dos mercados foi comedida. Pouco antes da divulgação, os principais índices acionários operavam com leve baixa e seguiram assim após a decisão. Mas no decorrer da entrevista de Jerome Powell, que acenou um Fed "em pausa", mas sem fechar completamente a porta para novas reduções, os compradores apareceram. Por volta das 16 horas, o Ibovespa tinha leve alta de 0,27%, enquanto o dólar caía 0,10%, a R$ 3,9987. Em Wall Street, Dow Jones subia 0,20%. Veja aqui a cobertura dos mercados.

No comunicado apresentado após a decisão, o Fed afirma que vai continuar monitorando os dados enquanto avalia o caminho adequado para as taxas de juros. O Fed deixou de falar que iria atuar de maneira apropriada para sustentar a expansão da economia, expressão que vinha servindo como uma senha para novas reduções. A próxima reunião acontece nos dias 10 e 11 de dezembro.

Sobre atividade, o Fed mantém avaliação de crescimento em ritmo moderado com forte mercado de trabalho. A inflação medida sob diversas formas segue rodando abaixo da meta de 2%. O Fed também reduziu o juro sobre as reservas bancárias que são depositadas junto à instituição para 1,55% de 1,8%.

Fala Powell

Em sua apresentação inicial, o presidente Jerome Powell, disse que o Fed avalia que atual instância da política monetária deve seguir apropriada, desde que os dados econômicos mantenham consistência com o cenário-base, de crescimento moderado, mercado de trabalho forte e inflação rumando para meta de 2%.

"Acreditamos que a política monetária está em um bom ponto para atingir esses resultados", disse.

Falando do rumo futuro da política monetária, Powell ressaltou que o Fed seguirá monitorando os dados, bem como os efeitos dos cortes já realizados, que ainda terão efeito pleno sobre o lado real da economia.

Powell também disse que o Fed responderá a qualquer evento que cause uma "reavaliação material" do cenário-base.

O corte de juros, segundo Powell, foi feito diante das incertezas trazidas pelo menor crescimento global e tensões comerciais. Com esse ajuste da política, o Fed acredita que deu um significativo suporte à economia americana, que entra no seu 11º ano de expansão.

O presidente também voltou a afirmar que a compra de títulos do Tesouro e as operações de mercado aberto, para manter a liquidez no sistema financeiro, não devem ser confundidas com ações de política monetária. São, medidas técnicas, que serão mantidas até o segundo trimestre de 2020. O Fed também estuma medidas que estimulem o próprios bancos a atuar no mercado interbancário, provendo liquidez.

Na sessão de perguntas, Powell explicou que o Fed monitora de perto três riscos principais. Redução do crescimento mundial, incertezas comerciais, que têm mostrado reflexos negativos sobre confiança e investimento, e inflação persistentemente abaixo de 2%.

Sem bolhas

Questionado sobre o comportamento do preço dos ativos e estabilidade financeira, Powell disse que se olharmos para o preço dos ativos, alguns estão altos, mas não é algo generalizado. "Não vemos bolhas ou coisas do tipo", disse.

O presidente ponderou, no entanto, que o Fed observa com atenção o endividamento e alavancagem das empresas, que está em patamar historicamente elevado.

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