Bancos europeus cortam custos e taxam depósitos, em cenário de juros baixos
Bancos vivem um dilema: cortar custos rapidamente ou correr o risco de ficar ainda mais atrás de seus concorrentes nos Estados Unidos
As taxas de juros muito baixas e a incerteza política e econômica estão forçando os bancos europeus a enfrentar um imperativo ao qual eles têm demorado a responder: cortar custos rapidamente ou correr o risco de ficar ainda mais atrás de seus concorrentes nos Estados Unidos.
O Deutsche Bank está passando por mudanças profundas, eliminando muitas de suas ambições globais para focar mais em empresas alemãs. Outros bancos na Alemanha, Suíça e Espanha começaram a cobrar clientes ricos e corporativos por seus depósitos. O Credit Suisse começará em breve a cobrar clientes com mais de US$ 2 milhões em depósitos a uma taxa de juros de 0,75%.
As taxas de juros estão baixas na Europa há anos, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) tenta usar a ferramenta para incentivar empresas e famílias a gastar. Mas as economias no continente começaram a mostras sinais de desaceleração e o BCE foi forçado a dobrar a aposta na estratégia, preparando o cenário para um ambiente de taxas baixas nos próximos anos.
Embora cobrar dos clientes ajude, não é suficiente. Por isso, os bancos estão buscando também formas de atrair depositantes para fazer investimentos que gerem taxas. O ING, por exemplo, fez uma parceria com a seguradora francesa AXA para oferecer produtos de seguros aos clientes.
"Bancos estão analisando mais a eficiência de custos e buscando encontrar um novo modelo de negócios que permita melhores oportunidades de vendas cruzadas", diz o vice-chefe da equipe de bancos da agência de classificação Scope Ratings, Marco Troiano.
*Com informações da Dow Jones Newswires.
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