Mercado volta atenção para PIB dos EUA
Primeira leitura do PIB dos EUA no início deste ano é o destaque do dia e pode mostrar força da economia norte-americana e do dólar
A sexta-feira esvazia Brasília, deixando de lado o tema reforma da Previdência, que também pode ficar em segundo plano na semana que vem, por causa do feriado na quarta-feira (Dia do Trabalho). Com isso, o radar do mercado local se volta para o exterior, onde o destaque fica com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
À espera dos números, os ativos de risco lá fora estão no vermelho. As perdas na Ásia contaminam o pregão na Europa e em Nova York, onde a temporada de balanços segue a pleno vapor. A Bolsa de Xangai liderou a queda na região, ao cair 1,2%, abaixo da marca dos 3,1 mil pontos e acumulando recuo de 5,6% na semana, o maior em seis meses.
Já o dólar caminha para a segunda semana de ganhos, acompanhando o avanço dos títulos norte-americanos (Treasuries). Nos últimos dias, as apostas de que a economia dos EUA segue firme, enquanto outras grandes economias no mundo estão perdendo tração, fortaleceram os ativos do país, em uma tentativa de disparar um novo rali.
A moeda norte-americana subiu ao maior nível desde dezembro, em meio à percepção de que o cenário em países europeus e asiáticos - além de Canadá e Austrália - está mais sombrio. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve moderou a perspectiva em relação à taxa de juros nos EUA neste ano, eliminando as duas chances de alta esperada para 2019.
Em contrapartida, a aversão a risco entra no radar dos demais países, principalmente os emergentes. Turquia e Argentina estão mal, o que mantém o peso e a lira pressionados hoje, enquanto no Brasil a economia não anda e a reforma da Previdência ainda traz cautela. A magnitude e o timing continuam sendo os maiores riscos.
Entre as economias desenvolvidas, a Inglaterra pode entrar em colapso por causa do Brexit; a Alemanha tem problemas com os bancos e o Japão aumenta a preocupação com a expansão global. Diante disso, a libra esterlina segue vulnerável, enquanto o petróleo volta a cair.
Leia Também
PIB dos EUA em destaque
Mas o que vai definir o rumo dos mercados globais hoje é a primeira leitura do PIB dos EUA nos três primeiros meses deste ano. O dado será divulgado às 9h30 e a expectativa é de crescimento de 2,1%, com a economia norte-americana mantendo o ritmo de expansão, após avançar 2,2% ao final de 2018.
É válido lembrar que o primeiro trimestre de 2019 foi marcado por uma paralisação do governo dos EUA (shutdown), em meio à falta de acordo entre republicanos e democratas em relação à verba para a construção de um muro na fronteira com o México. O período também foi marcado por um inverno rigoroso.
Ainda no calendário norte-americano, às 12h, sai a versão revisada da confiança do consumidor em abril. No Brasil, também serão conhecidos (8h) índices de confiança nos setores de serviços e da construção civil neste mês. Às 10h30, o Banco Central informa os dados sobre as operações de crédito e a inadimplência no país em março.
A mão forte do presidente
O presidente Jair Bolsonaro voltou a mostrar sua postura intervencionista nas empresas estatais. Após o episódio sobre o aumento do preço do diesel, que abalou a Petrobras, desta vez, o Banco do Brasil teve de ceder às pressões do governo. Porém, o que predominou agora foi a “agenda de costumes”.
A pedido de Bolsonaro, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, demitiu o diretor de marketing do banco e mandou tirar do ar uma campanha publicitária dirigida ao público jovem, com atores que representavam a diversidade racial e sexual. A propaganda foi suspensa no domingo passado, depois que o presidente assistiu ao filme.
A linguagem mais moderna era um objetivo do próprio Moraes, que visa competir com as fintechs, que têm entre os jovens seus maiores adeptos. Trata-se, portanto, do segundo episódio de ingerência no Banco do Brasil. Logo que assumiu o posto, Novaes nomeou como assessor pessoal o filho do vice-presidente, Hamilton Mourão, triplicando o salário.
Ainda na esfera das estatais, a Petrobras fechou três contratos de venda de ativos no valor de US$ 10,3 bilhões, dando continuidade ao plano de desinvestimento da petrolífera. Segundo o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, a estratégia viabiliza a redução do endividamento e do custo de capital da companhia. Recentemente, o presidente Bolsonaro admitiu uma "privatização mais ampla" da Petrobras.
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
