🔴 É HOJE: ANALISTA VAI REVELAR AS 10 FORMAS DE GERAR RENDA PASSIVA EM 2025 VEJA COMO ACESSAR

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Volatilidade nos mercados veio para ficar

Trégua ensaiada entre os protagonistas do nervosismo recente nos negócios locais não é garantia de retomada firme dos ativos brasileiros

Olivia Bulla
Olivia Bulla
29 de março de 2019
5:38 - atualizado às 13:41
Congresso e governo deram ontem sinais incipientes de arrefecimento da crise política

O mercado financeiro brasileiro recuperou-se ontem das fortes perdas no dia anterior, em meio aos sinais incipientes de arrefecimento da crise política entre Congresso e governo, mas os investidores devem manter os cintos afivelados, pois a volatilidade veio para ficar. Apesar da trégua ensaiada entre os protagonistas do nervosismo recente nos negócios locais, a chance de uma retomada firme dos ativos é pequena e a história no segundo trimestre pode ser bem diferente do apetite por risco visto nos três primeiros meses deste ano.

Afinal, a confiança do mercado financeiro no governo Bolsonaro já não é tão forte como era. O temor dos investidores vem do desgaste na imagem do presidente após as rusgas entre os poderes, que podem contaminar a opinião pública, e na perda de força do Executivo no Congresso, minando a já frágil coordenação política.

O principal receio é com o impacto desses vetores na reforma da Previdência. Neste último dia útil do primeiro trimestre, é cada vez menor a chance de aprovação da proposta de novas regras para aposentadoria no Congresso ainda neste semestre. Na melhor das hipóteses, existe a possibilidade de votação da proposta na Câmara até junho.

Para isso, o clima em Brasília precisa melhorar e o foco do Palácio do Planalto deve estar mesmo centrado na questão da Previdência, jogando junto com o Congresso na conquista dos votos necessários para aprovar a matéria, em dois turnos. Trata-se de uma tarefa árdua, mas ainda é possível apostar na aprovação neste ano, nas duas Casas.

Assim, os investidores devem adequar seus portfólios ao ambiente político mais desafiador, mas sem perder o otimismo. Ainda é cedo para não acreditar na aprovação da Previdência. Nesse cenário, a ideia central é manter uma posição de valorização da Bolsa, mas ajustada a um cenário de maior volatilidade - e, portanto, com proteção (hedge) em dólar.

Já a Selic deve ficar estável por um período prolongado, com a taxa estacionada em 6,50% ao menos até alguma sinalização firme em relação ao andamento das reformas. Na primeira coletiva de imprensa ontem, o novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não saiu “um centímetro” do que está sinalizado nos documentos da autoridade monetária.

Leia Também

Mas não há tendência clara ainda para o mercado doméstico. Por isso, não se deve assustar muito em momentos de piora, nem animar-se demais em tempos de euforia.

Exterior comanda

Diante desse cenário local, é o exterior que deve comandar o rumo dos mercados domésticos. E os sinais são de que a inversão da curva de juros em vários países sugerem que os negócios com ações atingiram o pico de valorização, cabendo, portanto um ajuste nas bolsas, liderado por Wall Street.

Apesar de, tradicionalmente, o movimento antecipar cenários de recessão econômica à frente, desta vez, a indicação pode ser outra. Uma curva de juros invertida ocorre quando o rendimento (yield) dos bônus mais curtos é superior ao dos títulos mais longos. Trata-se de uma dinâmica que sugere que o crescimento econômico será mais fraco.

Mas mesmo diante do temor de desaceleração econômica global, é a liquidez ainda abundante de recursos pelo mundo que tem feito com que as ações se valorizem até atingirem novos picos, ampliando o rali por ativos de risco. O problema é que tal comportamento não combina com a expectativa de perda de tração da atividade mundial.

Afinal, os dados econômicos mais fracos sugerem que o lucro das empresas (e o retorno aos acionistas) diminua. Ainda assim, enquanto o yield do título norte-americano de 10 anos (T-note) está na faixa de 2,40% nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York seguem em alta, reforçando a recuperação firme neste último dia do primeiro trimestre.

Na Ásia, as principais bolsas também fecharam no positivo, com destaque para o salto de 3,20% em Xangai. O movimento refletiu as renovadas esperanças nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, com a nova rodada de conversas chegando ao fim hoje em Pequim. Mas as tratativas devem ser prolongadas por semanas - ou meses.

Na Europa, as principais bolsas também tiveram uma abertura no azul, neste dia decisivo para o Reino Unido. O Parlamento britânico vota hoje, pela terceira vez, a proposta da primeira-ministra, Theresa May, sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O bloco comum europeu, porém, já se prepara para um Brexit sem acordo.

À espera de um desfecho, a libra esterlina é pressionada e vai na contramão das demais moedas em relação ao dólar. O euro e o iene ganham terreno, assim como o dólar australiano. Já a lira turca segue em queda. Nas commodities, o petróleo avança, apesar do presidente Donald Trump pedir para o cartel de país produtores (Opep) elevar a produção.

Mês acaba com agenda cheia

A agenda econômica desta sexta-feira mantém o ritmo acelerado observado nos últimos dias e está novamente carregada hoje. No Brasil, saem os índices de confiança nos setores industrial e de serviços em março (8h), além dos dados atualizados da taxa de desemprego até fevereiro (9h).

Apesar da geração de quase 200 mil postos de trabalho formais no país no mês passado, na maior alta em quatro anos, o total de trabalhadores desocupados no país deve seguir elevado, em mais de 12 milhões de pessoas, com a renda média ainda reprimida, ao redor de R$ 2,3 mil por mês. Ainda na agenda local, saem os dados fiscais em fevereiro (10h30).

Já no exterior, merecem atenção dados de atividade na Alemanha e no Reino Unido, logo cedo. Nos EUA, merecem atenção os números sobre a renda pessoal e os gastos com consumidor em fevereiro (9h30), além de dados do setor imobiliário (11h) e da leitura final deste mês do índice de confiança do consumidor (12h).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE OLHO NO FRANGO

BRF de escanteio? JBS (JBSS3) é a ação favorita deste bancão para se proteger da volatilidade do setor de frigoríficos

18 de fevereiro de 2025 - 14:00

Os analistas do BTG Pactual coroaram a dona da Seara como a ação predileta entre os frigoríficos — e também como o único papel do setor com recomendação de compra

ESVAZIANDO O CARRINHO

Fim da linha para o Pão de Açúcar? JP Morgan recomenda a venda das ações e PCAR3 lidera perdas do Ibovespa — saiba o que comprar agora

18 de fevereiro de 2025 - 13:30

O banco norte-americano explica os motivos para uma postura mais cautelosa com o setor, de maneira geral, mas elege um ativo como o preferido

ATIVO PREMIUM

BTG tem uma nova ação favorita no setor de shoppings: Multiplan (MULT3) leva a coroa de “top pick” — e aqui estão os motivos

18 de fevereiro de 2025 - 10:36

A Multiplan (MULT3) não é a única ação brasileira de shoppings que atrai a atenção do banco; veja outros dois papéis na mira dos analistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Memórias de uma janela fechada: Ibovespa busca manter alta com Wall Street de volta ao jogo e negociações sobre guerra na Ucrânia

18 de fevereiro de 2025 - 8:01

Diante da agenda fraca, negociações entre EUA e Rússia ocorrem na Arábia Saudita, mas exclui os ucranianos da conversa

REPORTAGEM ESPECIAL

Sócio polêmico, alto endividamento, possível risco no caixa: por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai 90% desde o IPO e o que esperar da ação

18 de fevereiro de 2025 - 6:12

As ações da rede de tratamentos oncológicos praticamente viraram pó desde a estreia na B3, mas há quem acredite que a situação pode ficar ainda mais complexa; entenda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Recuperação técnica?

17 de fevereiro de 2025 - 20:00

É natural também que os primeiros sinais da inversão de ciclo sejam erráticos e incipientes, gerando dúvidas sobre sua profundidade e extensão. Mas não se engane: no momento em que os elementos forem uníssonos e palpáveis, pode ser tarde demais

SOB REVISÃO

Por que a ação do Méliuz (CASH3) chega a cair mais de 10% na B3 hoje — e o que o Banco BV tem a ver com isso

17 de fevereiro de 2025 - 15:42

O desempenho negativo desta sessão vem na esteira do anúncio de atualizações na aliança estratégica com o Banco BV; saiba o que mudou no acordo comercial

HORA DE OLHAR ALÉM

Onde está a ‘mina de ouro’ da Weg (WEGE3)? Para o BTG, um país da América é a fronteira mais promissora para a empresa

17 de fevereiro de 2025 - 14:01

Segundo o banco, investimentos em transformadores colocaram a companhia em posição estratégica para a crescente demanda energética

DESTAQUES DA BOLSA

Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos 

17 de fevereiro de 2025 - 12:54

A empresária pediu ao presidente do Banco Central que não antecipe novas altas na Selic, que hoje encontra-se no patamar de 13,25% ao ano

REAÇÃO AO RESULTADO

Sem dividendos para a Cosan (CSAN3): CEO da Raízen (RAIZ4) revela estratégia após balanço fraco enquanto mercado vê pressão no curto prazo

17 de fevereiro de 2025 - 11:50

O mote da nova estratégia da Raízen para a safra de 2025/2026 será a volta ao “core business”, com busca por eficiência e simplificação dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br

17 de fevereiro de 2025 - 7:52

Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China

CORRIDA PELA DESALAVANCAGEM

Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%

14 de fevereiro de 2025 - 20:08

O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior

PESQUISA

Datafolha: Aprovação de Lula cai ao pior patamar de todos os seus mandatos, enquanto rejeição bate recorde; veja os números

14 de fevereiro de 2025 - 17:56

Queda de 11 pontos em dois meses é inédita, segundo a pesquisa feita com 2.007 eleitores em 113 cidades do Brasil

CENÁRIO MACRO

Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim

14 de fevereiro de 2025 - 16:04

O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas

DESTAQUES DA BOLSA

Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?

14 de fevereiro de 2025 - 14:44

A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado

REAÇÃO AO RESULTADO

Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa

14 de fevereiro de 2025 - 12:22

A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço

TRANSFORMAÇÃO DA VAREJISTA

Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista

14 de fevereiro de 2025 - 10:10

O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump

14 de fevereiro de 2025 - 8:00

Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana

POR QUE PAROU

Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje

13 de fevereiro de 2025 - 19:03

As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou

DESTAQUES DA BOLSA

Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações 

13 de fevereiro de 2025 - 18:24

Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar