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Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado segue atento à cena política

Mercado segue otimista em relação às reformas, mas ainda não se sabe se o caso Bebianno irá respingar no apoio do Congresso à aprovação da Previdência

Olivia Bulla
Olivia Bulla
19 de fevereiro de 2019
5:35 - atualizado às 8:03
deolhonapolitica
Lá fora, mercados estão à espera de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China

Enfim, o ministro caiu. O secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, passou praticamente todo o dia de ontem sem saber se iria continuar ou se sairia do governo e a exoneração dele do cargo foi anunciada apenas no fim do dia. Saiu, portanto, “um bode da sala”. Mas ainda é preciso medir os impactos dessa queda na agenda de reformas.

Ontem, o mercado financeiro mostrou que o imbróglio envolvendo Bebianno e a família Bolsonaro é um mau sinal para a articulação política do governo com o Congresso. A “fritura” de um importante aliado do presidente envia uma mensagem ruim a deputados e senadores. Afinal, a forma de tratamento será sempre essa ou ainda há laço de confiança?

De um modo geral, a percepção é de que o processo foi conduzido de forma errada pelo presidente Jair Bolsonaro. E a decisão final, de exonerar Bebianno, enfraquece ainda mais a já quase inexistente coordenação com o Legislativo. Ainda não há um apoio formal ao governo no Congresso e a maior bancada, do PSL, parece desorganizada e sem comando.

Porém, se por um lado existe quem afirme que Bebianno era uma figura-chave no governo para as negociações com o Congresso. Por outro lado, há quem diga que manter no governo alguém sob suspeita de desviar verbas públicas seria muito ruim, tanto junto à ala política quanto à opinião pública.

Os reflexos

No fim de tudo, fica a impressão de que o governo está se tornando seu próprio inimigo. E esse sentimento começa a produzir sinais iniciais de decepção e ceticismo no mercado doméstico. Ainda assim, os ativos brasileiros seguem otimistas em relação à aprovação das reformas, principalmente a da Previdência.

Aliás, ainda não se sabe se o caso Bebianno irá mesmo respingar no processo de novas regras da aposentadoria. Não está claro o custo, em termos de votos, do desgaste político causado. O fato de ter eliminado uma incerteza, demitindo o ministro, tende a reduzir as dificuldades no andamento das reformas. Mas ainda é preciso acabar com o mal-estar.

Dessa forma, a única certeza é de que a volatilidade tende a continuar nos negócios locais, com o movimento dos ativos influenciado por notícias e rumores vindos de Brasília. Ainda mais em meio à carência do fluxo externo e com um mercado “povoado” por investidores locais, que protegem suas operações na liquidez do dólar.

O dia seguinte

O presidente Bolsonaro comanda hoje sua primeira reunião ministerial desde a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia e após a primeira baixa no governo. O clima no encontro será importante para medir o tamanho do desgaste causado com o caso Bebianno. Mas é no Congresso que realmente importa a reação ao episódio.

O Legislativo recebe hoje o pacote anticrime e anticorrupção feito pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. A proposta prevê um endurecimento de pena, com mudanças em 14 leis, com o objetivo de ter mais efetividade no combate à corrupção, ao crime organizado e ao crime violento. E o apoio do Congresso a essa proposta será o primeiro teste de fogo do governo.

Já a agenda econômica desta terça-feira está bem fraca, no Brasil e no exterior. Aqui, serão conhecidas leituras parciais de fevereiro dos índices de preços ao consumidor (IPC-S) e geral de preços a mercado (IGP-M), ambos às 8h. Lá fora, saem dados sobre a confiança no setor imobiliário nos EUA (12h) e o sentimento econômico na zona do euro (8h).

Exterior à espera

Os mercados internacionais amanheceram de lado nesta terça-feira, à espera de novidades em relação ao acordo comercial entre Estados Unidos e China. Os líderes dos dois países continuam afirmando que há progresso nas negociações, mas não há sinais de atenuação do conflito envolvendo a Huawei.

Para Pequim, Washington quer impedir o desenvolvimento tecnológico chinês e rejeita que a Huawei seja uma “ameaça”. Aliás, o presidente norte-americano, Donald Trump, enfim, percebeu a importância da Inteligência Artificial e resolveu lançar uma estratégia para competir com o ambicioso plano chinês de liderar a AI em 2030.

Já na Europa, a tensão comercial também volta à cena, com a União Europeia (UE) prometendo retaliar imediatamente se os EUA elevar as tarifas sobre veículos importados. Trump deve receber em breve as conclusões de uma investigação sobre se os veículos importados são uma ameaça à segurança nacional e terá 90 dias para decidir se deve agir.

Nos mercados, as principais bolsas asiáticas fecharam com leves oscilações, enquanto as principais praças europeias também estão na linha d’água, sem uma direção definida. Do mesmo modo, os índices futuros das bolsas de Nova York sinalização uma volta do fim de semana prolongado no vermelho, com perdas moderadas.

Nem mesmo a Bolsa de Tóquio se animou com a declaração do presidente do Banco Central do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, de que pode promover uma flexibilização monetária extra, se necessário. O iene se enfraqueceu, mas já se recupera em relação ao dólar, que mede força frente aos demais rivais. Já o petróleo sobe e se aproxima do maior nível em três meses.

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