🔴 META: TRANSFORMAR R$ 3 MIL INICIAIS EM ATÉ R$ 1 MILHÃO COM CRIPTOMOEDAS – SAIBA COMO

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Uma questão de conveniência

Olivia Bulla
Olivia Bulla
15 de janeiro de 2019
5:39 - atualizado às 13:45
Mercado brasileiro ignora preocupações externas com desaceleração econômica global e aposta alto na agenda de reformas do governo Bolsonaro - Imagem: Shutterstock

O mercado financeiro brasileiro ignorou ontem as preocupações dos investidores em relação à desaceleração econômica global, após dados fracos da balança comercial chinesa, e alcançou novas marcas importantes. Descolada do ambiente externo, a Bolsa brasileira superou os 94 mil pontos, renovando a máxima histórica, enquanto o dólar caiu abaixo de R$ 3,70, em meio à expectativa pela reforma da Previdência.

E esse tom positivo nos negócios locais pode continuar hoje, já que o ambiente internacional amanheceu mais favorável aos ativos de risco. Ou seja, diante do otimismo do mercado doméstico com o avanço da agenda reformista do governo Bolsonaro, os investidores blindam-se do cenário externo - quando lá fora está ruim; mas, convenientemente, “colam-se” ao comportamento global - quando estiver bom.

Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem ganhos firmes, após uma sessão positiva na Ásia, onde os investidores se apoiaram em medidas de estímulo na China para superar a desaceleração econômica. Autoridades do governo disseram que Pequim irá cortar impostos e manter uma política monetária flexível, de modo a impedir uma perda de tração mais intensa.

Em reação, as bolsas de Xangai, Hong Kong, Tóquio e Seul subiram ao redor de 1%. Já na Europa, os investidores estão apreensivos antes de uma votação-chave no Parlamento britânico sobre o acordo da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, que pode resultar em uma vitória histórica de Theresa May. Mais de 70 parlamentares, inclusive do Partido Conservador, devem se opor à proposta.

Antes da votação, a libra esterlina ganha terreno em relação ao dólar, com a moeda norte-americana mostrando menos vigor frente aos demais rivais. Esse movimento favorece o desempenho das commodities. O petróleo avança, com o barril do tipo WTI cotado acima de US$ 50. Já o juro projetado pelo título norte-americano de 10 anos (T-note) está estável, ao redor de 2,7%.

Exterior em busca de pistas

Após a China colocar a desaceleração econômica global em evidência, os investidores esperam encontrar mais pistas sobre a perda de tração da atividade, agora, nos balanços das empresas. Depois de o Citigroup abrir ontem a temporada norte-americana entre os bancos, hoje é a vez de JPMorgan e Wells Fargo.

Leia Também

Os resultados trimestrais podem corroborar o temor de que o crescimento global está menor, depois que os números da balança comercial chinesa sinalizaram uma fragilidade da atividade ao final de 2018. Afinal, a queda das exportações e das importações da China em dezembro mostraram uma retração da demanda mundo afora.

Ou seja, não se trata apenas de um esfriamento da China, o que poderia elevar a pressão de Washington sobre Pequim por vantagens comerciais. Aliás, o presidente Donald Trump já indicou que irá usar o argumento de que os “problemas” na economia chinesa “estão aparecendo” para fechar um acordo com o país em breve.

A questão é que, diante do nível de abertura da economia chinesa, em termos de vendas de produtos, os números mostram que o mundo - o Ocidente, principalmente - está consumindo menos, diante do ritmo mais lento de expansão. Com isso, o foco se desloca para o encontro entre chineses e norte-americanos no fim deste mês.

Outra preocupação é o impacto na economia dos EUA da paralisação do governo (shutdown), que entrou na quarta semana, em meio à queda de braço da Casa Branca e os democratas sobre a construção de um muro na fronteira com o México. Trump reitera que não irá ceder, mas quer uma solução sobre os gastos públicos.

Por uma reforma mais ampla...

No Brasil, os investidores aguardam a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro e apostam em mudanças amplas e profundas. Entre elas, a fixação de idade mínima para aposentadoria, um prazo menor para o período de transição e um novo regime - o de capitalização, além da inclusão dos militares.

Por ora, o mercado financeiro brasileiro continua dando o benefício da dúvida ao novo governo. Essa lua de mel deve durar até após o carnaval, em março, quando se esperam avanços no processo de aprovação das reformas, com o Palácio do Planalto mostrando articulação política com o Congresso para cumprir o prometido.

Para tanto, será importante aferir a capacidade do líder do governo na Câmara, anunciado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. Caberá ao deputado Major Vitor Hugo, em primeiro mandato, articular com as bancadas aliadas a votação de projeto de interesse do governo.

A ideia é de que haja uma mudança na forma como o Palácio do Planalto e o Congresso se relacionam, mas sem que os partidos sejam “abandonados” nas conversas. Já para o cargo de porta-voz do governo, Bolsonaro escolheu o ex-chefe de comunicação do Exército, o general Otávio Santana.

Black Friday brasileira

A agenda econômica desta terça-feira traz como destaque as vendas no varejo brasileiro em novembro. O período foi marcado pelas promoções do comércio varejista em torno da Black Friday, data que vem a cada ano conquistando mais consumidores por causa dos preços atrativos e antecipando as compras de Natal.

Com isso, a previsão é de um desempenho robusto do setor no período, com alta ao redor de 1%. Se confirmado, o dado deve interromper dois meses seguidos de queda. Já na comparação anual, a previsão é de crescimento de 2% nas vendas em novembro deste ano, no quarto avanço seguido neste tipo de confronto.

Os números oficiais serão conhecidos às 9h. Antes, às 8h, sai o primeiro Índice Geral de Preços deste mês, o IGP-10.

Já no exterior, o calendário do dia traz, às 11h30, a inflação ao produtor (PPI) norte-americano em dezembro e o índice regional em Nova York em janeiro. Também merece atenção o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em evento de comemoração dos 20 anos da criação do euro.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ENTRANDO NA BAIXA

Depois de sofrer um raro ‘apagão’ e cair 20% em 2024, o que esperar de uma das ações preferidas dos ‘tubarões’ da Faria Lima e do Leblon?

17 de março de 2025 - 6:12

Ação da Equatorial (EQTL3) rendeu retorno de cerca de 570% na última década, bem mais que a alta de 195% do Ibovespa no período, mas atravessou um momento difícil no ano passado

UM PAÍS, DOIS SISTEMAS

R$ 3 milhões por um apê de 25m², mão-inglesa e liberdade relativa: como é Hong Kong vista de perto

16 de março de 2025 - 9:35

Hong Kong é da China ou é independente? Como funciona na prática o lema “um país, dois sistemas” e quais os problemas sociais e econômicos da Região Administrativa Especial colonizada pela Inglaterra até 1997

QUE SEMANA FOI ESSA...

Ibovespa tem melhor semana do ano e vai ao nível mais alto em 2025; Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3) destacam-se em extremos opostos

15 de março de 2025 - 11:15

Boa parte da alta do Ibovespa na semana é atribuída à repercussão de medidas adotadas pela China para impulsionar o consumo interno

O DIA DOS MERCADOS

Bolsa em disparada: Ibovespa avança 2,64%, dólar cai a R$ 5,7433 e Wall Street se recupera — tudo graças à China

14 de março de 2025 - 17:37

Governo chinês incentiva consumo e uso do cartão de crédito, elevando expectativas por novos estímulos e impulsionando o mercado por aqui

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal

14 de março de 2025 - 8:24

Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Nem Trump para o Ibovespa: índice descola de Nova York e sobe 1,43% com a ajuda de “quarteto fantástico”

13 de março de 2025 - 17:16

Na Europa, a maioria da bolsas fechou em baixa depois que o presidente norte-americano disse que pode impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da UE — as fabricantes de vinho e champagne da região recuaram forte nesta quinta-feira (13)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA

13 de março de 2025 - 8:16

Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia

DÓLAR DESCENTRALIZADO

Stablecoins ocupam o espaço de dólar digital nos EUA — regulação avança no Senado e impulsiona modernização financeira

12 de março de 2025 - 16:37

Comitê Bancário do Senado norte-americano vota regulação das stablecoins nesta quinta-feira (13), enquanto Brasil busca avançar com moedas digitais no Brics

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem exceções: Ibovespa reage à guerra comercial de Trump em dia de dados de inflação no Brasil e nos EUA

12 de março de 2025 - 8:29

Analistas projetam aceleração do IPCA no Brasil e desaceleração da inflação ao consumidor norte-americano em fevereiro

BILHÕES A MENOS

PGBL ou VGBL? Veja quanto dinheiro você ‘deixa na mesa’ ao escolher o tipo de plano de previdência errado

12 de março de 2025 - 6:14

Investir em PGBL não é para todo mundo, mas para quem tem essa oportunidade, o aporte errado em VGBL pode custar caro; confira a simulação

SEM EXUBERÂNCIA

A bolsa americana já era? Citi muda estratégia e diz que é hora de comprar ações da China

11 de março de 2025 - 15:28

Modelo do banco dispara alerta e provoca mudança na estratégia; saiba o que pode fazer o mercado dos EUA brilhar de novo

MERCADOS HOJE

Trump dá uma banana para o mercado e anuncia mais tarifas: bolsa de NY volta a cair e leva o Ibovespa

11 de março de 2025 - 12:47

O presidente norte-americano usou a rede social Truth Social para anunciar tarifas totais de 50% sobre o aço e o alumínio do Canadá. Seis horas depois, voltou atrás — mas foi por um bom motivo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Decisão polêmica: Ibovespa busca recuperação depois de temor de recessão nos EUA derrubar bolsas ao redor do mundo

11 de março de 2025 - 8:29

Temores de uma recessão nos EUA provocaram uma forte queda em Wall Street e lançaram o dólar de volta à faixa de R$ 5,85

VENDER OU SE EXPOR

A lua de mel do mercado com Trump acabou? Bolsa de Nova York cai forte e arrasta Ibovespa com o temor de recessão no radar

10 de março de 2025 - 13:57

Saiba o que fazer com os seus investimentos; especialistas dizem se há motivo para pânico e se chegou a hora de comprar ou vender ativos nos EUA

UMA NOVA AMEAÇA

Essa nova tecnologia chinesa muda tudo o que sabemos até agora sobre inteligência artificial — e não é o DeepSeek

10 de março de 2025 - 12:30

Criada pela startup chinesa Monica, a nova IA está disponível apenas para convidados no momento

RETOMADA DO APETITE

Enfim, chegou a hora de investir no Brasil: Com bolsa barata e gatilhos positivos no exterior, JP Morgan eleva recomendação para o país

10 de março de 2025 - 9:23

O banco norte-americano avalia que é hora de sair do “neutro” e se expor ao mercado brasileiro, elevando a recomendação do país para “outperform”; entenda os motivos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços

10 de março de 2025 - 8:14

Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil

VERÃO CHEGOU (NOS EUA)

Investidores, preparem-se: bolsa brasileira em novo horário — e tudo o que você precisa saber sobre os mercados e o dólar

9 de março de 2025 - 15:57

O horário de verão nos Estados Unidos e no Canadá altera o funcionamento das negociações aqui e lá a partir desta segunda-feira (10); o Seu Dinheiro detalha as mudanças e também faz um resumo da semana mais curta nos mercados por conta do Carnaval

ESTÍMULOS OU COLAPSO

A batalha da China está longe do fim — e a primeira deflação em mais de um ano é um sinal disso

9 de março de 2025 - 11:58

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China caiu 0,7% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, invertendo o aumento de 0,5% visto em janeiro

PEGANDO FOGO

O gigante acordou e não está para brincadeira: China incendeia guerra comercial com tarifa de 100% — mas alvo não é Trump

8 de março de 2025 - 14:29

As medidas ocorrem em meio a uma guerra comercial global em andamento, após vários anúncios de tarifas por EUA, China, Canadá e México nos últimos meses

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar